Com ‘tempero’ português, classificação da Goiânia 500 mostra que Serra merece ser campeão da Stock Car

Daniel Serra e António Félix da Costa foram os dois grandes protagonistas do sábado de classificação da Stock Car em Goiânia. O líder do campeonato deu um passo fundamental rumo ao título da temporada, enquanto o lusitano, em sua primeira participação solo na categoria, brilhou e logo de cara se colocou no Q3 para largar em sexto. Destaque também aos trabalhos feitos por Marcos Gomes e Ricardo Zonta. Thiago Camilo ficou longe de Serra no grid e vai partir em quinto

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A Goiânia 500, 11ª e penúltima etapa da temporada 2017 da Stock Car, tem como um dos atrativos o aumento da potência dos motores, agora elevados a 500 cv. Um grande desafio para pilotos e equipes não só pela maior velocidade, mas também por toda a gama de estratégia que vai abrir com o maior consumo de pneus e combustível. Mas tudo isso fica para domingo com a rodada dupla que promete ser decisiva para os rumos do campeonato. O sábado (18) de classificação no Autódromo Internacional Ayrton Sena mostrou um Daniel Serra em toda sua plenitude, provando de uma vez por todas que é o grande merecedor do título da temporada. E a etapa do fim de semana é toda especial pela presença de António Félix da Costa, dono de grande currículo no automobilismo e responsável por trazer um tempero a mais para a prova. Um tempero todo português.

 
Algumas linhas sobre Serrinha, antes. De volta à Goiânia que marcou sua arrancada rumo ao que tudo indica ser seu primeiro título na Stock Car, o filho de Chico Serra encaixou um fim de semana perfeito até agora. Mais rápido do primeiro treino livre, Daniel não teve muito o que fazer com a chuva que desabou na tarde de sexta-feira logo durante o seu grupo 2, cenário que se repetiu nesta manhã de sábado. Mas ainda deu tempo para o piloto da RC/Eurofarma encaixar ótima volta para ficar em segundo na sessão, logo atrás de Ricardo Zonta.
 
Claro, o favoritismo era todo seu na classificação. Com desempenho que lembrou o de Lewis Hamilton nas últimas etapas da F1, Serrinha sobrou nas duas primeiras fases da definição do grid de largada e foi matador na definição da pole-position. Quarta vez no ano na posição de honra do grid, que veio com sabor ainda mais especial porque seu maior adversário na briga pelo título, Thiago Camilo, ficou apenas em quinto.
Daniel Serra ganha mais um troféu de pole-position na temporada da Stock Car 2017 (Foto: Fábio Davini/Vicar)
Se não chover no domingo, Serra parte como franco favorito à vitória na corrida 1. Se a chuva se repetir, aí tudo vira loteria, de modo que é impossível prever algo. Mas Daniel parte com totais condições para construir uma vantagem muito sólida para Interlagos, palco da corrida final em 10 de dezembro.
 
“A meta era fazer a pole. Tenho de agradecer à equipe, que tem feito um trabalho muito legal do fim de semana. Tivemos pouco tempo de pista seca. Só andei assim no primeiro treino. Depois, choveu. Hoje consegui dar uma volta no seco e depois choveu de novo. Mesmo assim, pude ver que eu tinha um dos melhores acertos que usei na temporada. Para a classificação, o tempo mudou, a pista esquentou e a equipe conseguiu me dar um carro muito bom e competitivo. Estou muito feliz”, comemorou.
 
Vale o destaque para outros dois pilotos, ou três, na verdade. Marcos Gomes, na pista onde venceu pela última vez na Stock Car — em maio do ano passado —, ficou muito perto da pole, mas Serra o superou por 0s065 no duelo de dois filhos de lendas da Stock Car. O que não apaga o bom trabalho feito por Marquinhos, louco para quebrar o longo jejum de vitórias no domingo. Ricardo Maurício, de saída da RC para a Full Time no ano que vem, mostrou que está mais motivado do que nunca para se despedir bem da equipe de Rosinei Campos, o ‘Meinha’. E Ricardo Zonta, que venceu de forma brilhante a corrida 2 em Goiânia na etapa inaugural da temporada, provou que a TMG/Shell Racing tem ótimo acerto para a pista. 
Ricardo Zonta e António Felix da Costa também brilharam nesta tarde em Goiânia (Foto: Fábio Davini/Vicar)
Gomes festejou a grande performance nesta tarde. “Foi um duelo interessante porque fiz o sexto melhor tempo no Q2 e assim fui o primeiro a entrar na pista. Tive de acompanhar o treino todo para ver quem poderia superar minha marca. Claro que queria a pole, mas este lugar na primeira fila nos permite brigar pela vitória amanhã. A mudança para aumentar a potência do motor foi benéfica para meu estilo de pilotagem, que privilegia uma melhor saída de curva”.
 
Zonta também destacou o trabalho feito pela equipe chefiada por Thiago Meneghel em Goiânia. “Temos um carro muito bom. O trabalho que temos feito para a evolução do carro aqui tem sido muito bom. É claro que em relação à temperatura, achamos que ficaria mais fresco, e o carro acabou soltando a traseira. Mesmo assim, perdendo tempo em algumas curvas, ficamos próximos. Acredito que teremos um carro bastante neutro na corrida e vamos para cima”, ponderou o piloto da TMG/Shell Racing.
 
Por sua vez, Camilo lamentou por ver seu carro um pouco atrás do pole Serra neste sábado. “Ontem à tarde choveu e não testamos o carro com acerto de classificação. Pela manhã, trabalhamos muito, mas ainda faltava muita coisa para chegarmos no Q3. Chegamos e ficamos a 0s09 da pole. O problema é que meu principal adversário na briga pelo título vai largar na ponta. Vamos para duas corridas em que teremos de ser rápidos e estratégicos para manter a meta, que é diminuir a diferença para a liderança”, comentou o paulista da A.Mattheis/Ipiranga.
Marcos Gomes ficou muito perto da pole (Foto: Bruno Terena/RF1)
Átila Abreu, companheiro de equipe de Zonta, ficou em nono, à frente de Rubens Barrichello, décimo, e atrás da dupla da Cimed, com Denis Navarro — também de saída, de partida para a Cavaleiro em 2018 — surpreendendo ao se colocar em sétimo, seguido pelo pentacampeão Cacá Bueno. Curiosamente, Felipe Fraga, que ainda está vivo na briga pelo título, foi o pior colocado da Cimed no grid, largando apenas em 16º. Ao que tudo indica, se não chover, seu foco vai ser o de priorizar um bom resultado na corrida 2.
 
Disputa pelo título à parte… que piloto é António Félix da Costa. Ao ver o destino de Daniil Kvyat, fica a pergunta eterna sobre como o desempenho do luso de Cascais na F1 com a Red Bull/Toro Rosso. Uma responsa que jamais saberemos. Mas AFC teve mais uma chance para mostrar que é um piloto de alto nível, como são muitos dos que fazem parte do grid da Stock Car. É bem verdade que António já tem alguma experiência prévia no carro da Stock com a Full Time e conhece o carro e o método de trabalho de Maurício Ferreira por ter feito duas vezes a Corrida de Duplas ao lado de Allam Khodair, uma delas em Goiânia, onde foi pódio no ano passado.
AFC só faltou fazer chover no Planalto Central (Foto: Fábio Davini/Vicar)
Convidado pela HERO — a equipe B da Full Time — para a Goiânia 500, Félix da Costa faz sua primeira participação solo. E foi bem demais, mostrando ter sido uma contratação certeira para a prova. Foi uma viagem cansativa para o português — história que o GRANDE PRÊMIO vai contar neste domingo —, mas mesmo assim AFC mostrou que não teve tantas dificuldades, ainda que não tivesse guiado com o carro com pista seca em dois dos três treinos livres. Foi um desempenho e tanto e digno de um piloto com um currículo de peso no automobilismo mundial.
 
“Sabia que iria andar bem”, afirmou Félix da Costa com exclusividade ao GP. “Me adaptei muito bem ao carro. O ritmo na chuva foi bom, mas a classificação foi totalmente no seco. Então, fui às escuras. Mas consegui entender bem as coisas, fiz uma boa volta no Q2. Depois, no Q3, vinha numa volta muito boa para tentar fazer segundo ou terceiro. Primeiro, acho que não dava. O Serrinha realmente está muito confiante. Dava para fazer segundo ou terceiro, mas errei ali no terceiro trecho. Mas foi bom”, destacou.
 
O resultado como um todo da classificação dá a certeza que, assim como nas últimas etapas, a Stock Car vai ter outra rodada dupla bem empolgante em Goiânia. Com Serra favoritaço e promessa de show de Félix da Costa.
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