Pneu traseiro macio da Ducati não resolve, e Márquez arremata décima pole da temporada 2014 da MotoGP em Silverstone

Márquez lidera último treino livre antes da classificação

 

A chuva não veio, mas o tempo tampouco melhorou. Antes do início da quarta sessão de treinos em Silverstone, os termômetros marcavam 17°C, com a pista atingindo os 24°C. A velocidade dos ventos seguia em torno dos 16 km/h.

 

Como normalmente acontece, a quarta sessão foi dedicada às simulações de corrida, com muitos pilotos apostando em combinações de pneus não vistas até então.

 

Como nos treinos anteriores, Andrea Dovizioso apareceu forte e assumiu a ponta da tabela já em seu primeiro giro. Andrea Iannone vinha 0s084 atrás, à frente de Valentino Rossi, Pol Espargaró e Scott Redding.

 

Com um pneu duro na traseira da RC213V, Márquez seguiu Lorenzo pela pista e cravou 2min02s863, assumindo a ponta. Com um composto médio na traseira, o piloto da Yamaha se instalou em segundo, mas logo caiu para terceiro, com Dovizioso recuperando a liderança ao superar a marca de Marc por 0s253.

 

Com 2min03s082, Pedrosa subiu para a terceira colocação, 0s151 à frente de Lorenzo, que caiu para quarto. Iannone vinha em quinto, à frente de Bradl, Rossi, Aleix e Pol Espargaró e Bautista.

 

Pouco depois, Rossi baixou para 2min02s762 e saltou para o segundo lugar, 0s152 atrás de Dovizioso. O italiano tinha um pneu médio na traseira.

 

Depois de cair no terceiro treino livre, Bradl tomou um novo tombo, desta vez na curva oito, uma das mais lentas do circuito, mas que exige uma freada forte.

Os pilotos partiram, então, para os boxes. Dovizioso liderava, à frente de Rossi, Márquez, Pedrosa, Smith, Iannone, Bradl, Lorenzo, Pol e Aleix Espargaró.

 

De volta à pista, Márquez cravou 2min02s451 e retomou a ponta, abrindo 0s159 de vantagem para Dovizioso. Pouco depois, Pedrosa passou em 2min02s749 e assumiu o terceiro posto, 0s403 mais lento que o companheiro de Honda.

 

Com o cronômetro zerado, ninguém conseguiu superar Márquez, Dovizioso e Pedrosa, que ficaram com o top-3. Rossi ficou com o quarto posto, à frente de Iannone, Lorenzo, Smith, Bradl, Pol e Aleix Espargaró.

 

Liderada por Redding, dupla da Gresini avança ao Q2

 

Como determinado pelo resultado combinado dos treinos, 13 pilotos participaram do Q2: Leon Camier, Hiroshi Aoyama, Héctor Barberá, Danilo Petrucci, Alex de Angelis, Karel Abraham, Broc Parkes, Cal Crutchlow, Scott Redding, Mike Di Meglio, Yonny Hernández e Michael Laverty.

 

Assim que o pit-lane foi aberto para os 15 minutos do Q1, os fiscais sinalizaram a chegada da chuva. Nada forte, apenas uns pingos aqui e ali.

 

Com uma RC213V satélite, Bautista começou na ponta, 0s024 à frente de Redding. Hernández vinha em terceiro, seguido por Crutchlow, Aoyama e De Angelis.

 

Perseguindo Bautista, Scott baixou para 2min02s639 e assumiu a liderança da sessão, 0s060 à frente de Álvaro. Hernández seguia em terceiro, 0s542 mais lento que Redding.

 

Na metade da sessão, os pilotos foram aos boxes para um novo conjunto de pneus. Na Pramac, Hernández calçou sua Desmosedici GP13 com um pneu traseiro macio. 

 

Uma curiosidade: desde o início do ano, os pilotos que contam com a RCV1000R, a versão de produção da RC213V, reclamam de falta de velocidade. Durante o Q1, Bautista atingiu os 315,2 km/h, enquanto Redding, seu companheiro de Gresini, atingiu 270,5 km/h. O espanhol conta com o protótipo satélite da Honda, enquanto o britânico tem o equipamento mais barato.

 

De volta à pista para os minutos finais, Crutchlow, com um par de pneus macios, identificados pela cor branca, abriu uma boa volta, nada que superasse Redding, mas algo que melhoraria sua posição. O britânico, entretanto, perdeu tempo na terceira parcial e não conseguiu melhorar sua marca. 

 

Durante a volta, Crutchlow vinha sendo seguido de perto por Alex de Angelis, mas isso, claro, não deixou o piloto da Ducati nada feliz.

Nos minutos finais da sessão Leon Camier, que tinha tido um bom desempenho na sessão livre anterior, sofreu uma queda na curva 11, mas não se feriu. O britânico tinha o oitavo tempo no Q1.

 

Nos segundos finais, Redding abriu nova boa volta, mas não conseguiu confirmar o ritmo. O ex-piloto da Marc VDS insistiu e conseguiu abrir um novo giro pouco antes de o cronômetro ser zerado. 

 

Com o relógio travado, Abraham registrou 2min03s206 e assumiu o quarto posto. Scott, de novo, não melhorou, mas garantiu sua vaga no Q2, junto com Bautista.

 

Assim, Hernández larga em 13º, à frente de Abraham, Crutchlow, Aoyama, De Angelis, Camier, Petrucci, Laverty, Barberá, Di Meglio e Parkes.

 

Soberano, Márquez fatura décima pole de 2014

 

Mais rápidos na sessão anterior, Redding e Bautista se juntaram a Márquez, Dovizioso, Pedrosa, Rossi, Lorenzo, Pol e Aleix Espargaró, Bradl, Smith e Iannone para definir a ordem dos 12 primeiros no grid de Silverstone. 

 

Com um par de pneus médios, Lorenzo foi o primeiro a descer pelo pit-lane, como sempre faz, aliás. Na sequência, os demais foram saindo.

 

Pedrosa deixou os boxes da Honda calçando a RC213V com um pneu dianteiro macio e um médio na traseira.

Sempre atento aos rivais, Dovizioso tratou de colar em Lorenzo para se beneficiar do rastro do piloto da Yamaha. O titular da Ducati tinha um par de pneus macios, assim como Iannone, que vinha tentando encostar no piloto da moto #04 para formar fila atrás da M1 #99.

 

Aproveitando a carona e os pneus mais macios, Dovizioso cravou 2min01s595 e se instalou na ponta, 0s203 atrás de Lorenzo. Pedrosa vinha em terceiro, à frente de Iannone, Pol e Scott.

 

Com 2min01s944, Márquez se instalou em terceiro, 0s349 mais lento que o italiano da Ducati. O líder do Mundial, aliás, tinha um pneu médio na traseira e um macio na frente.

 

Na sequência, Rossi virou 2min01s893 e assumiu o terceiro posto, 0s298 atrás de Dovizioso. Márquez vinha 0s051 atrás.

 

O dono da moto #93 anotou 2min01s259 e tirou a ponta de Dovizioso, que já estava nos boxes da Ducati para um novo jogo de pneus.

 

Pedrosa também parou e colocou um pneu médio novo na traseira da RC213V. O espanhol de Sabadell tinha o quinto melhor tempo. 

 

Enquanto Dani voltava para a pista, Lorenzo, Rossi, Pol e Aleix Espargaró, Redding, Smith, Bradl e Bautista garantiam a movimentação no pit-lane.

 

Jorge logo voltou, apostando em um par de pneus médios. Smith, por outro lado, colocou um macio na frente, deixando a borracha intermediária na parte de trás.

 

Faltando cerca de quatro minutos para o fim da sessão, todos os pilotos estavam de volta à pista, exceto Dovizioso, que demorou um pouco mais nos boxes da fábrica de Borgo Panigale.

Márquez liderava com 2min01s259, à frente de Dovizioso, Lorenzo, Rossi e Pedrosa.

 

Munido de um pneu traseiro macio, disponível apenas para àqueles que obedecem ao regulamento Aberto, Aleix baixou sua marca para 2min01s448 e assumiu o segundo posto, 0s189 atrás de Marc. Além de borracha, o catalão ainda contou com uma ajudinha de Bautista, que forneceu o rastro.

 

Na sequência, Lorenzo passou em 2min01s175 e assumiu a ponta, 0s084 à frente de Márquez. Marc reagiu de imediato, foi 0s346 mais rápido que o espanhol da Yamaha e retomou o comando. Aleix era o terceiro, à frente de Pedrosa, Smith, Dovizioso, Pol, Rossi, Iannone, Redding, Bradl e Bautista.

 

No minuto final, Iannone caiu e perdeu qualquer chance de brigar pela primeira fila,

 

Sempre com pneus macios – mas desta vez sem rastro –, Dovizioso cravou 2min01s140 e garantiu a segunda colocação, 0s311 mais lento que Márquez. Lorenzo caiu para terceiro, à frente de Aleix.

 

Rossi anotou 2min01s550 e garantiu a sexta posição, logo atrás de Pedrosa. Smith sai em sétimo, à frente de Pol, Bradl, Iannone Redding e Bautista.