Conta-giro: chance de disputar campeonato inteiro fez Bia escolher Stock Car: “Encontrei aqui a melhor estrutura”

Bia Figueiredo contou ao GRANDE PRÊMIO que a estabilidade que encontrou na Stock Car para a temporada 2014 foi determinante no acerto com a ProGP

Depois de anos tentando levar adiante a carreira na Indy, Bia Figueiredo está de volta ao Brasil para competir na Stock Car. A pilota acertou um contrato para disputar a temporada completa da categoria pela ProGP, de Duda Pamplona, pois encontrou no projeto estabilidade para trabalhar ao longo de todo o ano.

Bia vinha falando desde o início de 2014 que sua intenção era disputar um campeonato completo, algo que não pôde fazer nos dois últimos anos. E essa chance dificilmente apareceria na Indy. A pilota de 29 anos negociou para seguir nos EUA, mas admitiu ao GRANDE PRÊMIO que não teria como participar de todas as provas do campeonato que começou no último domingo (30), em São Petersburgo, na Flórida.

Algumas coisas mudaram, e a prioridade foi andar o ano inteiro. Poderia ter a possibilidade de fazer lá fora, aí aconteceram esses problemas com a televisão, o que dificulta qualquer coisa, mas dificilmente ia dar para fazer a temporada inteira”, disse. “A primeira coisa é voltar a andar na temporada toda, ter a possibilidade de fazer bons resultados, e foi aqui que eu encontrei a melhor estrutura”, destacou.

Bia Figueiredo é a segunda mulher a competir na Stock Car (Foto: Carsten Horst/Hyset)

A mudança de volta para o Brasil não significa o fim da carreira internacional de Bia, entretanto. Não é assim que ela quer. A pilota segue aberta a oportunidades fora do país, mas garantiu que, no momento, está totalmente focada na Stock Car.

“Não descarto nada, eu só acho que essas possibilidades legais de andar lá fora de novo só vão surgir se tiver bons resultados, então eu espero que isso aconteça aqui. Se eu tiver bons resultados e a melhor oportunidade continuar sendo aqui, por que não? A gente não está absolutamente fechado para coisas internacionais, mas o foco está aqui”, explicou.

Em sua primeira corrida na categoria nacional, Bia formou dupla com o chefe Duda Pamplona e terminou na 15ª posição. Antes de andar em Interlagos, ela só havia acelerado o Stock Car nos testes de pré-temporada realizados em Curitiba, no fim de fevereiro. Essas primeiras impressões permitem a ela dizer que gostou do carro. “Gostei. Até eu pegar as manhas para tirar aquele segundinho que falta, nove décimos, é outra história, tem que ir acostumando. Aí é o tempo que vai falar”, falou.

“Normalmente os pilotos de fórmula levam um tempinho para se adaptar ao Stock. Quero que o meu tempo de adaptação seja recorde, né. Vou trabalhar para isso. Vou sempre buscar esses décimos e procurar ter algumas boas apresentações neste ano”, encerrou Bia.

30 ANOS DEPOIS, OUTRA MULHER

Em Interlagos no mês passado, Bia se tornou a segunda mulher a disputar uma prova da Stock Car. 30 anos depois, ela chega para dar continuidade a uma história que começou a ser escrita por Regina Calderoni em 1984.

Regina Calderoni foi a primeira mulher a correr na Stock Car (Foto: Arquivo Pessoal)

Calderoni participou de duas das nove corridas realizadas em 1984, ambas em Interlagos. Foi 32ª em uma e abandonou na outra. Ela acabou o campeonato na 65ª posição entre os 74 pilotos que correram naquele ano – só nove participaram do campeonato completo.

Regina também se dedicava à carreira de modelo e atualmente trabalha como designer de produtos para cachorros.

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