Coluna 24 – Daytona, por Ozz Negri: Uma prova especial para todo piloto

Daytona tem um forte aspecto desafiador, faz todo mundo da equipe trabalhar no limite e exige estar atento à estratégia o tempo todo. Se numa corrida sprint a estratégia está sempre sendo mudada em função do que acontece na pista, calculem isso numa competição que só de pista tem 24 horas.

Oi, pessoal, estou muito contente por estrear essa minha coluna aqui no Grande Prêmio para falar dessa supercorrida que é a 24 Horas de Daytona e, mesmo não sendo a minha praia escrever, espero dar a minha contribuição para a cobertura que a turma do Victor Martins vai fazer desse momento especial do Grand-Am Rolex Sports Car Series.

Eu vou falar uma coisa: sou apaixonado por essa prova. Vencê-la em janeiro de 2012, com o Ford Riley da Michael Shank Racing, foi o grande momento da minha carreira e, tenho certeza, foi sensacional também para os meus companheiros de conquista. Justin Wilson, AJ Allmendinger, John Pew e eu formamos um quarteto que funciomou como um relógio.

Daytona tem um forte aspecto desafiador, faz todo mundo da equipe trabalhar no limite e exige estar atento à estratégia o tempo todo. Se numa corrida sprint a estratégia está sempre sendo mudada em função do que acontece na pista, calculem isso numa competição que só de pista tem 24 horas.
 
Ozz Negri vence 24 Horas de Daytona em 2011 (Foto: Divulgação)
 
Vou tentar explicar um pouco para vocês essa maratona toda. Na verdade, o mês de janeiro é uma festa completa no Daytona International Speedway e a nossa categoria faz parte disso fazendo a corrida mais longa do calendário. Mas ao contrário da Nascar, que corre no oval de Daytona em todas as suas divisões, a Grand-Am compete no misto.
 
Oficialmente a coisa toda começa no “Roar Before The Rolex 24”, que são três dias e oito sessões de treinos livres. É uma oportunidade de a gente experimentar todas as fases do dia e num cenário de clima, pelo menos teoricamente, próximo daquilo que devemos encontrar na prova.
 
Só que, no nosso caso, a preparação começou bem antes. Depois da vitória no ano passado em Daytona, eu e meu companheiro de equipe, o super gente-boa John Pew, participamos de toda a temporada e não deixamos a coisa esfriar depois que ela terminou. Fizemos um ótimo teste em Daytona, ainda em novembro e já visando a 24 Horas desse ano, e o resultado foi visto durante o Roar. Foi legal ver os dois carros da equipe andando o tempo todo entre os primeiros. No nosso, além do quarteto da vitória de 2012, está também o Marcos Ambrose, o australiano que anda muito bem na Nascar.
 
Como Daytona é uma prova especial, o nosso chefe de equipe Michael Shank amplia a estrutura nessa época do ano. Então, em princípio, tudo volta ao normal a partir da segunda etapa, comigo e o John no Ford Riley #60. Mas o bacana é que o Michael está fazendo um esforço enorme para manter o número #6 não somente em Daytona, mas no restante do campeonato.
 
Agora que o nosso trabalho foi aprovado nos treinos livres, eu estou na minha batalha particular para estar na corrida. Vocês sabem que sou um atleta, mantenho o mesmo peso que tinha aos 20 anos – hoje estou com 48 – e me dedico bastante a essa discuplina, porque estar bem preparado fisicamente é fundamental para a minha profissão, principalmente em se tratando das corridas longas. Treino bastante várias modalidades e foi essa preparação que me permitiu, na vitória em Daytona de 2012, pilotar cerca de 40% do tempo. Isso significa dizer que eu, sozinho, pilotei mais de oito horas.
 
E nesse esforço para me manter bem foi que acabei me machucando num treino de Mountain Bike, que acabou lesionando a fíbula da perna direita. O problema aconteceu no dia 10 de dezembro e, de lá para cá, tenho feito exatamente o que os médicos pediram em termos de repouso e tratamento, tudo para poder estar em condições de estar na corrida.
 
Quem me conhece sabe que eu sou um cara muito disciplinado, penso sempre positivo e estou fazendo o meu melhor para estar recuperado no tempo certo. Eu não pilotei no Roar, embora tenha ficado morrendo de vontade, para poupar a perna. Os médicos estão otimistas, a equipe está dando o maior apoio e eu tenho certeza que estarei em condições. Mas continuo trabalhando forte na recuperação e espero ter ótimas notícias sobre isso nas próximas colunas.
 
Para terminar, vou indicar alguns sites para que vocês possam ter mais detalhes da minha carreira, da 24 Horas e de todo esse universo maravilhoso da Grand-Am:
 
www.negrijr.com
www.grand-am.com
www.michaelshankracing.com
www.daytonainternationalspeedway.com
 
Abração, e até semana que vem!
 
A segunda coluna ‘24 – Daytona’, por Ozz Negri, será publicada na próxima quarta-feira, 16 de janeiro
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