Saulo Righi ressalta trabalho árduo para 500 Milhas de Kart e crê em bom resultado da Scuderia Stratum GP

Saulo Righi começou a correr de kart por um acaso. Acontece que se apaixonou, começou a levar a sério e hoje é um dos integrantes da Scuderia Stratum GP para as 500 Milhas de Kart. No texto, conta qual sua preparação e expectativa para a prova

Na verdade, nunca andei de kart com intenção de ser competidor. Andava de recreação, a primeira vez que andei de kart fui levado por um falecido tio meu, muito querido, tio Marcão. Lembro muito bem que foi um kart indoor no interior de Minas Gerais, região de Varginha, até ganhei corrida nesse dia. Desse dia em diante, comecei a gostar a andar de kart, mas nunca pude andar muito. Fui consegui andar de kart depois que me tornei adulto e consegui pagar minhas contas. Mas sempre gostei muito de automobilismo, era a coisa mais próxima dos meus ídolos que eu tinha era andar de kart, mesmo que muito pouco. Quando comecei, andava uma vez a cada seis meses, meu começo foi despretensioso.
 

Desde que eu passei a colaborar com a Scuderia GP, ficou no ar de repente ter uma competição de kart entre os membros da Scuderia. Acabou que, na verdade, foi uma coisa muito maior. Então, quando foi criada pela primeira vez, achei o máximo, pois vou ter a oportunidade de andar com um monte de gente que curte o que curto, que curte o site GRANDE PRÊMIO, e fazia tempo que queria participar de um campeonato de kart achando que eu ia andar bem. Minha primeira corrida foi um chá de realidade, andei no fundo e não saí do fundo. Mas foi uma luz no sentido de que “se você quer isso, tem que melhorar”. Fui para cima, estudei, treinei e hoje sou um dos pilotos da equipe.

A expectativa é de trabalho árduo. Tudo o que eu passei na competição até agora foi uma etapa, muito difícil, que precisava superar para me lançar nesse outro desafio que é maior ainda. Nós temos uma responsabilidade muito grande de levar isso com muita seriedade. Acho que a corrida vai ser muito difícil, considerando que vamos ter um só composto para todas as equipes, o composto mais duro, isso dá uma limitada nas estratégias que a gente poderia ter. 

Vamos ter que nos adaptar muito rápido ao chassi, entender muito rápido a condição de pista e ter a cabeça muito no lugar, pois a mentalidade da competição é diferente. Estamos no meio dos profissionais, ninguém ali está de brincadeira, ninguém está para brincar, e andando com dois karts e dez pilotos temos condições de ter um bom resultado. Mas tudo vai depender da preparação dos próximos dias, e se levarmos o trabalho com seriedade, temos condição sim de fazer um grande resultado. A expectativa maior é de mostrar que os indoorzeiros são capazes de andar muito forte junto dos profissionais. Na nossa categoria, a expectativa é um pódio, vamos correr atrás disso.
 
A preparação é física, técnica e mental. Fisicamente, para mim é razoavelmente tranquilo, sempre fui meio rato de academia, continuo treinando, intensifiquei a parte de exercício aeróbico, mas nada muito diferente. Na parte técnica é muito estudo, não só do regulamento, mas também de comportamento do kart e dos pneus. Além de tudo, converso com pilotos mais experientes para ver o que esperar das situações de corrida. E preparação mental está sendo construída desde o começo do ano, muito foco, conseguir não ter a confiança abalada em situações de dificuldade, sempre com a cabeça voltada para a velocidade e consistência. Em termos de preparação é basicamente isso mesmo, tem muita coisa que vai nos pegar de surpresa, mas com a cabeça no lugar certo, dá para atacar as situações de forma positiva.
 
Eu corri a última etapa com muitas boas chances de participar da equipe, mas sem certeza nenhuma. Então teve um trabalho intenso nas últimas semanas antes da corrida de entender as situações prováveis de pontuação dos oponentes. Tive uma primeira corrida muito boa, mas a segunda foi uma corrida de merda, peguei um kart muito ruim, andei no fundo do pelotão, só que sabia exatamente onde tinha que chegar, e consegui executar. Passou a linha de chegada foi uma sensação que nunca experimentei antes na vida, toda a tensão, preparação, todos os receios que tinha, estavam resolvidos, sensação de alívio muito grande, de conquista.

Cheguei nos boxes e estava até chorando dentro do capacete, pois tinha muito sacrifício envolvido. Mas não foi sensação de dever cumprido, mas de etapa cumprida. Sabia que teria um desafio maior nos dias seguintes, mas a sensação é boa, não tem deslumbramento com a prova, não tem nada que esteja me desfocando. O foco está total. Desde a bandeirada lá, tive uns minutos de relaxamento, mas depois o foco já voltou total.

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