Márquez corresponde e Dovizioso deixa a desejar: como foi a primeira metade da MotoGP em 2018

Com nove corridas disputadas até aqui, Marc Márquez cumpriu com as previsões e caminha firme e forte rumo ao pentacampeonato da MotoGP. Na contramão no #93, porém, Andrea Dovizioso vem longe da performance esperada

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A temporada 2018 da MotoGP chegou à metade no último fim de semana com o GP da Alemanha. Passadas as nove primeiras etapas do ano, Marc Márquez lidera o Mundial com 165 pontos, 46 a mais que Valentino Rossi, o segundo colocado. Maverick Viñales completa o top-3 da classificação.
 
Embora ainda restem muitas corridas pela frente, já é possível fazer uma análise mais realista da performance de pilotos e equipes, ainda que o jogo possa virar na segunda metade no ano. Em temporadas passadas, por exemplo, a Honda mostrou uma considerável capacidade para se aprimorar na segunda fase do certame. E isso pode acontecer com outros construtores.
 
Levando em conta das previsões e prognósticos iniciais, é fácil dizer que Márquez foi quem mais correspondeu à expectativa. Afinal, o campeão vigente caminha firme e forte rumo ao pentacampeonato da MotoGP. Na contramão do #93, porém, Andrea Dovizioso aparece como uma decepção, já que ainda está longe de exibir a performance que lhe rendeu o vice-campeonato do ano passado.
 
Sendo assim, o GRANDE PRÊMIO preparou uma avaliação de pilotos e equipes que corresponderam ou decepcionaram na primeira parte da temporada 2018.
 
Marc Márquez 
Marc Márquez lidera a MotoGP com folga (Foto: Repsol)
Campeão vigente, Márquez é o maior destaque da temporada 2018. Ainda que tenha tido um momento muito abaixo de suas capacidades ― com uma atuação para lá de estabanada no GP da Argentina ―, o #93 soma cinco vitórias, um total de sete pódios e três poles ― duas na prática, já que uma punição o tirou da ponta do grid de Austin.
 
Com uma moto bem feita pela Honda, Márquez tem aparecido forte nos mais variados tipos de circuito e comumente veste o rótulo de favorito. Em seu sexto ano de classe rainha, Marc não se abala com pressão e/ou favoritismo e sabe extrair o potencial da RC21V como ninguém.
 
Hafizh Syahrin 
Hafizh Syahrin aparece com o melhor entre os novatos (Foto: Michelin)
Chamado para a classe rainha quase que aos 45 minutos do segundo ― para substituir Jonas Folger após o afastamento do #94 ―, Hafizh Syahrin não vem fazendo feio em sua temporada de estreia. Embora o malaio não tenha exibido performance nos mesmos níveis de Johann Zarco e Folger em seus anos de estreia, o piloto de Ampang vem agradando e já até garantiu a renovação de contrato com a Tech3, mesmo com a mudança para KTM no próximo ano,.
 
Até aqui, Syahrin tem como melhor resultado o nono posto do GP da Argentina e ocupa a 16ª colocação no Mundial de Pilotos, aparecendo como o melhor dos novatos.
 
Franco Morbidelli 
Franco Morbidelli perdeu duas corridas por lesão (Foto: Marc VDS)
Campeão vigente da Moto2, Franco Morbidelli tampouco decepciona. O italiano pontuou em seis das sete provas que disputou ― o #21 ficou fora das etapas da Holanda e da Holanda por lesão ― e só foi ultrapassado por Syahrin na disputa entre os estreantes neste último fim de semana.
 
Embora a RC213V seja a melhor moto do momento, Morbidelli conta com uma versão defasada de um protótipo que é reconhecidamente difícil. Além disso, a Marc VDS não vive lá uma grandíssima fase com o conflito envolvendo Michael Bartholemy e Marc van der Straten.
 
Danilo Petrucci 
Danilo Petrucci até brigou pela pole em Sachsenring (Foto: Michelin)
Contando os dias para se tornar oficial da Ducati, Danilo Petrucci também vem correspondendo em 2018. Com uma GP18 nas mãos, o italiano já conseguiu um pódio em 2018 ― o segundo lugar do GP da França ― e esteve três vezes na primeira fila ― foi terceiro em Losail e em Le Mans e segundo em Sachsenring. 
 
Com tal performance, Danilo tem o sétimo posto no Mundial, apenas um ponto atrás de Jorge Lorenzo, que já venceu duas vezes no ano. 
 
Valentino Rossi 
Valentino Rossi vem extraindo mais da M1 do que Maverick Viñales (Foto: Michelin)
A falta de vitórias em 2018 poderia colocar Valentino Rossi no rol das decepções, mas é difícil colocar este rótulo no vice-líder da temporada. Embora 46 pontos o separem de Marc Márquez, o piloto de Tavullia soma quatro pódios e, especialmente, conseguiu contornar os problemas da YZR-M1 muito melhor do Maverick Viñales.
 
Embora siga cobrando os engenheiros da Yamaha, Rossi procurou manter a cabeça no lugar e vem tirando do protótipo dos diapasões mais do que ele tem a oferecer.
 
Jorge Lorenzo 
 
Jorge Lorenzo fica em uma fase intermediária desta lista. O começo ruim de temporada dificulta colocar o #99 entre aqueles que cumpriram a expectativa, mas as vitórias em Mugello e na Catalunha tampouco permitem o selo de decepção.
 
Lorenzo tardou muito mais do que o esperado para se adaptar ao protótipo de Bolonha, mas, uma vez que conseguiu se sentir confortável na moto italiana, deslanchou. O começo de temporada foi bastante decepcionante, mas, com dois triunfos, dá para dizer que Lorenzo cumpriu seu papel na primeira fase do ano.
 
Johann Zarco
Johann Zarco perdeu seu encanto nas provas recentes da MotoGP (Foto: Tech3)
Depois de encantar em sua primeira temporada na MotoGP, Johann Zarco começou o ano cercado de expectativas. E correspondeu. Nas primeiras cinco provas, foram duas poles, três primeiras filas, dois pódios e um contrato com a KTM ― anunciado ainda no início de maio.
 
Depois do abandono em sua corrida de casa, porém, Zarco não foi mais o mesmo. Nas últimas quatro corridas, o #5 teve seu melhor desempenho na Catalunha, quando ficou apenas em sétimo. De acordo com o jornalista espanhol Manuel Pecino, uma crise com o agente Laurent Fellon é a causa dos problemas de performance de Johann.
 
Álex Rins 
Álex Rins mostrou evolução em seu segundo ano (Foto: Michelin)
Em seu segundo ano na MotoGP, Álex Rins deu o esperado passo de performance e hoje ocupa o 11º posto na classificação do Mundial.
 
Acompanhando a evolução da Suzuki, o #42 já soma dois pódios ― um terceiro lugar na Argentina e um segundo na Holanda, mas também acumula cinco abandonos, daí a aprovação com ressalvas do espanhol.
 
Andrea Iannone 
 
Não dá para dizer que existiam grandes expectativas em torno da atuação de Andrea Iannone. Depois da performance discreta do ano passado, o italiano entrou em 2018 um tanto desacreditado, mas conseguiu dar a volta por cima, inclusive garantindo um acordo com a Aprilia depois de perder a vaga na Suzuki para Joan Mir.
 
Claro, Iannone não faz lá uma grandessíssima temporada, mas conseguiu dois pódios consecutivos em Austin e Jerez e pontuou em todas as provas do ano. 
 
Andrea Dovizioso 
Andrea Dovizioso está longe da atuação do ano passado (Foto: Michelin)
Não dá para dizer que Andrea Dovizioso cumpriu com as expectativas. Depois de desafiar Marc Márquez pelo título do ano passado, o #4 entrou na temporada 2018 como um postulante ao título, mas isso ainda está bem distante de se consolidar.
 
Depois da vitória no Catar na abertura da temporada, Andrea conquistou só mais um pódio ― um segundo lugar na Itália ―, mas registrou três abandonos. Assim, o piloto de Forli é o quarto na tabela, 77 pontos atrás do líder.
 
Dani Pedrosa 
Dani Pedrosa está sofrendo com a versão 2018 da RC213V (Foto: Michelin)
Dani Pedrosa também não com escapar da lista de decepções. Embora não seja de hoje que o espanhol mostra dificuldades, o problema se agravou em 2018, também porque o #26 não consegue encontrar um acerto que o permita pilotar como se deve.
 
Desta forma, Dani, que vem somando seus piores resultados nos treinos classificatórios, tem apenas 49 pontos no Mundial, 116 a menos que Márquez.
 
Yamaha 
Pódio duplo não apaga ritmo lento de evolução (Foto: Michelin)
Pode ser estranho colocar a Yamaha na lista de decepções depois de um pódio duplo em Sachsenring, mas como deixar de fora um time que encara sua maior seca de vitórias na MotoGP? A moto dos três diapasões venceu pela última vez no GP da Holanda do ano passado, com Valentino Rossi.
 
Além do jejum, chama atenção o fato de os problemas persistirem os mesmos desde o ano passado e, por mais que os pilotos reclamem, os avanços da YZR-M1 acontecem em um ritmo muito lento.
 
Aprilia 
Além do ritmo de evolução, a confiabilidade joga contra a Aprilia (Foto: Michelin)
É bom provável que a Aprilia nunca tenha deixado a lista de decepções desde que entrou na MotoGP. Neste ano, porém, foram várias falhas de confiabilidade, o que coloca a escuderia italiana na última colocação do Mundial de Construtores, 13 pontos atrás da KTM, que tem bastante menos experiência na classe rainha do Mundial de Motovelocidade.
 
Depois de mais uma troca de pilotos, com Scott Redding assumindo a posição de Sam Lowes, a Aprilia se prepara uma nova mudança, com Andrea Iannone tomando o lugar do britânico no próximo ano. Um pouco de estabilidade talvez fosse útil para a casa de Noale.
 
Tom Lüthi 
Thomas Lüthi sequer pontuou na primeira parte da temporada (Foto: Marc VDS)
Entre os estreantes, Tom Lüthi é quem tem a performance mais decepcionante ― até porque, pelos resultados na Moto2, não existiam grandes expectativas em relação a Xavier Siméon. 
 
O suíço tem uma longa bagagem na classe do meio e parecia ter condições de fazer, pelo menos, um bom trabalho na MotoGP. Até aqui, o #12 não pontuou uma única vez e, na Alemanha, foi superado até mesmo por Stefan Bradl, que fez sua primeira corrida na categoria desde o fim de 2016 ao ser escalado para substituir o lesionado Franco Morbidelli. 
 
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