Pilotos analisam Campo Grande de “asfalto ruim” e já têm previsão de “grande desafio”: desgaste de pneus

Os primeiros momentos na pista de Campo Grande, que volta a Stock Car após três anos, já permitiram algumas análises. E a maioria concorda: o desafio será o desgaste dos pneus no calor sul-mato-grossense

Os primeiros momentos da Stock Car em Campo Grande ocorreram na manhã desta sexta-feira (17), com o shakedown. E parece unânime que a pista do circuito sul-mato-grossense não é a ideal. E é isso que vai definir as estratégias para o treino de classificação de sábado e, claro, para a rodada dupla do próximo domingo (19).

O GRANDE PRÊMIO conversou com pilotos logo após a primeira passagem dos carros pela pista que não recebia a Stock Car há três anos, e eles analisaram o que sentiram neste primeiro momento.

Para Diego Nunes, por exemplo, ela segue similar ao que era em 2015. E isso significa asfalto longe do ideal. "A gente andou ontem na pista e eles não mexeram em nada. Então ela continua com aquele asfalto ruim", comentou.

Autódromo de Campo Grande produz belas imagens na Stock Car (Foto: Duda Bairros/Vicar)

O piloto da Full Time também já prevê o que deve ser visto no domingo: "O problema maior vai ser desgaste de pneus. Vai ser uma diferença grande de quem abortar a primeira corrida, por exemplo, para fazer a segunda com pneu novo. É difícil trabalhar também porque o pneu vai desgastando rápido e você não tem a referência do carro, se está melhor ou pior. Então o grande desafio aqui vai ser o consumo de pneu. E o asfalto e o calor, que a previsão para domingo é de mais de 30°C."

"É difícil saber a estratégia da corrida porque depende muito de onde você está. Mas eu acho que quem não estiver entre os 10 na primeira vai abandonar para apostar na segunda (corrida). Não vai ter como ser muito diferente disso", finalizou.

Ricardo Zonta, por sua vez, comentou a sujeira que se encontra na pista no primeiro dia, e como isso pode mudar para os momentos decisivos: "A pista tem muita sujeira, pois faz muito tempo que a gente não anda aqui. Ela soltou muita poeira, muita pedrinha. Mas é normal, quanto mais a gente vai andar, vai limpar. Só que um dos problemas é ficar o traçado limpo e, fora do traçado, toda a sujeira."

"O carro que vai para a sujeira acaba não conseguindo voltar pois ela é muito grande. Mas o primeiro dia de treinos é assim mesmo. Eu gosto do traçado. Ele está no padrão dos autódromos que temos no Brasil. Mas só pelas voltinahs que a gente deu já deu para sentir o desgaste dos pneus. Mas vai ser igual para todo mundo e tem autódromo que é ainda pior que esse, gasta mais pneu que aqui", completou o piloto da Shell Racing.

Ricardo Zonta  (Foto: Fábio Davini)

Por fim, Max Wilson, da Eurofarma, fez seus comentários sobre a pista: "A pista estava muito suja mesmo. Ao longo do final de semana os carros vão espalhá-la para fora do traçado, mas ela está bastante suja sim. Mas ainda é um pouco cedo para falar muita da pista."

"A combinação do calor e de um asfalto mais abrasivo é sim uma situação na qual há consumo de pneus maior. Mas isso não é novidade para a gente. Já temos uma boa idea de acerto de carro para lidar com essa situação. E isso vai ser um ponto muito importante em termos de resultados. Acho que a equipe que conseguir colocar um ritmo bom com essa situação de pneus e asfalto abrasivo terá vantagem muito grande", completou o atual 3° colocado na classificação, com 120 pontos – 45 atrás do líder, seu companheiro de Eurofarma, Daniel Serra.

A sétima etapa, que marca a abertura da segunda metade da temporada 2018 da Stock Car, acontece neste fim de semana (17 a 19 de agosto) em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. O GRANDE PRÊMIO cobre ‘in loco’ com Felipe Noronha e Fernando Silva.

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