Barrichello pede por segurança depois da morte trágica do “amigo e ídolo” Senna no GP de San Marino

Rubens Barrichello pediu por maior segurança na Fórmula 1 depois da trágica morte de Ayrton Senna, durante o GP de San Marino. "O maior piloto de todos os tempos morto tragicamente, com certeza tudo vai ter de ser revisto", disse o jovem piloto da Jordan

Ainda se recuperando do forte acidente que sofreu na última sexta-feira no circuito de Ímola, Rubens Barrichello viu de casa, na Inglaterra, a batida que provocou a morte de Ayrton Senna neste domingo (1). Na sétima volta do GP de San Marino, terceira etapa da temporada de 1994, o brasileiro da Williams escapou na curva Tamburello e se chocou violentamente contra o muro. O piloto de 34 anos foi atendido na pista, provocando uma bandeira vermelha. Logo foi transferido de helicóptero para o Hospital Maggiore, em Bologna, em estado crítico. A morte foi confirmada às 13h40 (de Brasília) e anunciada pela Dra. Maria Teresa Fiandri às 14h05.

Também falando sobre a própria experiência, Barrichello pediu mudanças quanto à segurança dos carros da Fórmula 1. "O maior piloto de todos os tempos morto tragicamente, com certeza tudo vai ter de ser revisto", disse o jovem piloto da Jordan ao jornal 'Folha de S.Paulo'.

Barrichello, que já está a caminho do Brasil para o funeral do tricampeão, disse ainda que Senna era "um ídolo e um amigo".

"Ultimamente, nós tínhamos nos aproximado mais. São as duas coisas mais significativas para mim. Uma pessoa que rompeu todas as barreiras", falou Rubens, acrescentando que espera voltar ao cockpit já na próxima etapa, em Mônaco, daqui a duas semanas.

"Eu estou voltando para o Brasil, vou ver o médico e se eu puder tirar o gesso, em Mônaco eu estarei de volta. Eu rezo pedindo a Deus que me proteja e que me dê saúde, só isso. O resto sou eu que tenho de fazer", afirmou.

Ayrton Senna conversa com Rubens Barrichello no sábado em San Marino (Foto: Getty Images)

Questionado se passou pela cabeça parar de correr em decorrência do acidente com Senna, Barrichello negou. "De certa forma, nós temos de pensar que o Senna sempre gostou de viver correndo. No Japão, fiquei sabendo por muitas pessoas que ele torcia demais (por mim), que ele gritava 'vai, menino', e isso para mim é uma alegria muito grande", declarou.

Por fim, Rubens admitiu que custou a acreditar na morte do Ayrton. "Eu tinha certeza de que ele estaria como eu depois do meu acidente, de que estaria alguns minutos desacordado. Eu fiquei quase 15 minutos desacordado, então não fiquei muito preocupado. Mas depois que o levantaram e vi o sangue, eu fiquei preocupado", concluiu.

Além da morte de Senna, o fim de semana da F1 em San Marino também sofreu com a perda do piloto austríaco Roland Ratzenberger, no sábado, depois de um forte acidente durante a classificação.

GRANDE PRÊMIO acompanha o GP de San Marino, terceira etapa da temporada 1994 da F1, revivendo o noticiário daquela data

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