Agora ‘conhecido’ pela Stock Car, Barrichello realiza sonho e atende desejo do pai de "voltar o mesmo"
Vivendo um fim de semana decisivo na Stock Car, Rubens Barrichello afirmou que a chance de correr no Brasil novamente está servindo para aproximá-lo ainda mais dos fãs e que é uma forma de retribuir o apoio dos torcedores durante os anos em que disputou a F1
Rubens Barrichello deixou o Brasil ainda adolescente, perto de completar 17 anos, para tentar alcançar a tão sonhada F1 e construiu uma carreira internacional bastante sólida, especialmente dentro da maior das categorias. Depois de três anos nos campeonatos de base na Europa, Barrichello finalmente conseguiu estrear no Mundial em 1993, pela Jordan. E por lá ficou durante 19 temporadas, até o fim de 2011. O piloto ainda foi se aventurar na Indy no ano seguinte, mas a experiência durou apenas um ano e aí chance de voltar para casa bateu à porta. A Stock Car surgiu como a grande oportunidade de se manter competitivo no esporte e aproximá-lo, segundo suas próprias palavras, do torcedor.
Barrichello disse viver um sonho no atual momento de sua longa carreira. E entende que a disputa na categoria nacional é uma forma de retribuir todo o apoio que recebeu dos fãs enquanto esteve competindo fora. “A Stock Car está me dando a oportunidade de retribuir o carinho e a torcida que eu tive aqui no Brasil nestes 19 anos de F1. Acho que está me ajudando a fazer as pessoas começarem a me conhecer. E isso, para mim, é sensacional”, disse o paulista, nos boxes da equipe Full Time, em Curitiba, logo depois de conquistar a pole-position, neste sábado (29).
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O veterano foi ainda mais longe. Rubens revelou que, acima de tudo, está realizando também uma promessa feita a seu pai. “Eu sempre tive a vontade e a paixão pelo Brasil e agora estou realizando um sonho. Eu fiz aquilo que o meu pai me pediu para fazer no dia em que fui para a Europa disputar a F-Opel. Eu fui sozinho, fui chorando naquela primeira viagem, eu ia fazer 17 anos ainda. E o meu pai me pediu: ‘Vai e volte o mesmo’. Acho que estou fazendo isso.”
Barrichello ainda tem a chance neste domingo de conquistar o campeonato da Stock Car, 23 anos depois do último título, em 1991, na F3 Inglesa. Líder do campeonato, o piloto precisa apenas de um quarto lugar para faturar a taça e sai logo mais, às 10h30 (de Brasília), da posição de honra do grid.
Logo depois da conquista no grid, Rubens foi cercado por seus dois filhos e não escondeu a alegria de ter a família por perto. “É muito especial ter os meus filhos perto agora. E é legal perceber que os meninos já sabem o momento certo de falar ou não falar. Eles têm quase dois anos de competição, mas eles já sabem o que é a pressão, aquele friozinho… Então, isso tudo não poderia ser melhor para mim”, completou Rubens.
O GRANDE PRÊMIO cobre 'in loco' a etapa decisiva da Stock Car em Curitiba com a repórter Evelyn Guimarães.
A Porsche parece ter na última etapa do Mundial de Endurance sua grande chance de vencer uma corrida na temporada de retorno à classe LMP1. A montadora dominou os três treinos livres e conquistou, neste sábado (29), o direito de alinhar os dois carros na primeira fila do grid em Interlagos.
E Mark Webber, duas vezes vencedor do GP do Brasil de F1, foi o responsável pelo esforço final para fazer o protótipo #20 derrotar o #14 no duelo interno da marca de Stuttgart. Por 0s1 de diferença na média das quatro melhores voltas de cada carro, ele e Timo Bernhard é que terminaram na frente o treino classificatório.
Rubens Barrichello conquistou uma vantagem importante na luta pelo título em Curitiba. O piloto da Full Time voou na parte final da classificação deste sábado (29) e vai sair na pole pela segunda vez na temporada 2014. Daniel Serra vai dividir com o veterano a primeira fila. Entre os rivais diretos pela taça, os mais próximos são Cacá Bueno, que sai em terceiro. O vice-líder Átila Abreu obteve a quarta posição, logo à frente de Thiago Camilo. Também na briga, Allam Khodair será o sétimo colocado.