Débora Rodrigues completa 20 anos de Truck e diz que carinho do público dá motivação extra para seguir nas pistas

Neste ano de 2018, Débora Rodrigues completa 20 anos de disputas dentro das pistas com um caminhão. A pilota da Volkswagen, uma das mais queridas da Copa Truck, afirma que o carinho que recebe das arquibancadas dá um incentivo a mais para continuar competindo

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2018 tem sido especial para Débora Rodrigues, a única mulher presente na Copa Truck. A pilota do Volkswagen #7 está comemorando 20 anos de disputas nas pistas. A estreia da paranaense na antiga Fórmula Truck foi em 1998, no circuito de Tarumã (RS), quando foi inscrita com um Scania #77. Desde então, Rodrigues se firmou na categoria dos caminhões e hoje figura como um dos grandes nomes do certame. 
 
Débora sempre gostou de caminhões, muito influenciada pela família. Inclusive, sabe conduzir o bruto desde os 13 anos de idade. “Caminhão sempre esteve na minha vida. Sou filha e sobrinha de caminhoneiro. Quase nasci numa boleia, é uma paixão”, conta Débora Rodrigues, que sonhava em ser médica. “A minha primeira expectativa era fazer faculdade de medicina, mas não tinha condições. Então, como sempre fui apaixonada por caminhão, decidi trabalhar com isso”.
 
Até se tornar a primeira motorista de ônibus de Bela Vista do Paraíso, sua cidade natal, teve uma série de outras atividades, entre elas empregada doméstica, frentista e babá. O destino, porém, a colocou próxima dos caminhões, mas dentro das pistas. 
Débora Rodrigues em Interlagos (Foto: Vanderley Soares)

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Esse primeiro contato com a Truck veio de forma inusitada. A ex-militante do MST, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, era apresentadora do SBT e repórter do Siga Bem Caminhoneiro, quando participou de uma brincadeira dentro da Truck em um quadro comandado por Otávio Mesquita para o programa Domingo Legal. “O bichinho picou, não teve jeito. E são 20 anos de história”, diz a pilota, hoje com 50 anos. 
 
Os dois primeiros anos de Truck foram com a Scania. Depois, passou a defender a Volkswagen/MAN e segue com a marca até hoje com total apoio da fábrica. Em todos esses anos Débora tem se mostrado competitiva, conquistando vários pódios. A vitória ficou perto em algumas ocasiões, só que ainda não veio. 
 
Só neste ano, Débora perdeu duas boas oportunidades de subir no degrau mais alto do pódio. Em Guaporé (RS), terminou a corrida 1 em oitavo, o que a colocaria na posição de honra na corrida 2. Mas um problema no caminhão a tirou de disputa antes mesmo da largada. Em Interlagos o roteiro foi exatamente o mesmo. Mas ela não se incomoda: “Vai chegar a minha hora”, aposta.
Débora Rodrigues durante o desfile de pilotos (Foto: Vanderley Soares)
Dentre todos os pilotos do grid, Débora é, sem dúvida alguma, a mais requisitada pelo público. Esse carinho, segundo ela, é uma motivação extra. “Vejo com muita alegria e fico honrada. Não é só por ser mulher, eu sou competitiva, estou sempre brigando”, diz a pilota, que acrescenta: “Mulheres que antes tinham medo de dirigir hoje contam que tiram o carro da garagem depois que me viram correndo. Teve um caso muito bacana de um rapaz que me agradeceu porque a mulher passou a gostar de corridas por minha causa e agora eles vão juntos ao autódromo. São coisas que não tem preço. Esse carinho é maravilhoso, isso me motiva a estar aqui”, afirma a pilota há mais tempo em atividade no Brasil. 
 
Além de Débora, outras quatro mulheres também integraram o grid da Truck. A paranaense Márcia “Furacão” Arcade correu em 1998, no ano de estreia de Débora. Na década seguinte, precisamente em 2004, foi a vez da pernambucana Danusa Moura fazer parte do grid. A gaúcha Cristina Rosito participou da temporada 2011, enquanto a uruguaia Carolina Canepa apareceu na categoria em 2017.
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