Buscando se aperfeiçoar, Seletiva Petrobras passa por reformulação e dá premiação mais abrangente a vencedores

Teste com carro da F-Renault, curso de pilotagem com Ingo Hoffmann, programa de preparação física com o filho de Nuno Cobra e R$ 60 mil para o campeão: Seletiva de Kart Petrobras espera que nova premiação aumente as chances de sucesso na carreira dos quatro melhores kartistas de 2014. Acompanhe hotsite especial do torneio

O ampliado programa de premiação é a grande novidade da 16ª temporada da Seletiva de Kart Petrobras. Na decisão da edição de 2014 do torneio, marcada para o Kartódromo de Guaratinguetá (SP) nos dias 28 e 29 de outubro, os 12 finalistas vão concorrer a um pacote que visa guiar os pilotos rumo ao próximo passo da carreira: a transição do kart para o carro.

Buscando aperfeiçoar o torneio e acompanhar o dinamismo que o automobilismo atual exige, a organização da Seletiva firmou parcerias com a intenção de dar aos quatro melhores kartistas desta temporada mais base na hora de optar por qual caminho seguir na carreira.

Esse novo ‘pacote’ vai além da premiação em dinheiro para o campeão e inclui testes na F-Renault, na Espanha, com a equipe Koiranen, o curso de pilotagem da Mitsubishi, ministrado por Ingo Hoffmann, e um programa de preparação física ministrado por Nuno Cobra Jr.

O valor que vai ser embolsado pelo campeão caiu de R$ 123 mil para R$ 60 mil — porém continua como o maior prêmio individual do kartismo brasileiro —, mas o total que é distribuído em forma de premiação para os vencedores subiu de R$ 143 mil para R$ 250 mil.

Kartódromo de Guaratinguetá vai receber a 16ª final da Seletiva Petrobras (Foto: Divulgação)

Binho Carcasci, promotor do torneio, explica que a falta de experiência, a pouca idade e, às vezes, a própria falta de informação podem refletir em decisões equivocadas. Com o novo programa, a intenção da Seletiva é tornar menos nebulosos os caminhos que envolvem o sonho de virar piloto profissional.

“A gente fez 15 anos da Seletiva com uma premiação em dinheiro. Só que o automobilismo, nesse tempo, mudou muito. Para você ter uma ideia: o cara se classificava para a Seletiva a partir dos 16 anos, que era a idade que tinha quando entrava na categoria Graduados quando começamos em 1999. Hoje, o cara vira Graduado com 14. Acabamos de ver o Verstappen chegar na F1 com recém-completados 17 anos. Está tudo mais precoce”, diz Carcasci.

O promotor ressalta como as muitas opções que existem no automobilismo internacional atualmente acabam por confundir os pilotos.

“Essa precocidade fez com que a molecada, no momento de sair do kart, não tivesse todas as informações para conseguir dar direito esse passo. Junto com isso, o automobilismo, principalmente na Europa, está muito diversificado. Se há alguns anos atrás, o cara saía do Brasil para a Inglaterra e ia chegar na F1, porque a Inglaterra é o máximo, com raras exceções, hoje não é mais. A F3 Inglesa, que promoveu não sei quantos pilotos, está fraquíssima. Então o cara fica perdido”, comenta.

“O que a gente está tentando fazer é justamente isso: mostrar para ele o que é o automobilismo, as disciplinas que ele precisa conhecer para se tornar um piloto profissional, e aí a gente acredita que aqueles que forem talentosos, bons e tiverem, principalmente, força de vontade, vão seguir”, afirma.

A Seletiva é destinada a pilotos entre 14 e 18 anos, sendo que os campeões não podem defender o título mesmo que estejam dentro da faixa etária. Na final, eles participam de uma série de provas que tem como objetivo fazer exatamente o que o nome do torneio propõe: selecionar.

São três tomadas de tempos, uma de cinco minutos, outra de seis voltas cronometradas e uma terceira em que o piloto tem direito a apenas uma volta lançada; e quatro corridas, nas quais, fase após fase, os últimos classificados vão sendo eliminados. Cada uma dessas atividades vale pontos.

Binho Carcasci é o promotor da Seletiva de Kart Petrobras (Foto: Reprodução)

Dos 12 finalistas, seis largam as duas baterias decisivas, que valem mais pontos. Ao final de todas as disputas, quem tiver mais pontos leva o título, e os quatro melhores ganham o direito de integrar o programa de premiação da Seletiva.

“O garoto, com 14 anos, é uma criança. Precisa tomar a decisão de correr de carro. É óbvio que não vai saber escolher direito. Junto, tem o pai, extremamente ansioso. O garoto de 16, 17 anos, que já pode saber o que quer fazer, tem a força de conversar com o pai. Com 15, 14, ele não tem, e aí vale a vontade do pai que, por não ter informação, vai pelo caminho errado”, fala Carcasci.

Binho não acredita que o automobilismo mudou radicalmente nos últimos 16 anos, apenas que se atualizou e agora exige um amadurecimento mais precoce por parte dos pilotos. “O ser humano continua sendo igual. Ele precisa de amadurecimento, só que estão tirando ele muito cedo sem dar esse espaço”, completa.

Os 12 pilotos que vão disputar a final em Guaratinguetá, daqui a duas semanas, são os paulistas Vitor Baptista, Vinícius Papareli, Mauro Auricchio, Pietro Rimbano, Matheus Iorio e Yurik Carvalho, os gaúchos Vitor Matzenbacker, Matheus Leist e Bruno Bertoncello, os cariocas Renato Júnior e Zaiya Fontana e o goiano Joaquim Junqueira.

Assim como aconteceu na 15ª edição, em 2013, os leitores do GRANDE PRÊMIO vão poder acompanhar as notícias e conhecer os finalistas da Seletiva de Kart Petrobras, por meio de um hotsite especial que entrou no ar nesta segunda-feira (13) que trará todas as informações a respeito do torneio.

Fotos históricas da Seletiva de Kart Petrobras
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