Barrichello fala que fazer pole na Stock Car exige pilotagem irretocável: “Você não pode pestanejar”

Com a experiência de 325 GPs no Mundial de F1, Rubens Barrichello disse que um dos fatores que faz com que o nível de pilotagem da Stock Car seja alto é o equilíbrio entre os carros: “Isso faz com que você esteja no topo do seu jogo”

Pole-position para a Corrida do Milhão da Stock Car, Rubens Barrichello ressaltou como o equilíbrio entre os carros e os pilotos acaba exigindo uma tocada impecável para quem deseja largar na frente. Neste sábado (2), pela segunda vez desde que estreou na categoria no fim de 2012, Barrichello conseguiu fazer isso — e em uma sessão que teve 30 carros separados por apenas 1s001.

“Quando você tem uma situação dessa, e passei muito por isso em F3 e em categorias de acesso para a F1, acontecia disso: você está com um carro muito bom, não tem muito mais o que fazer, e está largando em sexto a milésimos da pole. Aqui, acontece muito”, lembrou ao ser perguntado pelo GRANDE PRÊMIO após a sessão.

“Isso faz com que você esteja no topo do seu jogo: você não pode pestanejar, não pode pensar, na entrada da última curva, ‘nossa, fiz 3/4 de volta excelentes e aqui eu tenho que tomar cuidado’. Você tem que estar no topo realmente. É por isso que eu acho que o nível de pilotagem da Stock é muito bom”, exaltou.

Rubens Barrichello comemora pole com o filho Eduardo (Foto: Carsten Horst/Hyset)

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O ex-F1 mostrou força na pista de Goiânia pela manhã, ao liderar o TL2 com o melhor tempo do fim de semana. Depois, fez o esforço necessário no Q1 antes de dar um bote fatal no momento decisivo. Com um tempo de 1min23s102, colocou-se em um patamar inatingível na tomada de tempos.

Contou, depois da prova, que a conquista da pole foi emocionante especialmente pela narração do chefe Maurício Ferreira pelo rádio enquanto ele guiava — o engenheiro estava relatando ao piloto do #111 a volta do principal desafiante, Átila Abreu. A conversa terminou com, nas palavras de Barrichello, “um berro: P1”!

“Foi um sentimento muito especial. A gente sabe do conhecimento que todo esse pessoal que está ali no Q2 tem para trabalhar com pneus usados. Já aprendi a manusear bem os pneus novos, os usados, ainda estão melhorando, então foi muito legal a pole de hoje”, descreveu.

“A história está aí para ser criada”

Desde que a Corrida do Milhão nasceu, em 2008, o pole-position nunca venceu a prova, mas Barrichello não se preocupa com o tabu.

“A história está aí para ser criada”, disse. “Eu sou um grande exemplo disso, de estar aqui hoje, feliz da vida, depois de tudo que passei e conquistei. Se amanhã for meu dia, vou dar meu tudo, como sempre. De qualquer forma, vou lutar do princípio ao fim da prova”, assegurou.

Barrichello não quis, contudo, se colocar como favorito para a disputa pelo simples fato de largar na pole-position. Acredita que muitas variáveis vão interferir no destino do prêmio de R$ 1 milhão.

“São 50 minutos, com duas paradas, estratégia, um calor danado que exige demais de freios, motor, pneu e até do piloto, então a situação é muito aberto. Mas quem está mais próximo da vitória são aqueles que estão largando mais à frente. Até agora, só levei a pole, que não dá ponto, não dá prêmio”, ponderou.

Com relação à estratégia, ressaltou que, “amanhã, tem na manga o plano A e, na manga, o B e o C. Tem que ter pelo menos três”.

A largada para a Corrida do Milhão será dada às 10h30 (de Brasília) deste domingo.

GRANDE PRÊMIO cobre 'in loco' a Corrida do Milhão da Stock Car em Goiânia com os repórteres Renan do Couto e Gabriel Curty. Acompanhe o noticiário aqui.

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