No primeiro ‘match-point’ do título, Márquez entrega pior grid do ano e dá incentivo extra para Dovizioso na Malásia

33 pontos à frente de Andrea Dovizioso na classificação da MotoGP, Marc Márquez chegou em Sepang com uma mão na taça, mas complicou a própria vida ao errar no momento decisivo e apresentar sua pior performance do ano no treino classificatório. O italiano, por outro lado, ficou em terceiro, apenas 0s024 atrás do pole-position Dani Pedrosa

Grande Prêmio
Juliana Tesser 28/10/2017    08:48    4min    MotoGP

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Marc Márquez sabe mesmo como tornar uma corrida emocionante. 33 pontos à frente de Andrea Dovizioso na classificação da MotoGP, o #93 chegou em Sepang com uma mão no título, mas encontrou neste sábado (28) um jeitinho de dar um incentivo extra ao rival da Ducati.
 
Ainda em sua primeira volta rápida no Q2, o piloto da Honda sofreu uma queda ― a 25ª do ano ― na curva 15 do traçado malaio, comprometendo sua estratégia para a classificação, que parecia ser de duas paradas. Rápido, Marc voltou aos boxes e saiu com a RC213V reserva e, depois de uma nova passagem pela garagem da Honda, conseguiu melhorar para 1min59s694 em sua sétima e última volta, 0s482 distante de Dani Pedrosa, que renasceu no calor para faturar a terceira pole do ano.
 
O resultado é não só o pior de Márquez no ano ― superando o sexto lugar do grid de Mugello ―, como também o pior desde o GP da Itália de 2015, quando saiu em 13º.
Marc Márquez teve em Sepang sua pior classificação no ano(Foto: Michelin)
“A queda foi uma consequência de várias coisas, começando por esta manhã, quando escolhemos a direção errada”, disse Márquez. “Depois, nós retificamos no meio do caminho, mas foi uma lástima que tenha cometido o erro na última curva, quando caí e, levando tudo em consideração, fiz duas voltas desastrosas”, seguiu.
 
Apesar do revés, Márquez não mostrou preocupação, uma vez que a matemática do título é bastante favorável. 
 

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“Não é o circuito em que estamos mais fortes. Não estamos como na Austrália”, reconheceu. “No momento, não estou para ganhar a corrida, mas tampouco para terminar em sétimo”, avaliou.
 
“Parece que é um fim de semana em que terei de me defender. Neste caso, o que faço é aceitar a situação, me concentrar na pilotagem e tratar de otimizar”, concluiu.
 
Fechando a primeira linha da grelha de partida, Dovizioso se mostrou bastante satisfeito com o resultado, já que vem cumprindo todas as metas estabelecidas ate aqui.
 
“Na classificação, fiz uma volta praticamente perfeita e isso me deu uma grande satisfação”, disse Andrea. “Estamos prontos para amanhã, qualquer que seja o tempo. A moto está muito boa, somos rápidos e isso é o mais importante, porque o objetivo amanhã é lutar pela vitória”, continuou.
 
“A primeira fila era o nosso objetivo e nós conseguimos, mas, sobretudo, estou contente pela nossa velocidade, que é fundamental neste fim de semana”, destacou. “Se você não tem um bom ritmo, é inútil pensar em uma estratégia de corrida. Nós fomos rápidos em todas as condições, principalmente no seco e com os pneus desgastados”, relatou.
 
Em um cenário como este, a imprensa espanhola quis saber o papel que Valentino Rossi vai desempenhar, mas o italiano afirmou que vai correr como sempre fez. O piloto da Yamaha acredita que Márquez influenciou a disputa pelo título de 2015 em favor de Jorge Lorenzo.
 
“Vou fazer a minha corrida, espero ser rápido o bastante para lutar pelo pódio e mais nada, como sempre fiz na minha carreira”, garantiu.
Andrea Dovizioso ganhou um incentivo extra na briga pelo título (Foto: Michelin)
Um dos muitos que podem atuar como fiel da balança em favor de Dovizioso, Lorenzo se mostrou confortável na Malásia e acredita que dá até para beliscar um pódio.
 
“Estou melhor do que nunca com a moto neste circuito. Me aproximei de Dovi e acho que temos opções de brigar com o grupo da frente”, falou o #99. “Tanto no seco como no molhado, acho que podemos brigar pelo pódio. A vitória é sempre complicada”, sublinhou.
 
Partindo da pole, Pedrosa não vê sua posição inicial como um fator de ajuda a Márquez, mas como uma espécie de resposta depois de uma fase ruim.
 
“Com certeza é uma boa maneira de me ajudar, o que é muito importante”, afirmou. “As duas últimas corridas foram muito difíceis, e se pudermos ter boas sensações amanhã, tenho que me concentrar para fazer uma boa corrida”, concluiu.
 

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