Coluna 24 – Daytona, por Ozz Negri: Rodando dia e noite

Agora, é tudo na base da pauleira porque o tempo é curto e a quantidade de tarefas é enorme. Vocês não fazem ideia da correria (maravilhosa correria, diga-se de passagem)!

Hoje tivemos um dia bastante movimentado aqui no Daytona International Speedway, pois foi o primeiro de atividade em pista para as 24 Horas de Daytona. Foram dois treinos livres e, depois da classificação, ainda tivemos o terceiro treino livre do dia, o primeiro noturno e o de maior duração dentre todos os de hoje, com uma hora e meia. Não vou mentir para vocês, estou um pouco decepcionado com o 10º lugar no grid. É verdade que para uma prova como essa, com previsão de aproximadamente 700 voltas, não é exatamente na classificação que a gente vai ganhar a corrida, mas mostrou que ainda há espaço para trabalhar no carro. Mas, de fato, a corrida é outra história. Não se compara o modo de trabalhar num sprint de 15 minutos e numa prova de 24 horas.

Foi um dia muito proveitoso porque o carro melhorou para cada treino. Trabalhamos muito no chão e colocamos no carro os upgrades do motor. O dia começou com o Ford EcoBoost Riley saindo um pouco de frente e o trabalho de acerto consumiu um pouco do tempo do Practice 1. Andamos pouco, somente nove voltas, mas foi o suficiente para marcar P5 e acumular muita informação para o treino da tarde.

O treino livre 2 foi metade do treino da manhã, que teve uma hora, mas mesmo assim dei 11 voltas e a melhora no tempo refletiu bem o resultado positivo que surtiu o trabalho de chão. De 1min40s721 fui para 1min40s632, novamente em P5. Digo fui porque só eu andei nesse segundo treino livre, justamente porque pilotei na classificação.

Como disse, esperava um pouco mais, mas mesmo assim deu para baixar quase um segundo, pois a melhor volta foi em 1min39s761. Como eu disse ontem, todo o tempo que a gente está na pista é para aprender o equipamento. São tantas variáveis e informações novas que o verbo é justamente esse: aprender!

Interior do carro de Negri em Daytona (Foto: MSR Media)

Agora, é tudo na base da pauleira porque o tempo é curto e a quantidade de tarefas é enorme. Vocês não fazem ideia da correria (maravilhosa correria, diga-se de passagem)! Dêem só uma olhada no interior do nosso carro. É botão que não acaba mais! Agora, vejam como a coisa é interessante. Depois de tudo isso que contei, aí veio o treino noturno que é uma história totalmente diferente. Tem muita coisa que muda no carro e a tocada tem de ser super atenta.

Os tempos de volta até que não são tão diferentes assim, tanto que nosso carro foi pouco mais de um segundo mais lento do que na classificação(1min40s068, P10). Além disso, você guia o tempo todo naquele festival de luz. A resistência física e mental precisa estar muito afiada. Conseguimos dar 29 voltas e eu estou realmente animado com o equipamento que temos.

Há ainda espaço para melhorar e o treino livre 4 desta sexta-feira será muito importante. É por isso que vou parando por aqui. Desculpem por escrever menos hoje e mandar a coluna tão tarde. É que o treino só terminou por aqui às 23h00, horário oficial do Brasil. Vou descansar um pouco porque amanhã tem mais trabalho. Abraço!

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