Drama em ritmo de tango acirra ainda mais batalha entre Serra e Camilo. E Fraga entra de vez na briga pelo título

A esperada chuva que desabou em Buenos Aires neste domingo tornou a nona etapa da Stock Car uma das mais insanas e disputadas de toda a temporada. O Autódromo Oscar y Juan Galvez teve em Felipe Fraga seu maior pontuador, mas Rubens Barrichello, Thiago Camilo e Rafael Suzuki também brilharam. Daniel Serra foi ao pódio, mas sofreu um revés duro na corrida 2. O que fez seu maior rival quase empatar na liderança do campeonato. A briga ainda está muito indefinida

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Que grande foi a rodada dupla de Buenos Aires da Stock Car. De volta ao calendário após dez anos, a Argentina proporcionou duas grandes corridas para brindar tal retorno, que teve de tudo: muita emoção, ultrapassagens de sobra, alguns sustos, grandes personagens e muito drama, como não poderia ser diferente na terra do tango. De quebra, o lendário — porém judiado — Autódromo Oscar y Juan Galvez acirrou ainda mais a batalha pelo título, com seus dois protagonistas praticamente iguais: Daniel Serra e Thiago Camilo estão separados por apenas 5 pontos. E Felipe Fraga entrou de vez na briga pela taça.

 
Fraga foi o grande nome do fim de semana. E a análise não diz respeito tão somente ao ótimo resultado no combinado das duas corridas, vencedor na primeira prova e sexto colocado na segunda. O que impressionou foi a grande performance no molhado, quando não tomou conhecimento de Serrinha e Camilo para garantir a liderança na primeira relargada. Daí em diante, guiou como um veterano, como o autêntico campeão que é, andando no fio da navalha e escapando dos erros do traiçoeiro asfalto portenho
 
Na segunda corrida, usou a cabeça, continuou acelerando forte e terminou em sexto lugar. Um resultado muito significativo porque foi o primeiro dentre os pilotos que fizeram a maior parte da prova com pneus de chuva, enquanto o top-5 liderado por Rubens Barrichello optou por colocar os slicks na primeira corrida, vantagem que se provou fundamental no desfecho da rodada dupla. 
O grande nome do domingo em Buenos Aires: Felipe Fraga (Foto: Fernanda Freixosa/Vicar)
Eis as palavras de Fraga. “Foi uma de minhas melhores atuações na carreira. Fiquei muito feliz com a vitória e o resultado de todo final de semana, onde conseguimos tirar 17 pontos do líder. Nós queríamos uma corrida com chuva e ela veio hoje. Todos do box da Cimed Racing fizeram um grande trabalho. A nossa corrida 1 foi espetacular com o push usado na hora certa para passar o Thiago e o Daniel. Agora vamos continuar trabalhando e nosso objetivo é chegar com menos de 30 pontos de desvantagem na última etapa para termos boas chances de título na prova em Interlagos, que terá pontuação dobrada”, afirmou o campeão e terceiro colocado no campeonato.
 
Destaque também para a baita corrida 2 de Rubens Barrichello. Aos 45 anos, Rubens mostra que ainda tem muita lenha para queimar e, quando não consegue ter o melhor conjunto na pista, alia a pilotagem com a estratégia do chefe Maurício Ferreira para ir para as cabeças. E foi assim que, neste domingo, o campeão de 2014 conseguiu mais uma grande vitória. Que veio na raça, na tática, mas também com muito mérito. Valeu muito a pena focar na segunda corrida e parar para colocar pneus slicks no fim da primeira prova.
 
Como um leão, Barrichello veio triturando seus oponentes ao longo da etapa e não deu chances a ninguém para faturar uma grande vitória e ver seu nome ser ovacionado pelo apaixonado público argentino. “Foi um excelente dia. Vencer aqui na Argentina, com todos gritando meu nome no pódio, realmente, foi especial. Na primeira corrida, tivemos um problema com o pneu furado e resolvemos arriscar colocando pneu de pista seca, mesmo ainda com vários pontos molhados. O nosso final de semana foi excepcional com essa vitória”, destacou Rubens, que até ensaiou passos de tango para festejar mais um triunfo.
Barrichello foi ovacionado pelo público argentino após vitória na corrida 2 (Foto: Fernanda Freixosa/Vicar)

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Como já foi escrito no GRANDE PRÊMIO antes, não se descarta jamais de qualquer briga um nome como Rubens Barrichello, em que pese sua diferença para Serra ser bastante grande: 74 pontos. Mas em etapas como a deste fim de semana, a Stock Car mostra que o velho chavão é mais que válido: tudo pode acontecer.

 
Foi assim, por exemplo, com os dois protagonistas da temporada. Serrinha e Camilo brilharam na classificação de sábado, mas a chuva embaralhou as cartas, como já era esperado. Depois de ver Fraga avançar para a ponta na corrida 1, os dois brigaram pelo segundo lugar, com Thiago levando a melhor e salvando bons pontos. Assim tem sido a tônica da temporada: uma verdadeira ‘batalha de gato e rato’ entre eles, que vêm dando um show à parte. Seja quem for o campeão, o título vai estar em boas mãos.
 
Mas a corrida 2 mostrou que a sorte, ao menos em terras portenhas, esteve a favor de Camilo. Ao rodar sozinho depois de colocar a roda na zebra molhada, Thiago caiu para as últimas posições, mas empreendeu grande reação para terminar em décimo depois de colocar pneus slicks. Em contrapartida, Serra deu azar com uma rodada no último setor do autódromo. Diferente de Camilo, que foi para a grama, mas conseguiu voltar, o líder do campeonato ficou atolado na caixa de brita. Fim de prova para Daniel e fim também da gordura que ainda tinha na classificação. A diferença foi reduzida praticamente a pó.
Camilo colou de vez em Serra na briga pelo título da Stock Car (Foto: Reprodução)
“Na primeira corrida, nossa equipe apostou que a pista ia secar e entramos com um acerto para pista úmida e não encharcada. No início, o Fraga se aproveitou disso e abriu grande vantagem. Depois, a pista foi realmente secando, meu rendimento melhorou muito, consegui passar o Serrinha e estava virando mais rápido que o Fraga, mas não o suficiente para disputar a vitória. Preferi poupar equipamento para a segunda”, explicou o piloto da A.Mattheis/Ipiranga.
 
“Cometi um erro ao tentar ultrapassar o Diego Nunes, achei que ele ia se comportar de outra maneira porque eu estava mais rápido. E rodei. Voltei um minuto atrás e aproveitei uma bandeira amarela, que eu soube depois que foi justamente em função da rodada do Serrinha, para botar pneus slicks. Meu carro ficou com um rendimento muito bom. Fiz várias ultrapassagens e acabei marcando pontos preciosos na briga pelo campeonato”, comemorou.
 
Em contrapartida, a jornada foi complicada para Átila Abreu. O sorocabano da TMG/Shell Racing ultrapassou a marca dos 200 pontos, mas o sentimento ao encerrar sua participação em Buenos Aires foi muito mais de frustração, sobretudo na corrida 2, quando a chance de um bom resultado após ter largado na primeira posição foi anulada com uma das entradas do safety-car.
Buenos Aires marcou uma jornada difícil para Átila e Zonta neste domingo (Foto: Fernanda Freixosa/Vicar)
“Foi um fim de semana ruim para o campeonato”, lamentou o dono do #51, quarto colocado na tabela depois de ter sido superado por Fraga. “Na corrida 1, o carro destracionava muito, mas ainda consegui chegar em décimo, o que foi uma salvação. Largando em primeiro, não sabíamos o quanto o pneu de chuva poderia desgastar. Começamos a corrida, eu tinha um ritmo bom, tentando salvar um pouco de pneu, mas o safety-car complicou tudo”, lastimou.
 

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“Estando em primeiro, é difícil tomar uma decisão de trocar o pneu ou não. Tentei ir até o fim porque eu já voltaria em sexto ou sétimo. Foi uma situação bem complicada. Para quem estava atrás, com a corrida perdida, é mais fácil tomar uma decisão como essa. Tomamos a decisão errada, e quem trocou para slick estava bem mais rápido”, acrescentou Átila, que reafirmou sua confiança em seguir lutando pelo título. “Agora é remar, vamos tentar fazer a diferença nessas corridas para chegar na última prova com chances de título e brigar em São Paulo. Vamos continuar trabalhando, tentando melhorar o carro. É tudo ou nada. Ainda dá, vamos lá. Ninguém disse que seria fácil”, complementou Átila.

Rafael Suzuki alcançou seu melhor resultado na Stock Car neste fim de semana (Foto: Fernanda Freixosa/Vicar)

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Por fim, cabe destacar o resultado obtido por Rafael Suzuki neste domingo. O pódio já estava amadurecendo há tempos, bateu na trave em algumas oportunidades, mas finalmente veio em Buenos Aires e coroa uma temporada muito boa correndo pela Cavaleiro, equipe que também cresceu bem neste ano. É o quarto campeonato de Suzuki na Stock Car e, de longe, é o melhor e mais consistente. 

 
O tão esperado e comemorado pódio veio para confirmar todo seu trabalho e obstinação, duas características da sua trajetória. Em uma categoria tão difícil e competitiva como é a Stock Car, é natural que às vezes os resultados levem tempo a chegar, mas o pódio conquistado na Argentina reforça o potencial de Suzuki, que agora tem caminho livre para ganhar confiança e crescer ainda mais.
TORO ROSSO DEMOROU DEMAIS

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