MotoGP promete alta competitividade, mas vê disputa condicionada por pneus em Sachsenring

Com 16 pilotos no mesmo segundo do líder na classificação em Sachsenring, a MotoGP promete mais uma etapa de alta competitividade. No calor alemão, o desgaste de pneus promete ser peça chave para o desfecho da disputa

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O reinado de Marc Márquez em Sachsenring segue intocado. Neste sábado (14), o #93 conquistou sua nona pole-position consecutiva ― contando desde sua temporada de despedida das 125cc ― no traçado de Oberlungwitz e deu um passo importante para manter intacta também sua invencibilidade.
 
Tradicionalmente impecável em pistas ‘canhotas’ ― o traçado saxão tem dez curvas para esquerda e só três para direita ―, Márquez precisou lançar mão de uma estratégia nova para conseguir a posição de honra. Desta vez, Marc fez duas paradas antes de cravar 1min20s270 ― um novo recorde ― e superar Danilo Petrucci por só 0s025.
Marc Márquez segue imbatível na classificação em Sachsenring (Foto: Divulgação/MotoGP)
“Honestamente, não senti realmente que poderia conquistar a pole hoje, mas nós conseguimos e é fantástico”, disse Márquez. “O time planejou perfeitamente a estratégia, que era tentar usar três pneus, e acho que foi o que me deu a pole-position”, considerou.
 
“Eu sabia que as duas Ducati eram muito rápidas com pneus novos, mas já na minha segunda saída, entendi que poderia forçar mais na minha última tentativa, com o pneu duro, que era com o qual eu me sentia melhor”, explicou. “Eu consegui, mas também cometi alguns erros, um na curva três, onde eu quase caí! De qualquer forma, continuei forçando mais e mais na minha última volta e, no fim, esses 0s025 me deram a pole. Lamento por Danilo, mas nós dois estamos na primeira fila e, no fim, isso é o que conta”, ponderou. 
 
Apesar do histórico mais do que positivo, Márquez admitiu que tinha dúvidas se conseguiria conquistar a pole. O #93 não liderou nenhuma das sessões anteriores do fim de semana. 
 
“Eu achava que seria difícil, porque durante o fim de semana eu não tinha estado em primeiro em nenhum treino e isso aqui na Alemanha não funciona”, brincou. “Eu precisava desta pole, pois tenho um bom ritmo, acerto, vou bem com os pneus usados, mas já nesta manhã me faltava uma volta”, comentou.
 
Com o objetivo deste sábado alcançado, Márquez agora muda o foco para a corrida, mas sabe que o calor vai representar um desafio extra por conta do desgaste dos pneus. Julho é o mês mais quente na região de Chemnitz, com a temperatura variando em média entre 18°C e 25°C. No entanto, é também o mês mais úmido do ano, mas a chuva não deu as caras neste fim de semana e tampouco está prevista para domingo.
Danilo Petrucci se mostrou preocupado com o desgaste dos pneus (Foto: Divulgação/MotoGP)
“Em relação a amanhã, acho que teremos duas corridas ― quer dizer, as primeiras 15 voltas e as últimas 15 voltas”, afirmou. “Na primeira metade, todos serão rápidos, mas na segunda os pneus vão desgastar, e este momento será chave”, apontou. “Nós trabalhamos bastante para tentar manter nosso ritmo com pneus usados em 1min21s alto, mas é difícil e também será assim amanhã”, garantiu.
 
O comportamento dos pneus é uma preocupação para todos. Na Moto2, por exemplo, a Dunlop removeu da alocação os compostos traseiros mais macios disponíveis, mas a Michelin descartou adotar medida semelhante.
 
Tradicionalmente bom com as palavras, Cal Crutchlow explicou a diferença de rendimento entre os pneus e avaliou que a Ducati pode sair em vantagem em Sachsenring. O #35 vai largar em sétimo.
 
“Eu não sei se alguém fez 30 voltas com o mesmo pneu. Nós chegamos perto, mas se você faz 20, ainda têm outras dez onde você pode perder 1s por volta ou algo assim”, comentou Crutchlow. “O problema é que podemos usar tanto os pneus macios quanto os médios na traseira. Os dois são realmente similares. O mais macio é mais rápido, claro, mas o médio talvez dure mais”, relatou.
 
“A Ducati talvez tenha mais aderência e se algum deles tiver os macios, acho que será difícil. Acho que os pneus não vão desgastar para eles tanto quando para os outros se usarem os macios”, avaliou. “Acho que será uma grande batalha, com, pelo menos, dez pilotos na briga”, previu.
 
Com 16 pilotos no mesmo segundo do líder, a expectativa é por uma espécie de replay da competitividade de Assen, onde até oito pilotos estiveram envolvidos na briga pela vitória. Desta vez, vai levar vantagem quem melhor conseguir controlar a queda de rendimento dos calçados.
 
“Foi um dia mais positivo do que sexta-feira. Melhoramos bastante. Está tudo muito apertado, mas largar em sexto não é ruim”, disse Valentino Rossi, que vai fechar a segundo fila do grid. “Com o bom ritmo que muitos têm, ― e nós não estamos mal, mas têm pilotos mais rápidos ― podemos ver outra corrida em grupo, como em Assen”, previu.
Jorge Lorenzo falou em guardar energia para a segunda metade da disputa (Foto: Michelin)
“Nesta pista, com tantas curvas para a esquerda, as últimas voltas serão importantes. A corrida tem 30 voltas e vai ser duro”, reconheceu. “É verdade que, como em muitas vezes neste ano, estamos muito próximos, então é importante largar da segunda fila e tentar ter um bom começo de prova e boas primeiras voltas. Depois, vamos ver. Acredito que a escolha do pneu traseiro será crucial, pois ainda está aberto e ainda não entendemos qual será o melhor”, frisou.
 
Dono de um bom ritmo em Sachsenring, Andrea Dovizioso ficou com o quinto tempo na classificação e, assim como seus pares, colocou a performance dos pneus como chave para o GP da Alemanha.
 
“Para a corrida, nós somos rápidos, com certeza, mas o fator desconhecido para todos será o desgaste de pneus”, considerou. “Vai ser o consumo e a queda de rendimento do pneu traseiro que vai marcar a verdadeira diferença”, avisou.
 
Companheiro do italiano na Ducati, Jorge Lorenzo se saiu melhor na classificação e vai sair em terceiro, mas alertou que também será importante poupar energia para a parte final da prova.
 
“A corrida será longa e bastante difícil, então é importante fazer a escolha certa de pneus, ter uma boa largada e poupar energia para a parte final”, declarou o #99.
 
Batido nos instantes finais por Márquez, Petrucci celebrou a primeira fila, mas reconheceu que terá um pouco mais de dificuldade na corrida por conta de seu peso.
 
“A nossa meta eram as duas primeiras filas, porque a corrida será muito difícil e o consumo de pneus será muito alto”, afirmou Danilo. “Para mim, será um pouco mais difícil por causa do meu peso, mas eu atingi a meta de hoje”, continuou.
 
“Meu medo é que eu não sei o que esperar da segunda metade. Nós fomos bem com os pneus usados, mas não sabemos em relação dos outros e acho que muitos pilotos não sabem. Vamos ver. Seria bom ficar calmo nas primeiras voltas e começar na primeira fila ajuda”, concluiu.
 

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