Sertões: Gonçalves vence quarta etapa e fica mais perto de Coma nas motos. Varela ganha pela terceira vez nos carros

Paulo Gonçalves, Marcelo Medeiros, José Hélio e Reinaldo Varela foram os vencedores da quarta etapa do Rali dos Sertões, a mais longa desta edição, que aconteceu entre as cidades de Paracatu e São Francisco

Ficou mais apertada a disputa das motos ao final da quarta etapa do Rali dos Sertões de 2014. 2min04s separam líder, Marc Coma, do vice-líder, Paulo Gonçalves — o vencedor do estágio disputado nesta quarta-feira (27).

Entre as cidades mineiras de Paracatu e São Francisco, Gonçalves foi mais de 1min mais rápido que Coma, e assim colou no espanhol na classificação geral da maior prova de rali do Brasil. O português, aliás, defende a vitória conquistada em 2013.

“Hoje foi uma etapa bem grande e comecei andando bastante forte. No segundo setor, acabei cometendo um pequeno erro, perdendo um pouco de tempo. No final, consegui voltar forte, recuperar tempo e abrir um pouco do Marc”, afirmou o piloto. “Agora estamos no meio do rali, vamos disputar os três dias que tem pela frente. Espero continuar competitivo e ver o final como vai ficar.” 

Melhor brasileiro, Jean Azevedo foi quarto, atrás de Helder Rodrigues, companheiro de Gonçalves na HRC. “Foi uma etapa muito rápida, praticamente só reta, com piso de areia, diferente do que estávamos pegando até agora. Particularmente, não achei muito prazerosa, uma etapa que mede mais moto do que piloto. Faz parte do rali, mas ainda prefiro etapas mais técnicas, mais travadas”, comentou Jean.

Azevedo está em terceiro lugar no geral, dez minutos atrás de Coma. Jordi Viladoms, da KTM, foi quinto na etapa e é quinto também no acumulado dos tempos.

Paulo Gonçalves foi o vencedor da etapa nas motos (Foto: Ricardo Leizer/Webventure)

Quatro dias, três vitórias. Assim está sendo o Rali dos Sertões para a dupla Reinaldo Varela e Gustavo Gugelmin entre os carros. Depois da vitória na terceira etapa, o conjunto levou a melhor também no quarto dia da competição, que incluiu um longo percurso total de 585 km entre  Paracatu e São Francisco, já no estado de Minas Gerais.

Varela só não venceu na segunda etapa, quando enfrentou um problema e ainda acabou punido. É por isso que, apesar dos triunfos, ele ainda está longe dos líderes Guilherme Spinelli e Youssef Haddad.

Nesta quarta, Varela descontou 27s em relação aos melhores colocados na classificação geral, mas segue na terceira posição e com 7min01s de desvantagem.

“A especial foi longa, mas sem dificuldades com a navegação e com o nosso protótipo, que está rendendo muito bem. Tivemos muito problema para negociar ultrapassagens com os vários UTVs e motos que encontramos pela frente. Isto nos atrasou muitíssimo e foi péssimo para nós”, comentou Varela após a chegada a São Francisco.

Spinelli e Haddad fecharam o dia no segundo lugar, ao passo que Christian Baumgart e Beco Andreotti ficaram na terceira posição.

Varela ganhou mais uma nos carros (Foto: Ney Evangelista)

Nos quadriciclos, o dono do melhor tempo foi Rafal Sonik, mas uma penalização ao polonês passou a vitória para as mãos de Marcelo Medeiros. Sonik teve 16 minutos acrescidos ao seu tempo de prova por não ter parado no abastecimento.

Com a punição do rival, Medeiros assumiu a dianteira do rali. A vantagem para o segundo colocado, Robert Nahas, é de seis minutos, e Sonik caiu para o terceiro lugar com 14 minutos de atraso.

Nos UTVs, vitória e liderança para o mesmo piloto: José Helio. Junto do navegador Edmilson Camargo, completou a quarta especial em 5h03min42s, o que o coloca com um tempo total de 11h12min18s. Rodrigo Varela e João Henrique Arena foram os segundos colocados nesta quarta e ocupam o mesmo posto na classificação geral. Nos caminhões, Edu Piano manteve a hegemonia.

Nesta quinta-feira, o Sertões vai partir com destino à cidade histórica de Diamantina em um dia que terá percurso total de 645 km — 336 km de trecho cronometrado. Será a primeira perna de uma etapa maratona: os veículos não poderão ser mexidos ao chegarem ao Parque Fechado, com somente 30 minutos de janela para ajustes antes da largada para as atividades de sexta-feira.

“A maratona deve ser considerada uma especial maior, com a soma de dois dias. Ou seja, é preciso se programar para um trecho bastante longo, sem manutenção da equipe”, sintetizou Haddad, navegador de Spinelli.

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