MotoGP fecha pré-temporada com pelotão apertado, Yamaha irregular, Honda forte e Dovizioso impressionante

A MotoGP fechou neste sábado (3) a pré-temporada 2018 no Catar. Após nove dias de exercícios, chama a atenção o ritmo impressionante de Andrea Dovizioso, a força da Honda e a irregularidade da Yamaha, além do crescimento da Suzuki

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Depois de três países e nove dias de testes, a pré-temporada da MotoGP chegou ao fim neste sábado (3) em Losail, no Catar. E com um piloto e uma fábrica diferentes no topo da tabela de tempos. 
 
Enquanto na Malásia a liderança ficou a Ducati de Jorge Lorenzo e na Tailândia com a Honda de Dani Pedrosa, desta vez foi Johann Zarco quem colocou a Yamaha no topo da tabela. Neste sábado, o piloto da Tech3 ditou com sobras o ritmo dos trabalhos ao anotar 1min54s029.
 
Em mais uma bateria sofrida para a casa de Iwata, a performance do francês volta a encantar ― e confundir. Enquanto Johann brilhava na parte de cima da tabela, Valentino Rossi e Maverick Viñales chegaram a aparecer fora do top-15 desse dia final, mas conseguiram evoluir já na última hora de atividades.
Johann Zarco foi o mais rápido no Catar (Foto: Tech3)

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Na 42ª das 49 voltas que completou, Rossi cravou 1min54s276 e saltou para a segunda colocação, 0s247 mais lento que Zarco. Viñales, por sua vez, recorreu a antepenúltima volta para ficar com o quinto tempo do dia, 0s442 atrás do #5.

 
“Estou encantado de terminar com a melhor volta”, comemorou Zarco. “Eu acho que era até mesmo possível rodar dentro de 1min53s alto, mas temos de aceitar que temos de entender passo a passo como rodar nessa velocidade”, ponderou.
 
No resultado combinado dos três dias nas cercanias de Doha, o pelotão segue apertadinho, embora o dia final tenha mostrado menos pilotos no mesmo segundo: desta vez, ‘apenas’ 12, mas eles estão separados por exatos 0s745.
 
Embora esses tempos da fase de testes nunca sejam um retrato fiel do que vai acontecer na temporada ― ano passado, por exemplo, Viñales dominou os testes, mas acabou apenas em terceiro no Mundial de Pilotos ―, os exercícios em Sepang, Chang e Losail dão alguns indícios. Em 2018, o sinal mais forte é de que Andrea Dovizioso quer terminar o que começou no ano passado.
 
Depois de ser a surpresa do ano e brigar pelo título até a corrida final, o italiano viu a Ducati acertar a mão no desenvolvimento da Desmosedici e despontar entre os favoritos desde o início dos trabalhos. Em Sepang, especialmente, Andrea se mostrou rápido não só em uma volta, mas também em termos de ritmo de corrida. E ficou feliz como nunca se viu.
 
“Depois deste teste, podemos confirmar nossa competitividade e rapidez. Somos, inclusive, mais rápidos do que no ano passado”, disse Dovizioso. “Me encanta que me vejam como o homem a ser batido. Nos testes, dá para entender muitas coisas, mas não todas. Temos de esperar a corrida. Pode ser que tenha sido o melhor teste da minha vida”, resumiu.
 
“Estou muito contente. Sabíamos que seríamos rápidos, mas foi muito melhor do que o esperado. A moto foi bem em todas as condições e isso é muito difícil na MotoGP. Vou para casa mais contente do que o previsto”, frisou. 
Andrea Dovizioso foi assustador na pré-temporada (Foto: Ducati)
Companheiro de Ducati, Jorge Lorenzo foi bastante bem na Malásia, não se conseguiu se encontrar na Tailândia e sai do Catar ainda longe de ser aquele piloto que encantava nos anos de Yamaha.
 

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“No final, conseguimos um bom acerto, mas o problema é que os demais melhoraram mais. Demos um passo à frente em relação ao ano passado. Temos muito mais potencial, muito mais do que mostramos hoje, mas ainda temos de trabalhar”, reconheceu. “A moto é competitiva, embora cada piloto tenha sua maneira e seu acerto. Temos de encontrar um jeito de ter a moto mais a meu gosto. O problema é que as demais marcar também progrediram. A Honda melhorou muito o motor, a Suzuki também vai muito bem, e a Yamaha, como demonstrou Viñales”, apontou.
 
“O mais positivo desde que cheguei a Ducati é que saí da minha zona de conforto. O mais negativo é que ainda não pude ganhar. Mas tudo pode acontecer na MotoGP: pode acontecer de brigar pelo 15º ou de fazer o pódio”, reconheceu.
 
Do lado da Honda, Marc Márquez parece esconder o jogo. O #93 já deixou claro que não vê tempo de volta como algo importante em testes coletivos, já que o ritmo de prova é o que ajuda a ganhar campeonatos. E, neste quesito, a RC213V vai muito bem. Losail não é um dos circuitos mais fortes para a fábrica da asa dourada e, ainda assim, o desempenho foi bom.
 
“Estou contente com a forma como correu a pré-temporada”, comentou Marc. “Rodamos muito e, além disso, sabemos que este circuito é um dos que mais podem nos atrapalhar”, seguiu.
 
“Hoje era importante trabalhar no ritmo. Demos um passo à frente, embora talvez tenhamos perdido algo em uma volta”, ponderou. “Em todos os circuitos, tivemos um ritmo mais ou menos bom. O Mundial não acaba na primeira corrida”, frisou.
 
A Yamaha, apesar da liderança, segue sofrendo ― especialmente com o time de fábrica. A YZR-M1 não consegue economizar pneus e, embora Rossi, especialmente, tenha mostrado um bom ritmo no long-run deste sábado, o italiano segue preocupado com o desgaste da borracha.
Marc Márquez também mostrou boa forma (Foto: Repsol)
“Fui rápido tanto em uma volta quanto em ritmo, mas ainda sofremos um pouco com os pneus, tanto na frente quanto atrás”, relatou o #46. “Nós trabalhamos muito durante os três dias e hoje reunimos tudo. Em duas semanas, veremos onde estamos, porque também foram muitos altos e baixos. Este teste foi muito positivo e também o de Sepang, mas não estou contente com a Tailândia”, recordou. 
 

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“Temos de ficar satisfeitos, mas sabemos que de um circuito para outro a coisa muda. A chave será também não cair muito nas pistas que são piores para nós”, alertou. “Tudo muda muito, não só de uma pista para outra, mas de um dia para o outro e até da manhã para a tarde. A Yamaha tem de trabalhar muito com a eletrônica, mas acho que todos temos a motivação”, comentou.
 
Como aconteceu bastante ao longo do ano passado, Viñales não escondeu a insatisfação com a performance da YZR-M1.
 
“Só me senti bem na última meia hora da tarde”, disse Maverick. “Não encontrava nada de ritmo, nem de sensações e não podia forçar. Nós mudamos o acerto nos últimos 40 minutos e voltamos ao do primeiro dia. Parecia outra moto. Ainda não tão boa quanto a do ano passado, mas num bom caminho. Se tivesse mais tempo, poderia ter sido mais rápido”, apostou.
 
“Neste teste, nós tomamos uma direção oposta da correta e, realmente, era difícil, porque não podia forçar e nem dar o melhor de mim. A moto tem um acerto. Você tem de se adaptar a isso e tirar 100%. É preciso ver bem como modificamos a moto, porque tenho a sensação de que perdemos um dia e meio. Não temos coisas para provar, mas sim que melhorar o acerto”, salientou. 
 
A performance da Suzuki, por outro lado, é bastante animadora. Andrea Iannone passou mal neste sábado e desfalcou a equipe, mas fechou o teste com o sexto tempo, 0s557 mais lento que Zarco. Álex Rins, por sua vez, saiu do top-6 pela primeira vez no ano, mas acabou em oitavo.
 
Do lado de KTM e Aprilia, a evolução continua. A fábrica austríaca segue com um ritmo de desenvolvimento rápido, enquanto a casa de Noale se atrasou um pouco e só terá o motor deste ano na primeira corrida da temporada, o que não foi suficiente para desanimar Aleix Espargaró.
 
“Este ano, as coisas vão ser ainda mais interessantes, porque todos os times e pilotos estarão em um nível muito alto”, previu Aleix. “A verdade é que os testes de inverno muitas vezes enganam. Têm muitos pilotos que conseguem fazer algumas voltas rápidas, mas os valores vão mudar na corrida. Acredito no nosso potencial e estou confiante de que vamos lutar no top-8 logo de cara”, declarou.
 
Assim como no ano passado, também, chama atenção a performance dos estreantes. Até então, era Takaaki Nakagami quem aparecia na frente, mas Franco Morbidelli foi o melhor em Losail, fechando o terceiro teste do ano com o 13º tempo, 1s103 mais lento que o líder.
Pilotos testaram Losail com pista molhada (Foto: Yamaha)
Entretanto, quem mostrou a maior evolução ao longo dos dias foi Xavier Siméon. O belga da Avintia baixou 1s770 ao longo dos três dias, enquanto Franco e Hafizh Syahrin conseguiram melhorar cerca de 1s5. Pela ordem, Tom Lüthi vem na sequência, com uma melhora de 1s170, enquanto Nakagami fica na lanterna, ganhando apenas 0s314 com o passar da bateria.
 
Entre os veteranos, quem mais melhorou foi Bradley Smith, que ganhou 1s242 entre o primeiro e o terceiro dia. Rossi, Cal Crutchlow e Zarco também tiveram ganhos superiores a 1s.
 
Os pilotos agora aproveitam mais alguns dias de ‘descanso’ antes de voltaram para a pista no próximo dia 18 para dar de vez o pontapé inicial na temporada 2018.

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