Fórmula 1: o que esperar das equipes e pilotos na reta final da temporada 2024

As próximas corridas que vão definir o campeão da temporada 2024 já estão mobilizando apostadores de plantão

À medida que o calendário da Fórmula 1 se encaminha para a sua reta final, a pergunta que não quer calar é quem vai ganhar F1 2024? As previsões parecem apontar unanimemente para para o piloto holandês da Red Bull de apenas 27 anos,  Max Verstappen. Filho do ex-piloto de Fórmula 1 Jos Verstappen, o jovem já é considerado por muitos o melhor piloto da atualidade. 

Confirmando as previsões, Verstappen fez história no último domingo, 24 de novembro, quando venceu seu quarto Campeonato Mundial de Pilotos consecutivo, com o quinto lugar no Grande Prêmio de Las Vegas. O piloto passou a fazer do panteão da F1, no qual figuram Alain Prost e Sebastian Vettel como um tetracampeão, com apenas Hamilton, Michael Schumacher e Juan Manuel Fangio à sua frente nessa lista.

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Verstappen chegou ao último fim de semana em Las Vegas sabendo que tudo o que precisava fazer para ganhar o título era terminar na frente de seu rival no campeonato, Lando Norris. O atual campeão alcançou a vantagem na qualificação, começando a corrida em quinto à frente do piloto da McLaren em P6.

Os dois pilotos estavam lado a lado na volta de abertura, mas o piloto da Red Bull manteve sua vantagem e terminou a corrida em P5 com Norris atrás dele em sexto, oficialmente marcando a sua liderança no campeonato e a apenas duas corridas restantes na temporada.

O Grande Prêmio de Las Vegas foi vencido por George Russell, da Mercedes, que segurou uma investida do companheiro de equipe Lewis Hamilton. O heptacampeão ficou em segundo lugar, partindo do 10º lugar no grid. A posição de Verstappen atrás das Ferraris de Carlos Sainz e Charles Leclerc foi mais do que suficiente para o holandês. 

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A jornada consistente de Verstappen

A rota que o piloto holandês escolheu para o seu quarto campeonato mundial consecutivo foi muito diferente daquela que levou aos seus três primeiros triunfos. Em 2021, o piloto da Red Bull arrebatou a coroa das mãos de Lewis Hamilton em circunstâncias altamente controversas na última volta da corrida final em Abu Dhabi.

Mas nas últimas duas temporadas, 2022 e 2023, o piloto não enfrentou nada tão dramático e aniquilou seus rivais ao vencer 15 e 19 corridas das 22 do calendário. A maré de vitórias parecia destinada a continuar nesta temporada de 2024, com o holandês vencendo quatro das cinco primeiras corridas e sete dos 10 primeiros Grandes Prêmios.

Então, o domínio da Red Bull no esporte foi ameaçado quando a McLaren e a Ferrari, e em menor grau a Mercedes, surgiram com inovações para seus carros. Enquanto as atualizações transformaram a McLaren no carro mais rápido do grid, elas deixaram a Red Bull desequilibrada. Verstappen descreveu o RB20, carro de F1 da Red Bull, como um “monstro indirigivel” após o Grande Prêmio da Itália em setembro, uma opinião compartilhada por seu companheiro de equipe, Sergio Perez. 

Enquanto o carro lutava para se manter na pista, a Red Bull revelou novas atualizações, que pareciam apenas agravar os desafios existentes, como o problema crônico de falta de aderência que exigia muito dos pneus. E como Christian Horner admitiu em setembro, os problemas da Red Bull foram causados ​​pela equipe desenvolvendo demais o seu RB20, quando deveria ter simplificado. 

Pedras no caminho

Max Verstappen deixou claro durante toda a temporada 2024 que queria ganhar o título mundial de Fórmula 1 com um carro dominante, assim como fez nos dois anos anteriores. A luta pelo seu quarto título, garantido em Las Vegas, não foi apenas resultado de uma performance melhor do carro da Red Bull, mas também mostrou o altíssimo nível alcançado por Verstappen como piloto.

Para os especialistas em apostas F1, vencê-lo no futuro será uma tarefa assustadora, como seu rival pelo título Lando Norris já reconheceu. Nos estágios iniciais da temporada, Verstappen parecia estar totalmente no controle, com a Red Bull saindo rápido dos blocos, ele dominava nas pistas. Na rodada de abertura no Grande Prêmio de Bahrain, em abril, sua confiança e ritmo eram intimidantes, com uma vantagem em alguns pontos entre oito décimos e um segundo por volta, um abismo extraordinário.

Mas a temporada começou a mudar em maio, na sexta rodada em Miami, onde a McLaren implementou suas primeiras grandes atualizações que se mostraram revolucionárias. Verstappen identificou pela primeira vez o que ele acreditava serem problemas com sua direção, uma grande falta de aderência e, para desestabilizar ainda mais o piloto, o gênio do design de longa data Adrian Newey anunciou naquele fim de semana que deixaria a Red Bull depois de quase duas décadas. No cenário desfavorável para Verstappen, Norris conquistou sua vitória de estreia e começou sua recuperação.

Com uma McLaren muito rápida, a Red Bull parecia correr atrás do próprio prejuízo lançando “melhorias” que pareciam mais se provar prejudiciais. As atualizações que começaram em Miami deixaram o carro desequilibrado, as tentativas de compensar isso com a configuração apenas fizeram os pneus trabalharem mais, agravando a degradação e os problemas de aderência. 

O que se seguiu, no entanto, mostrou a determinação de Verstappen. Em entrevistas, o piloto já assumiu exigir muito de si mesmo e que odeia cometer erros. Mesmo com as constantes dificuldades com o carro, Verstappen conseguiu uma série de resultados fortes, apesar de nenhuma vitória em um período completo de cinco meses. Em setembro, foi reduzido para sexto em Monza, uma corrida onde a Red Bull foi completamente superada pela McLaren e pela Ferrari.

Depois de passar 10 corridas sem vencer, o holandês viveu um momento áureo no Brasil no início de novembro. Com uma vitória na chuva e partindo da 17ª posição no grid, Verstappen foi excepcional em condições arriscadas e complicadas. Norris largou da pole, e uma grande mudança a favor do piloto britânico era esperada, mas que acabou por resultar em uma série de acidentes fazendo Norris cair para sexto. A habilidade e constância de Verstappen no molhado foram tais que ele manteve um ritmo forte durante toda a corrida e conquistou uma vantagem total de 20 segundos na bandeirada.

Um Grande Prêmio Brasil para ficar na memória

A pista de Interlagos nunca foi considerada fácil. Para começar, o circuito é organizado em sentido anti-horário, o que torna a dirigibilidade mais desafiadora para alguns pilotos. O terreno não é plano, exigindo mais dos carros. As condições climáticas são imprevisíveis, e chuvas fortes costumam assombrar até os pilotos mais experientes. Para completar, Interlagos tem um dos maiores pit-lanes (estrada que se conecta à reta de largada/chegada da pista e é usada para pit stops) já usados ​​na Fórmula 1. 

A pista tem uma mistura de curvas de média e baixa velocidade, incluindo uma primeira curva complicada e uma curva acidentada. A famosa curva em S, feita por sugestão de Ayrton Senna, tornou-se uma homenagem ao piloto brasileiro, que sempre considerou Interlagos um lugar muito especial em sua carreira, onde começou e alcançou suas maiores glórias na Fórmula 1.

No último GP Brasil, o sete vezes campeão mundial de F1 Lewis Hamilton, disse que a pista estava “indirigivel” e que esta havia sido a corrida com a pista mais acidentada de todas. Hamilton enfrentou problemas com seu carro e com as condições climáticas. Restando apenas três corridas pela Mercedes, o piloto britânico já assumiu que será muito difícil vencer Max Verstappen. Hamilton atribui a dificuldade à diferença entre os carros, mas também reconhece o perfeccionismo e talento do piloto holandês. 

Reta final

Apesar de Verstappen ter garantido seu quarto campeonato mundial de Fórmula 1 com um quinto lugar em Las Vegas, os fabricantes ainda estão brigando no topo da corrida pelo título de equipes, com Red Bull, Ferrari e McLaren na disputa. Isso significa que ainda há tempo para surpresas. A temporada será finalizada em 8 de dezembro, com a rodada final programada para a pista de Yas Marina em Abu Dhabi. 

O ano foi de batalhas épicas, já considerado como uma das maiores temporadas da história da F1, com um recorde de 24 corridas. Era para ser o caso em 2023, mas o GP da China e o GP da Emília-Romanha foram retirados do calendário, por razões diferentes. Ambos retornaram para a temporada de 2024, tornando este um ano cheio de emoção para os fãs e agitado para as equipes e pilotos.

Ao programar as corridas para 2024, a gerência da F1 fez um movimento consciente em direção a uma “maior regionalização do calendário”, agrupando eventos com base em suas localizações geográficas e assim reduzindo os encargos logísticos das equipes e tornando a temporada mais sustentável.

Os ajustes resultantes envolveram mover o GP do Japão para abril, colocando-o entre as rodadas da Austrália e da China, enquanto o GP do Azerbaijão mudou para setembro, depois da Itália e antes de Cingapura. Além disso, o Grande Prêmio do Catar é consecutivo com Abu Dhabi.

A próxima corrida de F1 é a penúltima rodada, o Grande Prêmio do Catar acontece no domingo, 1º de dezembro. Após o fim de semana em Las Vegas, que entregou o título a Max Verstappen, os pilotos se preparam para a penúltima corrida da temporada. O campeonato de construtores ainda está em disputa, com a McLaren mantendo apenas 24 pontos de vantagem sobre a Ferrari, que conquistou 12 pontos na corrida recentemente concluída nos EUA.

Para a Ferrari, o piloto espanhol Carlos Sainz Jr. tem grandes expectativas. “A pista será desafiadora para nós da Ferrari, podemos ser a terceira ou quarta equipe mais rápida. Precisamos tentar maximizar tudo o que temos. Acho que fizemos um bom trabalho nos últimos fins de semana. No Catar, o melhor que podemos conseguir pode ser P5 ou P6 porque com este carro, em uma pista como essa, espero que a McLaren, Red Bull e a Mercedes sejam muito fortes”, afirmou o espanhol.

Novidades para 2025

O brasileiro Gabriel Bortoleto foi anunciado como piloto da Alfa Romeo para a temporada de F1 2025. O jovem piloto de 20 anos, que vem dominando as categorias de base, fará dupla com o experiente Nico Hulkenberg na equipe suíça. Com a chegada de Bortoleto, o Brasil volta a ter um representante na principal categoria do automobilismo mundial após sete anos. 

A contratação de Bortoleto faz parte da grande reestruturação da equipe, que está sendo preparada para a chegada da Audi. Com a saída de Valtteri Bottas e Guanyu Zhou, a Alfa Romeo inicia um novo ciclo com a promessa de brigar por posições de destaque no grid. Gabriel terá a oportunidade de trabalhar ao lado de nomes como o ex-chefe da Ferrari, Mattia Binotto, que foi um dos principais defensores de sua contratação. 

Nascido em São Paulo em 2004, Gabriel Bortoleto desde cedo se dedica ao automobilismo. Aos 12 anos, trocou as pistas brasileiras pela Europa. Acompanhado de perto pelo irmão Enzo, que também trilhou seu caminho nas pistas, Gabriel se destacou nas categorias de base, mostrando uma maturidade e um talento acima da média.

Uma significativa mudança veio em 2020, quando o jovem piloto iniciou sua jornada nos carros de fórmula. Em 2023, em sua temporada de estreia na Fórmula 3, sagrou-se campeão. A ascensão continuou na Fórmula 2, onde liderou o campeonato de forma dominante em 2024.

Com apenas 20 anos, Gabriel Bortoleto vai realizar o sonho de milhões de jovens pilotos: competir na Fórmula 1. A Sauber, que a partir de 2026 se tornará Audi, aposta no talento do brasileiro e o contratou para ser companheiro de equipe de Nico Hülkenberg. O contrato de longa duração garante a Bortoleto a estabilidade necessária para se adaptar à categoria máxima do automobilismo.

O tetracampeão Max Verstappen também não escondeu sua admiração pelo jovem piloto, afirmando que já teria o contratado para sua equipe. O reconhecimento de outros grandes nomes do automobilismo, como Oscar Piastri, reforçam o coro. Gabriel Bortoleto está pronto para escrever seu nome na história da Fórmula 1.

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