Copa Truck busca inovações para interagir com público e oferecer experiência para toda família no fim de semana

Um dos desafios da Copa Truck neste início de trajetória tem sido cativar o público a fim de estabelecer um vínculo duradouro com os fãs da categoria. Para tanto, os promotores procuram novos caminhos para oferecer uma experiência única e marcante aos que se dispõem a se deslocar até o autódromo.

 

Apesar de todos os esforços nessa direção, Carlos Col, promotor da Copa Truck, tem consciência que a realidade mudou e não se leva mais tantas pessoas para acompanhar corridas ao vivo nas arquibancadas como antigamente. 

 

“Na verdade, o automobilismo brasileiro como um todo perdeu participação do público nos autódromos. Na Copa Truck, neste momento, confesso que é um dos nossos maiores desafios. Ainda não compreendo bem quais são os fenômenos que ocorrem aí. Algumas praças ainda mantém um manifesto interesse do público e em outras caiu substancialmente”, comenta.

Ao mesmo tempo em que trabalha para despertar cada vez mais o interesse das pessoas nas disputas de caminhões, Col garante que não tem a expectativa de atrair uma enorme massa, como acontecia no auge da extinta Fórmula Truck. 

 

“Entendo que existe um momento de transição entre duas categorias que gera uma crise de identidade, uma confusão, às vezes, na cabeça do público, e também fatores desconhecidos que estou procurando entender. Mas, confesso que não tenho nenhuma pretensão de conseguir resgatar o volume de público que a antiga Fórmula Truck já teve nos seus tempos áureos. Eram públicos excepcionais que eu não consigo mais vislumbrar ser possível nos nossos tempos atuais e daqui para o futuro. Então nem trabalho com esta meta tão alta. Trabalho com a meta mais factível, moderada e possível”.

 

“É importante num evento como esse ter uma boa presença de público para prestigiar e agregar valor. Mas é um desafio que eu considero bastante grande e que nós vamos ter que enfrentá-lo nos próximos meses”, avalia.

 

Indagado se soluções como, por exemplo, o Hero Push, poderia ser um caminho para a Copa Truck elevar a interatividade com o público, Col afirma que esta ideia adotada Stock Car pode sim ajudar, embora, neste caso em específico, não veja relação direta com o objetivo de chamar o público para o autódromo.

 

“Não tenho nada assim em projeto, mas entendo que o sucesso do Hero Push ocorre no meio digital. A meu ver, ele não tem nada com a repercussão da presença do público nos autódromos. Ele tem, com certeza, uma repercussão importante e interessante nas redes sociais, que pode, evidentemente, gerar reflexos positivos em outras situações, alguma coisa na audiência de televisão, nesse sentido, mas não acredito muito que haja reflexo na presença do público nos autódromos” opina Col. 

O executivo acrescenta: “nos autódromos, dentro da plataforma que estamos buscando construir, a experiência do público é muito importante. Tanto dos que estão nos camarotes, quanto daqueles que estão nas arquibancadas. Para isso criamos um espaço chamado Nação Truck, onde pretendemos a cada evento oferecer entretenimento, lazer, informação ligada à saúde, à segurança nas estradas, obviamente suportado sempre por uma praça de alimentação para que seja um evento para a família e que não fique restrito aos momentos da corrida em si, mas um programa para passar o domingo. Esse é um aspecto que nós começamos a trabalhar, fizemos experiências e vamos continuar seguindo essa linha”.

 

A programação na área denominada Nação Truck já teve, segundo Col, shows musicais, aulas de dança, zumba, espaço lúdico para crianças, área para educação ligada ao trânsito, tenda destinada à saúde, exposição de caminhões tunados, entre outras ações.