Zarco sente falta de performance e decide voltar ao chassi de 2016 da Yamaha após teste coletivo em Sepang

O chassi de 2017 da Yamaha não conseguiu mesmo conquistar corações na MotoGP. Depois da bateria de testes em Sepang, Johann Zarco decidiu abandonar a versão do ano passado da YZR-M1 e disputar a temporada 2018 com a mesma moto com que correu no ano passado.

 

Ao longo da temporada passada, Valentino Rossi e Maverick Viñales sofreram bastante com a performance da moto, especialmente por conta de falta de aderência. Para este ano, a Yamaha, então, decidiu basear a nova M1 na moto que foi usada em 2016, a mesma que era guiada por Zarco em seu ano de estreia na MotoGP.

Apesar da pressão da imprensa, a Yamaha manteve sua política tradicional e não deu ao francês a versão mais recente do protótipo de Iwata. Assim, Johann decidiu seguir com o chassi que usou no ano passado ― que foi usado por Jorge Lorenzo em sua última temporada com a marca dos três diapasões.

 

“Hoje eu decidi usar a minha moto do ano passado para ter todas as informações e entender ainda mais coisas em relação às minhas sensações”, contou Zarco. “De manhã, as condições eram realmente perfeitas para sermos rápidos e 1min59s5 foi bem bom, mas não bom o suficiente”, considerou.

 

“Pelo menos, tive a aderência que faltou no dia anterior. Sinto que agora, com mais um ano de experiência, ainda tenho coisas a aprender. Vou, no momento, continuar trabalhando com a moto que estava usando no ano passado nos próximos testes e encontrar um jeito de pilotá-la como Lorenzo fazia há dois anos. Acho que fazer o que ele estava fazendo vai me ajudar a ser rápido”, opinou.

 

Ainda, Johann se disse feliz por ter encerrado a primeira bateria da pré-temporada sem quedas, mas avaliou que poderia ter sido mais rápido em sua simulação de corrida.

 

“Estou bem feliz, porque foram três dias de testes e nenhuma queda. Isso é importante para recuperar a melhor confiança”, falou. “Aí hoje fiz boas voltas e as condições foram muito boas de manhã. Nós tentamos usar essa oportunidade para sermos mais rápidos”, continuou.

 

“1min59s5 não é ruim e eu gostaria que fosse um pouco melhor, mas preciso esperar um pouco para melhorar também eu mesmo. Aí, quando estava bem quente, nós usamos esses pneus com que fiz a volta rápida”, relatou. “Eu tentei uma simulação de corrida e fiz 13 voltas seguidas. Fisicamente, eu me senti muito melhor do que me senti um ano atrás. O ritmo talvez pudesse ser quatro décimos mais rápido a cada volta. Deveria ter sido mais rápido, mas, pelo menos, eu fui bem constante poupando minha energia”, considerou.

 

Questionado sobre sua atual especificação de motor, Zarco respondeu: “É difícil dizer. Isso, eu não sei. Sei que tenho mais potência do que no ano anterior”.

 

“Então se puder usar a minha experiência e a experiência com o time, porque agora nos conhecemos melhor e ainda temos algumas coisinhas para ajeitar além do motor, devo ser ainda mais competitivo para estar no pódio”, avaliou.

 

No terceiro dia em Sepang, Zarco contou com a nova carenagem aerodinâmica da Yamaha e teceu elogios em relação à peça.

 

“Também foi ótima. Dá mais estabilidade e quando você tem a moto estável, pode relaxar ainda mais. Vou trabalhar isso para o ano. Depende da pista, mas acho que podemos ter um bom contato com dianteira e estabilidade em quase cada pista”, avaliou. “Quando você está completamente inclinado e tenta abrir o acelerador, você sente que tem menos medo de a frente travar”, concluiu.

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