Sem “nada a perder”, Lorenzo lidera Dovizioso na classificação pela primeira vez e passa a ser fator na briga pelo título

Novo proprietário da sétima colocação na classificação da MotoGP, Jorge Lorenzo aparece à frente de Andrea Dovizioso na tabela pela primeira vez desde que chegou a Ducati. 49 pontos atrás do líder Marc Márquez, o #99 passa a ser um fator importante na briga pelo título

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Jorge Lorenzo parece um novo homem na temporada 2018 da MotoGP. Depois de um início de ano bastante apagado, o #99 ressurgiu a partir do GP da Itália e, em apenas duas corridas, somou mais do que o triplo de pontos das cinco primeiras etapas do ano.
 
Com um total de 66 pontos, Lorenzo tem hoje 49 de atraso para Marc Márquez, o líder da disputa, mas, com 600 tentos ainda em disputa até o encerramento do campeonato, o piloto da Ducati não pode ― e não deve ― ser descartado na disputa pela nova placa na Torre dos Campeões.
 
“É muito complicado, são muitos pontos e esta é a má notícia. Mas a boa notícia é que faltam muitas corridas”, avaliou Lorenzo. “Partida a partida, corrida a corrida. Talvez em Assen a gente volte a estar a 70 pontos ou a gente recupere mais. Nunca se sabe”, comentou.
Jorge Lorenzo recuperou seu tradicional estilo 'martelo' (Foto: Michelin)
Vindo de duas vitórias consecutivas, Lorenzo reconhece que tem a “melhor e mais completa Ducati de todas”.
 
“Provavelmente, nós temos a melhor e mais completa Ducati de todas, isso também é um bom sinal, vamos ver”, considerou. “O lado bom é que não temos pressão, não temos nada a perder, e Marc tem um pouco mais de pressão nesse sentido”, afirmou.
 
Com o divórcio com a Ducati selado, Lorenzo destacou o quanto sua situação no campeonato mudou em um intervalo curto de tempo.
 
“Estou muito contente, porque ganhar duas corridas seguidas com a Ducati era impensável há dois meses, quando estava em uma situação muito difícil”, reconheceu. “Agora isso é possível, o que demonstra que não temos de nos render e que temos de seguir confiando em nós mesmos, trabalhando duro até mesmo nos momentos mais difíceis, porque tudo pode mudar em dias, semanas”, aconselhou.
 
Ainda assim, Jorge sabe que as coisas podem mudar e espera viver momentos mais difíceis na temporada.
 
“Hoje, em um circuito favorável para nós e depois de ter dominado mais ou menos todo o fim de semana, se eu não tivesse seguido forçando até o final, Márquez podia ter me alcançado e não teríamos conseguido a vitória. Quando parecia uma situação bastante favorável para nós, Márquez esteve lá até o final”, lembrou. “Mas não acho que tenham acabado os circuitos favoráveis para a nós. Assen não vai ser dos melhores, mas logo chegará Brno, Áustria, Silverstone, Malásia. Terão circuitos bons, mas também chegaremos a outros como Sachsenring ou Phillip Island, onde temos uma conta pendente”, apontou.
 
Em um fim de semana um bocado mais difícil, marcado por quedas e uma daquelas tradicionais salvadas alucinantes, Márquez contou que, desta vez, usou a cabeça e não o coração.
 
“Eu tinha a esperança de vencer. Essa foi a mentalidade desde a largada, mas não deu. Queira ou não, com o zero de Mugello e vendo tantas quedas na nossa categoria e nas outras, isso faz com que você corra mais com a cabeça do que com o coração”, considerou. “Foi isso que eu fiz hoje. Eu tentei forçar e, quando vi que não podia, pensei nos 20 pontos. Foi uma daquelas corridas que eu não gosto, chatas, porque tinha que ir gerindo, mas são essas que resultam em campeonato”, alertou.
 
Questionado sobre como frear Lorenzo, Márquez respondeu: “Trabalhando. Ainda nos falta alguma coisa, apesar de não estarmos mal, porque fiquei toda a corrida a menos de 2s e, no final, foram 4s, porque me deixei levar. Sofrendo em todo o fim de semana, com as quedas e uma super salvada, estávamos na frente e isso é importante”.
 
Ainda, Márquez falou sobre a diferença na performance de Lorenzo entre as provas de Jerez e deste domingo e avaliou que o #99 agora pilota como se estivesse em uma Yamaha.
 
“O Lorenzo de Jerez ia mais rápido, mas tinha um ponto em que ele caia muito, O daqui não teve essa baixa”, comparou. “Ele foi muito constante. Ele utiliza muito bem a aceleração da Ducati, coisa que é importante, e, vendo por trás, parecia que ele pilotava uma Yamaha, porque ia super fino, com muito ritmo de curva. Isso, em circuitos como Mugello e aqui, faz muita diferença. Temos de ver o que vai acontecer em circuitos menores, nos quais esperamos trabalhar melhor”, seguiu.
Marc Márquez segue líder do Mundial (Foto: Michelin)
“Também era muito forte na freada, freava muito tarde, e tinha muita confiança com o pneu dianteiro. Ali ele marcava a diferença”, apontou. “Eu escolhi o pneu duro traseiro para ver se mudava algo no fim da corrida. Não sei o que teria acontecido com o macio, mas foi uma decisão minha. Como sou cabeçudo, faria isso outra vez”, afirmou.
 
Líder da MotoGP, Márquez conseguiu ampliar para 27 sua vantagem em relação a Valentino Rossi, o segundo na tabela, mas evitou listar rivais na briga pelo título. 
 
“Não me atrevo a dizer nomes. Eu disse Dovizioso e agora é muito incomum o que está acontecendo com ele, com três zeros em quatro corridas, dois por erros dele. É um Dovi que não tínhamos visto, mas com 50 pontos pode virar a mesa em qualquer momento e o campeonato é uma montanha russa”, ponderou. “O principal rival é o que está em segundo, que é Valentino, e será outro se subir para segundo. O importante é que a gente se mantenha em segundo”, defendeu.
 
Perguntado se é preciso ficar atento a Lorenzo, Márquez avaliou: “Cairia bem vencê-lo em alguma corrida, porque quando Jorge engata uma sequência, ele pode ser muito perigoso. Temos um treino amanhã e podemos testar alguma coisinha. Temos de encontrar o que falta”.
 

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