Rockenfeller vence em Moscou, vê Spengler fora dos pontos e dispara no campeonato. Farfus vai ao pódio

Mike Rockenfeller ganhou o duelo interno da Audi com Mattias Ekström graças à uma estratégia correta e abriu 27 pontos na liderança do DTM a quatro corridas do fim. Augusto Farfus subiu ao pódio pela segunda vez na temporada

icone_TV As imagens da etapa de Moscou do DTM

Mike Rockenfeller venceu pela segunda vez na temporada 2013 do DTM e disparou de vez na classificação do campeonato. Regularíssimo ao longo do ano, o alemão ganhou em Moscou, neste domingo (4), e viu seu principal adversário na luta pelo título, Bruno Spengler, ficar só em 18º. Com isso, a diferença entre eles na tabela de pontuação saltou de dois para 27 pontos com quatro provas restando.

Para garantir o troféu de primeiro lugar em Moscou, Rockenfeller derrotou o colega de Audi e bicampeão da categoria, Mattias Ekström, na estratégia. O líder do campeonato chegou a perder a ponta durante o segundo trecho da corrida, mas tratou de recuperá-la nas voltas finais e, sem receber nenhuma ameaça, pôde comemorar mais uma vitória.

Mike Rockenfeller comemora segunda vitória da temporada (Foto: Audi)

O brasileiro Augusto Farfus completou o pódio, o segundo dele no ano. Depois da vitória em Hockenheim, na primeira etapa, o piloto da BMW colecionou três resultados adversos em quatro provas, mas iniciou sua recuperação na Rússia.

Nas voltas finais, Farfus foi pressionado por Adrien Tambay, da Audi, mas conseguiu conter o ímpeto do francês e evitar a trifeta da Audi. Os 15 pontos conquistados renderam uma posição a mais no campeonato: o curitibano subiu para quinto.

Gary Paffett terminou a corrida de Moscou em quinto, seguido por Jamie Green, Joey Hand, Dirk Werner, Timo Scheider e Christian Vietoris.

Confira como foi a etapa da Rússia do DTM:

Mike Rockenfeller e Mattias Ekström largaram bem e chegaram tranqüilos à primeira curva em Moscou. Augusto Farfus e Bruno Spengler não conseguiram a mesma tração, mas também foram capazes de chegar à curva 1 sem maiores problemas. O top-3 rapidamente se desgarrou do restante do pelotão nas primeiras voltas. Spengler ficou no meio do bolo.

Com Rockenfeller mais espaçado na frente, Farfus passou a pressionar Ekström pela segunda posição. Poucas voltas, porém, serviram para provar o que todos já esperavam: é muito difícil ultrapassar no Moscou Raceway.

A perseguição de Farfus, que largou com pneus macios, assim como Rockenfeller, chegou ao fim na sétima volta, momento em que o sueco foi para os boxes trocar os pneus mais duros pelos macios.

A mesma estratégia foi adotada por várias outras equipes: largar com os ‘primes’ – mais duros –, permanecer na pista por poucas voltas e entrar nos pits para trocá-los. Jamie Green e Gary Paffett puxaram um primeiro grupo de pilotos para os boxes já na quarta volta da corrida.

Green e Paffett estavam, respectivamente, em quarto e quinto, depois de deixarem Spengler para trás. O vice-líder do campeonato não tinha um bom ritmo e, para piorar, ainda rodou após se envolver em um toque com Miguel Molina. Sua prova, então, ficou completamente comprometida.

Spengler vê a pista por uma nova perspectiva (Foto: DTM)

Farfus continuou na pista com os pneus macios até a 28ª passagem. Após um rápido trabalho da RBM, retornou ao traçado 3s atrás de Ekström e 1s1 à frente de Green. Ekström era o primeiro dos que já haviam feito pit-stops e perseguia apenas Rockenfeller e Adrien Tambay.

Mesmo depois do pit-stop de Farfus, Rockenfeller não dava nem sinal de que entraria nos boxes. A Audi é a montadora que melhor administra o desgaste dos pneus. O único problema que o alemão enfrentava era o tráfego: em um circuito curto, retardatários sempre são uma constante.

Se o líder da prova adotava uma tática de alongar ao máximo o primeiro stint, Paffett fez uso de uma estratégia completamente oposta. O inglês da Mercedes parou para cumprir o segundo pit-stop obrigatório na 30ª volta.

Dez voltas depois, Farfus, sem conseguir imprimir um bom ritmo com os pneus duros, começou a ser atacado por Green pela quarta posição. Vendo que seria complicado se manter à frente do britânico, o piloto da BMW foi aos boxes na volta 42 para fazer um segundo pit-stop.

Farfus retomou o traçado dividindo curva com Paffett, briga que valia a décima posição – e uma briga real, já que os dois estavam com os pneus que usariam até o final da corrida.

Augusto Farfus ficou em terceiro lugar em Moscou (Foto: Facebook/BMW)

Colado nos dois estava Rockenfeller, tentando abrir caminho para cima dos retardatários, finalmente foi aos boxes na volta 44. Tarde demais: ele perdeu a liderança para Ekström.

O herói da resistência, então, passou a ser Tambay. Mais de 50 voltas com um jogo de pneus macios. Isso não necessariamente o colocava em uma boa posição para lutar pelo pódio, já que não tinha uma vantagem grande o suficiente para fazer duas paradas e continuar nas primeiras colocações.

A 20 voltas do fim, a classificação era: Tambay (zero pit), Ekström (um), Rockenfeller (um), Werner (um), Scheider (um) e Farfus (dois).

Na 54ª passagem, só dez depois de parar pela primeira vez, Rockenfeller foi aos boxes pela segunda e última vez. No reposicionamento, ele se encontrou na terceira posição, 8s à frente de Farfus, então líder dos que haviam feito dois pits. Na volta seguinte, enfim, foi a vez de Tambay.

Enquanto isso, Ekström permaneceu na pista, mas, aos poucos, ficava evidente que ele perderia a ponta para Rockenfeller quando fizesse o segundo pit-stop obrigatório. O sueco fez isso na 66ª volta e, por muito, foi superado pelo alemão, caindo para terceiro – Tambay, mais uma vez, liderava, mas ainda com um pit pendente.

Emoções mais fortes foram registradas só no momento em que Paffett atacou Green para ganhar a quinta posição. A dupla se tocou de leve na reta principal, e o inglês consumou a ultrapassagem sobre o compatriota.

Ekström, Rockenfeller e Farfus no pódio em Moscou (Foto: Audi)

Então a corrida ficou com Rockenfeller na frente, Ekström em segundo. Pouco atrás, Farfus, terceiro, era pressionado por Tambay, que tentava formar uma trifeta da Audi. Mais uma vez, ficou evidente a dificuldade que existe para se ultrapassar em Moscou. O brasileiro se segurou e garantiu o segundo pódio da temporada 2013.

Para Spengler, só decepção. O canadense largou em quarto, mas não conseguiu se recuperar da rodada do início da corrida e terminou só em 18º. Assim, encerrou uma sequência de 11 provas seguidas nos pontos.

A próxima etapa do DTM acontece daqui a duas semanas, em 18 de agosto, no circuito alemão de Nürburgring.

DTM, Rússia, Moscou, corrida:

1 Mike ROCKENFELLER ALE Phoenix Audi 1:14:38.512 74 voltas
2 Mattias EKSTRÖM SUE Abt Sportsline Audi +1.303  
3 Augusto FARFUS BRA RBM BMW +11.393  
4 Adrien TAMBAY FRA Abt Audi +12.275  
5 Gary PAFFETT ING Mercedes AMG +17.495  
6 Jamie GREEN ING Abt Sportsline Audi +18.704  
7 Joey HAND EUA RBM BMW +19.363  
8 Dirk WERNER ALE Schnitzer BMW +26.117  
9 Timo SCHEIDER ALE Abt Audi +34.184  
10 Christian VIETORIS ALE Mercedes AMG +41.331  
11 Robert WICKENS CAN Mercedes AMG +43.782  
12 Filipe ALBUQUERQUE POR Rosberg Audi +44.443  
13 Roberto MERHI ESP Mercedes AMG +51.576  
14 Marco WITTMANN ALE MTEK BMW +52.941  
15 Timo GLOCK ALE MTEK BMW +54.421  
16 Martin TOMCZYK ALE RMG BMW +58.460  
17 Daniel JUNCADELLA ESP Mercedes AMG +1 volta  
18 Bruno SPENGLER CAN Schnitzer BMW +1 volta  
19 Andy PRIAULX ING RMG BMW +1 volta  
20 Pascal WEHRLEIN ALE Mercedes AMG +1 volta  
21 Edoardo MORTARA ITA Rosberg Audi NC  
22 Miguel MOLINA ESP Phoenix Audi NC  

Chamada Chefão GP Chamada Chefão GP 🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias do GP direto no seu celular! Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.