Márquez controla elementos na Alemanha, vence nona consecutiva e segue invicto em 2014. Lorenzo vai ao pódio

Sem se importar com a chuva, Marc Márquez mostrou mais uma de suas grandes atuações e sai de férias invicto em 2014. Dani Pedrosa e Jorge Lorenzo completam o pódio

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Marc Márquez segue fazendo história na temporada 2014 da MotoGP. Neste domingo (13), o espanhol voltou a controlar os elementos e vai sair de férias com sua invencibilidade intacta.
 
Assim como aconteceu em Assen semanas atrás, o dedo de Zeus se fez presente e uma forte chuva atingiu a cidade de Chemnitz, no leste da Alemanha, pouco antes da largada. A chuva, entretanto, não durou muito e o asfalto começou a secar.
Marc Márquez, o mais jovem a vencer nove corridas seguidas na MotoGP (Foto: Repsol)
A classificação da MotoGP após o GP da Alemanha

No grid, apenas Stefan Bradl, Hiroshi Aoyama e Karel Abraham apostarem em pneus slicks antes mesmo da volta de aquecimento. Quando os pilotos partiram para o último giro antes da largada, 13 deles perceberam que podiam optar pela borracha de pista seca e correram para os boxes para trocar de moto. Assim, dos 23 pilotos do grid, 13 iniciaram a prova no pit-lane.

 
Praticamente isolado no grid alemão, Bradl assumiu a ponta na largada e liderou a disputa pelas cinco primeiras voltas. Tomando a frente já na saída dos boxes, Márquez escalou o pelotão rapidamente e também não precisou de um longo duelo para superar Bradl.
 
Uma vez na ponta, Marc teve que controlar a aproximação de Pedrosa, que vinha pressionando pela liderança após deixar o rival da LCR para trás. Apesar do empenho do piloto de Sabadell, Marc conseguiu reabrir a vantagem e seguiu firme para conquistar sua nona vitória seguida nas nove primeiras provas da temporada 2014.
 
Além de manter a invencibilidade neste ano, Márquez também segue uma tradição. Nos últimos quatro anos – contando 125cc, Moto2 e MotoGP –, o espanhol tinha vencido todas as provas disputadas na Alemanha.
Como se isso não fosse o bastante, o piloto de Cervera tomou para si mais um recorde de precocidade. Mais jovem a vencer nove provas consecutivas, com 21 anos e 146 dias, Márquez agora é o detentor de uma marca que estava em posse de Mike Hailwood desde 1964.
 
Além da disputa entre os pilotos da Honda, a prova em Sachsenring também viu um breve duelo entre a dupla da Yamaha. Valentino Rossi escalou o pelotão na frente, mas foi superado por Jorge Lorenzo na briga pela posição no pódio.
 
Com um ritmo forte, o bicampeão da MotoGP ainda tentou alcançar Pedrosa, mas não conseguiu diminuir a já grande diferença. Rossi também foi se afastando mais e mais e não conseguiu se manter próximo ao parceiro de Iwata.
 
Andrea Iannone também fez uma boa apresentação neste fim de semana e, de novo, aparece como o melhor entre os pilotos que contam com equipamento Ducati. 
 
Confirmando o desempenho apresentado durante o fim de semana, Aleix Espargaró foi, mais uma vez, o melhor entre os pilotos que obedecem ao regulamento Aberto e fechou a prova em sexto, 5s444 à frente do irmão mais novo, Pol, que venceu uma disputa com a dupla da Ducati.
 
Na parte final da prova, Cal Crutchlow e Andrea Dovizioso brigaram pela sétima colocação, com o britânico inicialmente levando a melhor. O italiano, porém, conseguiu reagir e não só superou o companheiro, como viu Álvaro Bautista passar o britânico para assegurar a nona colocação. 
Com a RCV1000R, a versão de produção da famosa e bem sucedida RC213V, Scott Redding também fez uma boa apresentação e fechou a prova em 11º, o melhor entre os pilotos que contam com esta moto mais barata produzida pela Honda.
 
Correndo em casa, Bradl teve seu dia de jogador da seleção brasileira. Assim como a equipe de Fred, David Luiz, Bernard e companhia, o germânico foi goleado em casa e, em poucas voltas, caiu do sonho da vitória para a amarga 16ª colocação. 
Jorge Lorenzo superou o medo do asfalto úmido e subiu no pódio em Sachsenring (Foto: Yamaha)
Em dia de final de Copa do Mundo, a explicação para o ‘massacre de Sachsenring’ é muito parecida com a justificação para a derrota do Brasil no Mineirão. Assim como aconteceu por aqui, a comissão técnica da LCR errou a mão e, embora tenha acertado na escolha dos pneus, não colocou a moto completamente no acerto para pista seca. Bradl foi jogado aos tubarões sem ter condição de lutar.

Com o resultado do GP da Alemanha, Márquez segue mais do que tranquilo na liderança do Mundial, com 77 pontos de vantagem para Pedrosa, que passou Rossi para assumir a segunda colocação. A diferença entre o segundo e o terceiro na classificação é de sete pontos. 

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Saiba como foi o GP da Alemanha de MotoGP:
 
Depois de movimentar as coisas em Assen, a chuva voltou a fazer uma aparição especial na MotoGP. Quando os pilotos se preparavam para ir para a pista, começou a chover forte na cidade de Chemnitz, no leste da Alemanha, onde o circuito de Sachsenring está localizado. 
 
A temperatura ambiente se mantinha estável em 22ºC, mas os termômetros indicavam uma queda na temperatura do asfalto, que foi para 28ºC. A velocidade dos ventos aumentou sensivelmente e estava em 19 km/h.
 
Por conta da chuva, que só fazia aumentar, a direção de prova declarou que seria uma corrida em pista molhada, o que significa que os pilotos poderiam parar para trocar de moto no caso de o asfalto secar. É o chamado flag-to-flag.
 
Quando os pilotos partiram para a volta de instalação, tal qual aconteceu na Holanda, a chuva diminuiu, mas o asfalto já estava úmido.
Stefan Bradl teve seu dia de jogador da seleção brasileira em Sachsenring (Foto: LCR)
Pela sétima vez na temporada, Marc Márquez tinha a pole-position. Nos últimos quatro anos – levando em conta 125cc, Moto2 e MotoGP –, o piloto de Cervera saiu na pole e venceu a prova alemã.
 
Confirmando a força da Honda – mais uma vez – Dani Pedrosa garantiu o segundo posto, à frente de Stefan Bradl, primeiro alemão a largar na primeira fila em Sachsenring.
 
Aleix Espargaró abre a segunda fila do grid, à frente de Jorge Lorenzo e Valentino Rossi. Andrea Iannone, Pol Espargaró e Bradley Smith formam a terceira linha da grelha de partida, com Álvaro Bautista completando o top-10. Segundo colocado na etapa de Assen, Andrea Dovizioso tinha apenas o 11º posto do grid.
 
Com a interrupção da chuva, o asfalto começou a secar. Na prática, isso significa dizer que a escolha de pneus – slicks ou de chuva – poderia ser crucial em Sachsenring. Alguém teria coragem o bastante para apostar nos pneus de pista seca?
 
Em dia de final de Copa do Mundo, Bradl decidiu arriscar e se preparou para a pista secar. No grid, o germânico aparecia com freios de carbono e pneus slicks. Além do piloto da casa, apenas Hiroshi Aoyama e Karel Abraham escolheram compostos de pista seca.
 
Faltando cinco minutos para a largada, a reta principal de Sachsenring já tinha secado bastante.
 
Pole, Márquez apostou em freios de aço e pneus macios de chuva, assim como Pedrosa. Bradl, por outro lado, escolheu os slicks macios.
 
Depois da volta de apresentação, um enorme pelotão rumou para os pits para trocar de moto. O que significa que todo mundo largou do pit-lane. Dono da bola, Bradl brincou sozinho na reta principal e, claro, assumiu a ponta.
 
Na saída do pit-lane, Márquez tomou a frente, seguido por Aleix, Rossi e Pedrosa. Na ponta, Bradl liderava, seguido por Laverty, Petrucci, Aoyama, Abraham, Edwards, Di Meglio e Barberá. Márquez apareia em décimo na tabela, trazendo Pedrosa, Rossi, Aleix, Smith, Lorenzo e Iannone. Certamente, esse será um domingo que os 89.401 presentes em Sachsenring não vão esquecer.
 
Enquanto os tradicionais ponteiros tratavam de escalar o pelotão, Bradl se empenhava em abrir mais e mais. Era a chance de uma vida de conquistar uma vitória em casa.
Dani Pedrosa passou Valentino Rossi na classificação do Mundial  (Foto: Honda)
Marc, por sua vez, vinha rapidinho saltando as barreiras. Na segunda volta, o espanhol já era o quarto colocado, atrás de Bradl, Petrucci e Laverty. Pedrosa e Rossi seguiam pelo mesmo caminho.
 
Na terceira volta, a ordem era: Bradl, Petrucci, Márquez, Pedrosa, Laverty, Aoyama, Abraham, Rossi, Iannone, Di Meglio e Lorenzo.
 
Na ponta, Bradl levou um belo susto ao pisar em uma parte molhada da curva 11. Com Márquez já em segundo, a vantagem do germânico era de 1s974 e caindo. 
 
No quinto giro, Márquez continuava reduzindo a diferença, mas era pressionado por Pedrosa. Petrucci era o quarto, à frente de Aoyama, Rossi e Lorenzo. 
 
Sempre voando, Marc diminui vertiginosamente a diferente de Bradl. Na abertura da sexta volta, o espanhol acabou com a festa alemã e tomou a ponta, deixando Stefan para se defender de Dani. 
 
Pedrosa logo passou o titular da LCR, que agora tinha Petrucci a 3s130. Rossi vinha em quinto, à frente de Lorenzo e Aoyama. 
 
Com Petrucci em pneus de chuva, Rossi logo deixou o italiano para trás, e agora tinha 2s526 de atraso para Bradl. Lorenzo era o quinto, acompanhado por Iannone, Danilo, Aoyama, Aleix, Crutchlow, Dovizioso e Abraham.
 
Na ponta, Márquez tentava abrir, mas Pedrosa vinha acompanhando de pertinho. Bradl, por sua vez, já tinha ficado 3s326 para trás e estava mais perto de ser presa de Rossi do que caçador. Enquanto o multicampeão trabalhava para recortar a diferença, Jorge superava o medo das condições de pista e perseguia o companheiro de Yamaha.
 
Na freada, Lorenzo superou Rossi e subiu para quarto, registrando em 1min23s625 a volta mais rápida da corrida. Sem demora, o bicampeão da classe rainha deixou Stefan para trás.
 
O germânico tentou reagir, mas Lorenzo conseguiu segurar a última vaga do pódio. Rossi, então, partiu para cima e logo conseguiu passar o piloto da LCR. 
 
Com dez voltas, Márquez liderava com 0s725 de vantagem para Pedrosa. Lorenzo era o terceiro, seguido por Rossi, Bradl, Iannone, Aleix, Dovizioso, Aoyama, Crutchlow e Redding.
 
Mais na frente, Iannone entrou na brincadeira de passar Bradl e não demorou nadinha para assumir a quinta colocação. 
 
Com 5s352 de atraso para Pedrosa, Lorenzo tratava de apertar o ritmo, também abrindo vantagem para Rossi. 
Scott Redding foi o melhor entre os pilotos que contam com a RCV1000R (Foto: Gresini)
Bradley Smith, aliás, sofreu, ainda nas voltas iniciais, sua quinta queda no fim de semana, e foi parar na última colocação. 
 
Correndo contra o tempo para alcançar as Honda, Lorenzo cravou uma nova volta mais rápida: 1min22s609. Ainda assim, o atraso seguia grande, na casa dos 5s6. A diferença para Rossi aumentava no mesmo ritmo e já era de 2s675.
 
Focado em conquistar sua nona vitória consecutiva, Márquez ia controlando a diferença para Pedrosa, que ficava sempre em torno de 0s6 ou 0s7. 
 
Perdendo mais e mais rendimento, Bradl foi parar em nono, entre Crutchlow e Redding. O desempenho do germânico é resultado da configuração da RC213V da LCR. Embora tenha largado com pneus de pista seca, a moto não estava toda acertada para piso seco. Foi uma troca simples, mas que cobrou seu preço. E o erro foi admitido pela LCR.
 
Lá na frente, Pedrosa seguia empenhado em quebrar a sequência de Márquez e ia chegando mais e mais. Na 16ª volta, os dois estavam separados por 0s524. Lorenzo vinha em terceiro, 6s984 atrás de Dani. Quarto colocado, Rossi tinha 3s691 de atraso para o companheiro de Yamaha.
 
Com a dupla de Iwata cada vez mais longe, os foco permanecia em Pedrosa e Márquez, com o mais novo dos dois se mantendo na ponta sem maiores problemas.
 
Se as coisas na ponta estavam definidas, mais atrás Crutchlow e Dovizioso brigavam pela sétima colocação, com o britânico levando a melhor. Com bom ritmo, Pol Espargaró entrou na briga com os pilotos da Ducati e logo deixou Andrea para trás.
 
Na ponta, Pedrosa vinha tentando reduzir o atraso mais uma vez, mas levou um susto, perdeu muito tempo tentando evitar a queda e deu adeus a qualquer chance de vitória.
 
Mais atrás, Pol Espargaró assumiu o sétimo lugar, com Dovizioso passando Crutchlow pelo oitavo. Antes de bandeirada, Bautista bateu o britânico e ficou em nono.
 

MotoGP, GP da Alemanha, Sachsenring, Final:

 
1
93
MARC MÁRQUEZ
ESP
HONDA
41:47.664
30 voltas
2
26
DANI PEDROSA
ESP
HONDA
+1.466
 
3
99
JORGE LORENZO
ESP
YAMAHA
+10.317
 
4
46
VALENTINO ROSSI
ITA
YAMAHA
+19.194
 
5
29
ANDREA IANNONE
ITA
PRAMAC DUCATI
+23.509
 
6
41
ALEIX ESPARGARÓ
ESP
FORWARD
+27.809
 
7
44
POL ESPARGARÓ
ESP
TECH3 YAMAHA
+33.253
 
8
4
ANDREA DOVIZIOSO
ITA
DUCATI
+33.868
 
9
19
ÁLVARO BAUTISTA
ESP
GRESINI HONDA
+34.231
 
10
35
CAL CRUTCHLOW
ING
DUCATI
+34.676
 
11
45
SCOTT REDDING
ING
GRESINI HONDA
+37.744
 
12
7
HIROSHI AOYAMA
JAP
ASPAR HONDA
+45.018
 
13
17
KAREL ABRAHAM
TCH
AB
+45.177
 
14
69
NICKY HAYDEN
EUA
ASPAR HONDA
+46.676
 
15
9
DANILO PETRUCCI
ITA
IODA ART
+52.769
 
16
6
STEFAN BRADL
ALE
LCR HONDA
+53.889
 
17
68
YONNY HERNÁNDEZ
COL
PRAMAC DUCATI
+54.476
 
18
8
HECTOR BARBERÁ
ESP
AVINTIA
+56.215
 
19
38
BRADLEY SMITH
ING
TECH3 YAMAHA
+56.293
 
20
5
COLIN EDWARDS
EUA
FORWARD
+1:04.083
 
21
23
BROC PARKES
AUS
PAUL BIRD
+1:10.928
 
22
63
MIKE DI MEGLIO
FRA
AVINTIA
+1:19.975
 
 
70
MICHAEL LAVERTY
ING
PAUL BIRD
NC
 
 
 
 
 
 
 
 
POLE
 
MARC MÁRQUEZ
ESP
HONDA
1:20.937
163.2 km/h
VOLTA MAIS RÁPIDA
 
MARC MÁRQUEZ
ESP
HONDA
1:22.037
161.0 km/h
RECORDE
 
DANI PEDROSA
ESP
HONDA
1:21.846
161.4 km/h
MELHOR VOLTA
 
MARC MÁRQUEZ
ESP
HONDA
1:20.937
163.2 km/h
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Condições do tempo
 
PISTA MOLHADA – SECA
 
ar: 21ºC | pista: 27ºC

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