Equipe médica do Hospital Maggiore anuncia morte cerebral de Senna em consequência do acidente em Ímola

A chefe dos médicos que cuidaram de Ayrton Senna, Maria Teresa Fiandri, oficializou a morte cerebral do piloto de 34 anos em virtude do gravíssimo acidente sofrido durante o GP de San Marino. O coração do brasileiro continua funcionando, mas as funções neurológicas são irreparáveis

Os médicos responsáveis pela recepção e tratamento de Ayrton Senna no Hospital Maggiore, em Bolonha, anunciaram à imprensa que o quadro do piloto brasileiro é de morte cerebral. O diagnóstico foi constatado às 11h05 (de Brasília), e a notícia foi dada oficialmente às 13h05 deste domingo (1).

Senna liderava o GP da San Marino quando, durante a sétima volta da corrida, passou reto na curva Tamburello e chocou-se violentamente com o muro do Autódromo Enzo e Dino Ferrari. Os carros costumam passar pela curva a mais de 300 km/h.

Ainda na pista, o dono de três títulos mundiais da Fórmula 1 e abertamente considerado um dos melhores de todos os tempos recebeu uma traqueostomia antes de sair em direção ao Hospital Maggiore, após já ter sofrido parada cardíaca. Num helicóptero equipado para atendimentos médicos emergenciais, partiu. Sofreu uma transfusão de 4,5 litros de sangue. O impacto da batida causou fraturas cranianas que levaram a um traumatismo, além de um choque hemorrágico.

Segundo os médicos, Senna ainda apresenta batimentos cardíacos, respira por conta própria e tem funções vitais estáveis.

Médicos tentam reanimar Senna depois do acidente em Ímola (Foto: Getty Images)

O final de semana de Ímola fica marcado como um dos mais sombrios da história do automobilismo. Na sexta-feira, Rubens Barrichello perdeu o controle de sua Jordan na curva Variante Bassa e voou ao topo da barreira de pneus, chegando a perder a consciência, mas escapando com lesões pelo corpo. No sábado, Roland Ratzenberger perdeu parte da asa dianteiro ao atacar uma zebra. O dano impediu que tivesse qualquer ingerência sobre seu Simtek quando o carro escapou na curva Villeneuve. As lesões do austríaco foram fatais. Desde 1986 um piloto não morria em um F1 e desde 1982 um piloto não morria em fim de semana de corrida.

Além dos acidentes fatais, Pedro Lamy e JJ Lehto se envolveram numa colisão forte segundos após a largada, em que o finlandês ficou parado no grid e o português não conseguiu desviar sua Lotus do caminho a tempo, acertando a traseira da Benetton violentamente. Por fim, após um pit-stop de Michele Alboreto, uma roda se soltou de sua Minardi ainda nos boxes e atingiu mecânicos da Ferrari e Lotus, que tiveram de ser levados ao mesmo hospital de Bolonha.

GRANDE PRÊMIO acompanha o GP de San Marino, terceira etapa da temporada 1994 da F1, revivendo o noticiário daquela data

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