Stop & Go — Néstor Girolami: “Escolhi a Stock Car para sair da zona de conforto”

Néstor ‘Bebu’ Girolami trilhou uma carreira que passou por praticamente todas as categorias relevantes do automobilismo argentino, como o Super TC 2000, no qual foi campeão em 2014. Mas o piloto de 26 anos quer mais. Por isso, encarou a Stock Car como um novo e grande desafio. Depois de vencer, ao lado de Ricardo Maurício a corrida de duplas em Goiânia, ‘Bebu’ volta, agora oficialmente como piloto da Carlos Alves, time que vai defender a partir deste fim de semana

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A suspensão preventiva de Raphael Matos da etapa final da Stock Car por ter testado positivo no antidoping fez com que a equipe de Carlos Alves, o ‘Carlão’, antecipasse algo que já estava previsto para 2016. A partir deste fim de semana, em Interlagos, Néstor Adrián ‘Bebu’ Girolami vai oficialmente fazer parte do grid da principal categoria do automobilismo brasileiro depois de passar por praticamente todas as classes relevantes do esporte a motor na sua terra-natal, a Argentina.
 
‘Bebu’ conquistou o título do prestigiado Super TC2000 com a Peugeot em 2014 e tem no seu currículo passagens de sucesso por tantas categorias locais, desde o kartismo, com passagem pela Seletiva Petrobras, passando da F-Renault ao mítico Turismo Carretera. Mas, aos 26 anos e depois de disputar — e vencer — sua primeira prova na Stock Car, como convidado de Ricardo Maurício na corrida de duplas, em março, em Goiânia, Girolami foi seduzido pelo desafio de disputar toda a temporada da categoria. E isso vai acontecer em 2016. Será a primeira vez na história que um argentino vai disputar a temporada completa da Stock Car.
 
O argentino faz um caminho inverso ao que fizeram pilotos como Fábio Fogaça e, num passado um pouco mais distante, Cacá Bueno. O pentacampeão da Stock Car, aliás, é uma das  grandes referências de Girolami nesta sua incursão pelo automobilismo brasileiro. A outra é justamente Maurício, que lhe fez o convite para correr em Goiânia na abertura da temporada, em março. Em seu turno, ‘Bebu’ superou pilotos consagrados como António Félix da Costa, Mark Winterbottom e o compatriota José María ‘Pechito’ López e venceu de forma épica e sem rádio a etapa inicial de 2015 na categoria. Mal imaginaria o piloto que ele também faria parte do grid na última prova do ano.
'Bebu' falou sobre o desafio da Stock Car e comentou que precisava "sair da zona de conforto" (Foto: Rodrigo Berton/Grande Prêmio)
Depois da consagração em Goiânia, Girolami vem para encarar um momento novo na carreira. Nesta entrevista exclusiva ao GRANDE PRÊMIO, o piloto nascido em Isla Verde, na província de Córdoba, falou sobre o que o motivou a aceitar o desafio chamado Stock Car. Em breves palavras, Néstor deixou claro que precisava “sair da zona de conforto” e elevar os limites da sua já prestigiada trajetória.
 
Mas Girolami falou também sobre o que espera de si mesmo não apenas para a corrida deste fim de semana, em Interlagos, onde correu pela primeira e última vez há oito anos. Além disso, ‘Bebu’ falou até mesmo sobre o momento atual da Argentina, que desde a última quinta-feira tem um novo presidente: Maurício Macri, ex-presidente do Boca Juniors e ex-prefeito de Buenos Aires. Paira sobre a nova gestão um pouco do futuro do esporte a motor no país, uma vez que o governo Kirchner foi responsável por trazer ao país certames como o Dakar, o WTCC, o WRC e a MotoGP.
 
A seguir, confira a entrevista exclusiva com Néstor ‘Bebu’ Girolami:
 
O que te motivou a encarar o automobilismo brasileiro em si e, particularmente, o desafio de fazer uma temporada completa da Stock Car? 
 
Para mim, é um prazer muito grande poder estar aqui e correndo com pilotos muito competitivos e de grande nome como Rubens Barrichello, Cacá Bueno, Ricardo Maurício e muitos outros. Quando Ricardo me convidou este ano para disputar a Corrida de Duplas, aceitei com muito prazer e, sabendo da força do automobilismo brasileiro, tive uma experiência muito boa, uma grande lembrança. E aí eu me propus, uma vez, fazer parte de um campeonato como a Stock Car. Lembro sempre que é uma competição muito apertada, o nível é muito competitivo e sempre fui uma vontade correr aqui. 
Ao lado de Ricardo Maurício, Girolami venceu a corrida de duplas que abriu a temporada 2015 da Stock Car (Foto: Vanderley Soares)
É um desafio muito grande correr aqui ano que vem, com uma equipe brasileira, que falou comigo e me propôs vir aqui para correr um ano completo, e para mim é um desafio pessoal muito grande porque estou com uma grande equipe na Argentina, também com grandes pilotos, um campeonato igualmente muito forte, mas acho que sempre, para crescer, é preciso sair da zona de conforto. Por isso pensei em fazer todo o campeonato da Stock Car como um desafio pessoal.
 

A sua ideia é fazer a Stock Car toda em 2016 e alternar com uma categoria na Argentina? Pretende seguir no Super TC2000 no ano que vem também?
 
Ainda não tenho o calendário confirmado na Argentina e não posso ainda saber se dá para fazer dois campeonatos. Mas acho que é melhor estar em duas categorias para ficar melhor treinado, até porque apenas 12 corridas em todo o ano é muito pouco. Então, fazer dois campeonatos é o ideal, até levando em conta que são apenas duas horas de avião de lá [Buenos Aires] para cá, mas quero focar na Stock Car porque é um grande desafio para mim, um ano muito importante para mim, e preciso estar concentrado junto com a equipe Schin, a qual preciso agradecer por confiar em mim, por confiar em um piloto argentino que correu apenas uma prova aqui, que mal tem experiência nesses carros… Mas tenho muito que aprender, corrida a corrida, muitas coisas, e estou disposto a fazer um esforço para ter um grande ano.

Daquilo que você viu e sentiu de um Stock Car, quais são as diferenças em relação ao Peugeot que você guia no Super TC2000?
 
Acho que o carro é muito diferente em relação ao que estou acostumado na Argentina. Tem muito mais potência que o Super TC2000, que tem tração dianteira, enquanto os carros daqui têm tração traseira, têm push-to-pass, muitas novidades que eu ainda não havia provado. Mas tive uma grande participação com o Ricardinho em Goiânia, e isso me deu uma grande motivação para vir ao Brasil e ter uma adaptação mais rápida. Em poucas voltas, consegui virar rápido. Claro que aqui é um circuito novo, é um carro diferente, tenho que virar muito para estar entre os tempos de frente. Mas esta corrida, para mim, eu levo como um aprendizado, sem pressão, mas como uma preparação para o ano que vem.
 

Como você descreve Interlagos depois de voltar a correr aqui depois de tanto tempo?
 
É incrível. Corri aqui apenas uma vez, acho que foi em 2007, vim para cá para correr com um TC2000, de tração dianteira, mas faz muito tempo, não me lembro quase nada daquela época. É uma pista muito técnica, que tem muitas variações lentas, rápidas, tem uma chicane muito divertida, mas preciso ir me acostumando à pista volta a volta.
Nestor Girolami elogiou o traçado de Interlagos depois do seu retorno à pista oito anos depois (Foto: Rodrigo Berton/Grande Prêmio)
A forte presença do Cacá Bueno no automobilismo argentino faz dele uma referência para você aqui na Stock Car?
 
Quando Cacá foi correr na Argentina [recentemente], ele gerou uma grande expectativa em todo mundo. Todo mundo falava de Cacá, que era bom ter um piloto brasileiro top na Argentina. E acho que é um pouco do mesmo para mim. Ter um piloto argentino de grande nível aqui no Brasil é muito bom. Mas tenho muito a aprender com ele, muita experiência para acumular, não venho para brigar logo de cara. A verdade é que, dos pilotos com quem falei, todos se mostraram felizes com minha vinda para cá, e isso é muito bom porque, em que pese a diferença de nacionalidade, brasileiros e argentinos são irmãos e têm muitas coisas em comum.
 

Todos os pilotos daqui do Brasil que vão correr na Argentina falam da paixão do público pelo automobilismo. Aqui é um pouco distinto quanto a isso, não?
 
É muito diferente, são muitas coisas diferentes. Cada país tem suas coisas boas, outras coisas não tão boas. Mas para mim é um desafio muito grande. Vou buscar me acostumar ao carro, à equipe, a tudo, fazer tudo passo a passo, sem querer apressar meu desenvolvimento, tudo para ter uma boa temporada sem pular etapas.
'Bebu' Girolami foi campeão do prestigiado Super TC2000 na temporada 2014 (Foto: Rodrigo Berton/Grande Prêmio)
 
O que esperar de ‘Bebu’ Girolami para 2016?
 
Eu sou um piloto muito competitivo, gosto sempre de estar no topo. Mas entendo que a Stock Car é uma categoria muito competitiva, de corridas competitivas, com pilotos muito fortes e com muita experiência, então a minha intenção é aprender com eles. Minha meta é mesmo usar essa corrida como treino para entender o carro. E ano que vem, ao passo em que vou fazendo a temporada, vou traçando metas pouco a pouco, para não ter expectativas altas e depois ficar sem cumprir objetivos. Vou fazendo tudo aos poucos primeiramente, manter a calma e sem pensar muito além.
 

A Argentina passou recentemente por uma grande reformulação na sua gestão com a eleição de Maurício Macri. O que esperar do novo governo Macri no geral e o seu apoio ao esporte a motor em parte?
 
Acho que todo mundo, ou grande parte da Argentina queria uma mudança no governo. O povo ficou mais feliz, e eu acho que, para o esporte, também, é o mesmo. Se o povo está mais feliz, isso atinge também a economia. Acho que serão anos de grande crescimento, e todo mundo está esperando que Maurício Macri leve a Argentina adiante nesses próximos quatro anos, que ele seja um bom presidente e, principalmente, que ele escute os anseios do povo. Tomara que ele mantenha o WRC, o WTCC, a MotoGP e que ele possa trazer de volta a F1.
 

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