Primeiro contato: Indian Roadmaster tem tecnologia de sobra e conjunto agradável para viagens longas

Indian lança a touring Roadmaster no Brasil por R$ 114.990 para atrair motociclistas que gostam de longas (e emocionantes) viagens

Pouco a pouco a Indian vai cavando seu espaço no Brasil. Depois de estrear em solo nacional no finalzinho de 2015 com as tradicionais custom, a centenária marca estadunidense dá mais um passo adiante com o lançamento de dois modelos da família touring – ou estradeiras, como desejar. Cheiftain e Roadmaster chegaram às concessionárias em abril para brigar com a rival histórica Harley-Davidson. A grandalhona Roadmaster será vendida apenas na cor preta por R$ 114.990.
 
A Roadmaster é o que a Indian oferece de melhor para quem gosta de rodar, rodar e rodar mais um pouco. Na estrada, diga-se, porque na cidade sem chances. É a topo de linha da marca que pretende não só atrair a atenção dos loucos por H-D como também despertar a curiosidade em motociclistas em geral que gostam de curtir uma viagem aos finais de semana.

E, para começo de conversa, estilo para isso ela tem. Os engenheiros da Polaris (grupo proprietário da Indian) não quiseram reinventar a roda e buscaram no distante ano de 1947 a inspiração para desenhar a versão do século 21. A moto é classuda – observe o desenho do motor V-Twin e o pára-lamas que cobre parte da roda.  

Indian Roadmaster está à venda por R$ 114.990 (Foto: Indian)

E como só estilo não ganha jogo, a Indian colocou boa dose de tecnologia por trás da roupagem clássica. Há uma lista honesta de itens modernosos que dão um tempero todo especial. Quer ver? O quadro é de alumínio forjado, o ABS é item de série, há piloto automático, sistema eletrônico de monitoramento da pressão do pneus, para-brisa com ajuste elétrico, lanterna e farol em LED, abertura dos alforges laterais por controle remoto e sistema de áudio cuja potência é de 200W (com conexão bluetooth). Nada mal.

 
Características
 
O motor que empurra os mais de 400 kg é o mesmo de toda a linha Chief. O Thunder Stroke tem dois cilindros com 1.811cc e 16,4 kgf.m de torque a 3.000 rpm. O arrefecimento é misto de ar e óleo e a alimentação é por injeção eletrônica. O câmbio é de 6 velocidades e a transmissão secundária é por correia. A suspensão dianteira é do tipo telescópica e o curso é de 116 mm. Na traseira, é amortecedor único com ajuste de pré-carga da mola. Há também a possibilidade de ajuste por meio de uma bomba manual, para facilitar a vida do condutor.

O conjunto de freios é formado por disco duplo de 300 mm na frente com duas pinças e quatro pistões. Na roda traseira tem um disco dos mesmos 300 mm só que com pinça única e duplo pistão. Os pneus Metzeler são de 130/90 na frente e 180/65 atrás colocados em rodas de 16 polegadas.

O tamanho assusta, mas a Roadmaster é fácil de pilotar (Foto: Indian)

Além do conjunto técnico de respeito, a Indian adicionou à Roadmaster itens interessantes, alguns dignos de registro. Sistema de entrada de ar nas pernas regulável, pedaleiras com "colchão de ar" para minimizar vibração, manoplas aquecidas, assento com sistema individual de regulagem de temperatura são exemplos importantes. Para o conforto do acompanhante, há três opções de ajustes da pedaleira, tanto de ângulo quanto de altura.

 
Contato
 
Claro que fica certa apreensão no ar quando se está prestes a encarar a Roadmaster. Como domar uma motocicleta tão grande, pesada e imponente? Mas é só engatar a primeira marcha para a tensão acabar. Em movimento a gigantona flui que só. Sem abusar, ganha velocidade de cruzeiro com certa morosidade. Compreensível. As trocas de marchas são suaves e precisas. O nível de vibração dessa touring é surpreendentemente baixo e o calor gerado pelo motor entre as pernas é tranquilo de se aguentar. 
 
O nível de proteção da bolha é na medida e cabe o elogio ao fácil ajuste. Se quiser tomar aquele revigorante vento no rosto é só apertar um botão, simples assim. Tem freio de sobra, é impressionante a confiabilidade. Nas curvas, dão segurança, mas não espere inclinar muito sem dar aquela raspadinha básica na pedaleira.

Por estar limitado à pista do Haras Tuiuti, não deu para sentir todo o potencial do modelo (para o bem ou para o mal). Mas a primeira impressão foi muito positiva. Principalmente porque a Roadmaster quase implorou para sair do circuito e ir para a estrada. Ao menos personalidade ela tem de sobra.

Indian Roadmaster foi feita para encarar longas horas na estrada (Foto: Indian)

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