Coluna Pisando Fundo, por Renan do Couto: 2013, um ano de afirmação para o WEC

O ano de 2012, o primeiro do novo Mundial de Endurance, terminou com bons resultados. Agora, a organização tem de se dedicar para consolidar de vez o campeonato, que tem muito potencial

Faltam poucos dias para o início da segunda temporada do WEC. Domingo, dia 14, as 6 Horas de Silverstone vão abrir o campeonato de 2013, que deve ser de afirmação para o Mundial de Endurance.

O ano passado, o primeiro da vida deste certame, foi bom e mostrou o potencial que as corridas de longa duração têm. Sempre tiveram, mas foram escanteadas durante o período em que Max Mosley foi o presidente da FIA. Algumas das provas atraíram um bom público, principalmente Sebring, Silverstone e Fuji – sem contar Le Mans, é claro, cuja importância se sobrepõe ao campeonato. Enfim, após esse bom primeiro ano, em termos de público e de disputas na pista, o que parece é que o WEC só vai crescer nos próximos anos.

As 6 Horas de Fuji foram um sucesso de público (Foto: Audi)

Claro que é a LMP1 que chama a atenção, com seus protótipos lindos. Audi e Toyota vão brigar demais neste ano pelo título e, claro, pela vitória em Le Mans. E o fato de cada uma das marcas ter dois carros será bom demais, pois, no ano passado, a corrida começava com o pódio garantido para elas. Isso não vai acontecer em 2013.

Mas a disputa da GTE Pro também promete, apesar do baixo número de carros – só seis vão andar em Silverstone. É que são postulantes fortes: a Ferrari (AF Corse), a Porsche e a Aston Martin. E pilotos com passagem pela F1 vão chamar a atenção: Giancarlo Fisichella, Kamui Kobayashi e Bruno Senna (não, não esqueci do Pedro Lamy, mas a passagem dele pela F1 não teve tanta importância assim nem é tão recente).

Neste ano, os eventos que foram criados em 2012 devem ganhar em importância e público. Deve gerar mais interesse. Tudo isso para, em 2014, novas marcas chegarem. A Porsche vai entrar na LMP1, a Nissan planeja entrar em 2015. É bom demais para o automobilismo o sucesso do WEC, que é o melhor campeonato para as montadoras que querem se envolver com as corridas para testar novas tecnologias.

Mas bem que…
…as corridas poderiam ser mais longas. Com a saída das 12 Horas de Sebring do calendário, restaram apenas corridas de 6 horas e as 24 Horas de Le Mans. Eu gostaria de ver pelo menos uma corrida de 12 horas, um evento maior. É bom até mesmo para as equipes se prepararem para a etapa mais desafiadora do Mundial.

Três brasileiros na pista em Silverstone
E todos têm chances de vencer. Escrevi sobre isso no meu blog na semana passada. Antonio Pizzonia, de Nissan na LMP2, Bruno Senna, de Aston Martin na GTE Pro e Fernando Rees, no Corvette da Larbre na GTE Am.

LMP2 forte
A LMP2 é a classe que mais tem inscritos em Silverstone. São dez protótipos. Não está na lista, porém, a equipe Starworks, que foi a campeã da temporada 2012.

BR de Marcas
Ricardo Maurício começou o ano pensando em mudar seu approach. Ele não vencia uma corrida desde a Corrida do Milhão de 2011. Mesmo assim, foi vice da Stock Car e campeão do Marcas em 2012. Mas, para esse ano, ele queria vencer mais corridas, especialmente na Stock Car. Ainda não ganhou nela, mas ganhou no Marcas, ontem, em Interlagos. Aliás, um ótimo começo de campeonato para ele, que terminou na segunda posição no complemento da rodada dupla.

17
Esse foi o número de carros que estiveram na pista em Interlagos. O ano passado acabou com 19 carros em Curitiba. 17 não chega a ser ruim, mas seria bom se, na próxima etapa, tivéssemos pelo menos mais dois, para igualar 2012.

Leandro Romera
Conquistou sua primeira vitória no Marcas na tarde de domingo. Aproveitou-se da regra do grid invertido para largar na frente e dominou a prova, sem permitir a aproximação de Maurício. Foi o seu terceiro fim de semana na categoria.

Em Londrina
Prova chata, mas até que interessante da F-Truck. O circuito de Londrina não favorece corridas empolgantes, menos ainda de caminhões. É travado demais. Mas, com a chuva, a disputa se tornou interessante. E, no fim das contas, Régis Boéssio ganhou e não ganhou.

Regulamento mais do que ultrapassado
Essa coisa de dividir a corrida em duas baterias em caso de bandeira vermelha não é nada legal. Por que não fazer igual acontece na F1 ou em outras categorias e simplesmente reiniciar a prova com uma nova largada? Somar os resultados é um anticlímax.

Paulo Salustiano
Mesmo assim, Salustiano está de parabéns. Fez um grande fim de semana. Ele está na equipe campeã de 2012 e mostrando que sua contratação foi merecida. Salustiano liderou os treinos livres e ia dominando a corrida até o momento da chuva. Agora, certamente, ele quer vencer uma sem precisar fazer contas – ser o primeiro a cruzar a linha de chegada na frente.

Teve até bolo nos boxes em Londrina (Foto: Instagram/Fabio Fogaça)

Vida longa ao Caipira Voador
Esse foi o título do post do Fernando Silva no BloGP e diz tudo. Djalma Fogaça completou 50 anos ontem, quando largou em segundo. Mas eu o ziquei, confesso. Tuitei que seria épico vê-lo vencendo numa data tão especial. Nisso, quase que instantaneamente, ouvi o Teo José: “Olha o Djalma Fogaça escapando da pista e vai perder duas posições”. Estou ficando bom em zicar pilotos da Truck. Foi o Danilo Dirani em Tarumã e em Londrina, o Fogaça… quero ver quem será o próximo.

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