Mesmo prorrogada por dez dias, Comissão de Inquérito para investigar escândalo na Stock Car segue alvo de descrença

Com exclusividade ao GRANDE PRÊMIO, Chico Serra, escolhido pela Confederação Brasileira de Automobilismo para ser um dos membros da Comissão de Inquérito formada para apurar o escândalo deflagrado por comissários de pista da entidade na Stock Car, explicou seu trabalho às vésperas do anúncio do resultado final das investigações sobre a conduta de Paulo Ygor Dias e Clóvis Matsumoto

Neste fim de semana da segunda etapa da temporada 2016 da Stock Car, no Velopark, completa-se pouco mais de um mês da verdadeira bomba atômica que representou o escândalo das mensagens vazadas em que os comissários técnicos Clóvis Matsumoto e Paulo Ygor Dias afirmavam ter prejudicado deliberadamente Cacá Bueno, Thiago Camilo e outros pilotos do grid. A CBA (Confederação Brasileira de Automobilismo) instaurou uma Comissão de Inquérito para apurar o caso e deu um prazo de 30 dias, a contar de 5 de março, para apurar o episódio e anunciar o resultado final das investigações.
 
Chico Serra, um dos membros da comissão da qual faz parte também Robson Duarte, presidente da Federação de Automobilismo do Espírito Santo, e Felipe Giaffone, que está em Curitiba para a disputa da segunda etapa da temporada 2016 da F-Truck, como membro escolhido pela Associação Brasileira de Pilotos de Automobilismo, foram os convocados pela CBA para formarem a Comissão de Inquérito, apontada para investigar o polêmico caso.
 
No Velopark, Serra falou com exclusividade ao GRANDE PRÊMIO. Antes de tudo, o tricampeão da Stock Car comentou que os trabalhos da Comissão de Inquérito foram prorrogados em mais dez dias. Tudo para ajudar na melhor apuração dos fatos. Chico deu detalhes de como tem procedido nas investigações, mas dois dos pilotos envolvidos nas polêmicas conversas feitas por meio do WhatsApp, Cacá e Camilo, se mostraram totalmente descrentes no que as investigações da Comissão podem apresentar nesta semana que se inicia.
Chico Serra confirmou que a Comissão de Inquérito ganhou mais dez dias para apurar o escândalo na Stock Car (Foto: Rodrigo Berton/Grande Prêmio)
Serra confirmou a prorrogação do prazo para os trabalhos da Comissão. “Tivemos uma prorrogação do prazo em dez dias. Realmente, estamos fazendo um estudo de corridas de uns dez anos para cá, analisando todas as corridas que foram colocadas em pauta. Estamos apurando”, prometendo que, até o fim desta semana que se inicia, haverá um relatório com o resultado da apuração: “Com certeza, nessa semana vamos ter um posicionamento”.
 
O tricampeão explicou um pouco de como vem ajudando nas investigações dos fatos. “Tenho recebido, por e-mail, todos os relatórios oficiais das corridas, as pastas dos comissários técnicos e desportivos também, e temos de analisar todas as corridas, uma por uma, as que estão em xeque, e estamos fazendo isso até agora. Nessa semana, quando acabarmos de concluir tudo, anunciamos. Nessa semana, com certeza, algo vai ser anunciado”, garantiu.
 
Apesar da confiança que um nome como o de Chico Serra inspira no paddock junto aos pilotos, o sentimento é de descrença. “Acho difícil ter alguma coisa, porque o que a gente tem são aquelas conversas de grupo de WhatsApp. Mas, sinceramente, não estou esperando muita coisa dessas investigações, não”, disse, resignado, Thiago Camilo.
 
“Se tivesse acontecido alguma coisa, isso já teria vindo à tona. A investigação, obviamente, tem de ser feita. Eu mesmo fui intimado pelo Tribunal para depor, mas a gente não tem nenhuma prova concreta”, lamentou o piloto da RCM, ciente que é preciso ainda de mais evidências sobre o caso. “Temos algo que, brincadeira ou não, foi escrito por eles. Mas precisamos de mais coisa para chegar a uma conclusão final”, acrescentou.
Thiago Camilo não acredita num relatório conclusivo sobre a conduta dos comissários envolvidos no caso (Foto: Marcus Cicarello)
Ao falar com o GRANDE PRÊMIO sobre o assunto, Cacá foi na mesma linha de Camilo. Porém, como de costume, Bueno, pole-position na etapa do Velopark neste domingo, foi bastante contundente em suas palavras. “Não espero tanta coisa porque eles [os membros da Comissão] não são investigadores. Respeito todo mundo que está lá, são pessoas corretas.”
 
“Falo pelo menos por dois, o Giaffone e o Chico, que pessoas idôneas e que sei que estão fazendo um trabalho com todo o esforço possível, mas não são investigadores, não são promotores de justiça, não têm acesso a todos os dados, então não acredito que vão chegar a uma coisa tão conclusiva do que, na minha ideia, eu sei o que aconteceu”, disse o piloto da Red Bull, sem jamais esconder seu sentimento sobre o tema e sobre a postura dos comissários da CBA. 
 
“Sempre falei que me sentia perseguido, sentia que tinha dois pesos e duas medidas comigo, e hoje eu tenho a certeza. Hoje eu afirmo, afirmo, pela declaração deles, que admitiram que me roubaram e planejando punições futuras”, bradou o pentacampeão, listando corridas em que se sentiu ainda mais injustiçado.
Mais do que inconformado, Cacá Bueno se sente injustiçado pelos comissários da CBA (Foto: Rodrigo Berton/Grande Prêmio)
“Eu afirmo: em 2004 fui tungado seriamente porque me desclassificaram de uma corrida absurda por razões que não deveriam ser, por problemas políticos e de relacionamento. Em 2005 em Interlagos, a mesma coisa. Então a declaração deles foi muito clara. Tudo o que eu tinha suspeita se mostra realidade”, disparou.
 
O sentimento de Cacá diante dos fatos e das mensagens vazadas nas conversas de um grupo de comissários do CBA é de indignação e que, mesmo tendo passado pouco mais de um mês desde quando o caso foi à tona, jamais é de esquecimento.
 
“Não sei se essa comissão vai ter o mesmo entendimento que o meu, mas é como diz o ditado: quem apanha não esquece. Eu nunca esqueci. Talvez eles não tenham vivido na pele o que eu passei, mas não tenho dúvida nenhuma do dolo que esses dois moleques, como foi falado, executaram contra meus resultados esportivos, contra minha imagem, porque minha imagem passou como trapaceiro perante o público, contra meus contratos publicitários, ou seja, o prejuízo que eles trouxeram para mim foi profissional e pessoal muito grande”, finalizou Cacá, sem esconder sua decepção por se sentir lesado pelos comissários da principal entidade do automobilismo brasileiro.
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