Especialista em Endurance, Derani espera melhora de Alonso em Le Mans: “Talento puro, mas chegou cru”

Pipo Derani participou da Corrida de Duplas da Stock Car, abertura da temporada da principal categoria do automobilismo brasileiro, como parceiro de Marcos Gomes na Cimed. Durante sua passagem por Interlagos, comentou seu ano no IMSA e, também, o que vê da ida de Fernando Alonso para o Endurance

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Pipo Derani participou da Corrida de Duplas da Stock Car, abertura da temporada 2018 principal categoria do automobilismo brasileiro, no começo de março, correndo ao lado de Marcos Gomes pela Cimed. Terminou com uma boa sétima colocação, a 11s237 dos vencedores JP de Oliveira e Daniel Serra. 

Em seguida, voltou para a IMSA e, na segunda corrida da temporada, venceu em Sebring pela Tequila Patrón, se recuperando de um começo ruim em Daytona. 

Assuntos não faltaram, então, durante a entrevista que concedeu ao GRANDE PRÊMIO em Interlagos. E ainda deu tempo de palpitar sobre a passagem de Fernando Alonso pelo Endurance neste ano.

Carro de Marcos Gomes e Pipo Derani na Corrida de Duplas (Foto: Bruno Terena/RF1)

Sobre a Stock Car, celebrou a adaptação rápida ao carro, com muitas diferenças em relação ao que está acostumado, o que ajudou no bom resultado. "Esperava um tempinho para conseguir me adaptar, pois é diferente do que eu faço, estou acostumado com protótipo com muito downforce, que freia mais rápido, acelera mais rápido, aqui tem um tempo de rolagem muito maior entre freio e colocar em acelerador, mas foi boa", explicou.

Já sobre o IMSA, contou os motivos que o fizeram ir mal na estreia da temporada, nas 24 Horas de Daytona. E mostrou que esperava recuperação para o restante do ano – o que acabou comprovado com a vitória em Sebring.

"Foi uma pena, Daytona. A gente estava com um carro extremamente competitivo. Tivemos um probleminha na classificação, mas a gente, depois de duas horas de prova, já estava em segundo na corrida. Mas ocorreram muitos problemas de pneu, e a gente foi um deles, a gente teve três furos de pneus e no terceiro tive que fazer praticamente uma volta inteira, isso fez com que a gente perdesse quatro voltas até que conseguisse chegar nos boxes", disse.

Pipo Derani e seus companheiros da Tequila Patrón no pódio das 12H de Sebring (Foto: Twitter)

"Então a partir daquele momento ali, por mais que o carro fosse rápido, a gente estava tentando buscar as voltas para tentar voltar à mesma do líder. E faltando 10 horas de prova infelizmente o motor nos deixou na mão", concluiu sobre a prova que abriu a temporada.

"Mas a gente está com uma expectativa muito boa, terminamos ano passado com vitória em Road América e uma quase vitória em Petit Le Mans, quando acabei sofrendo penalização por um toque com um GT, faltando 10 minutos, que foi realmente muito difícil de aceitar. Mas a gente começou esse ano com um campeonato muito forte, mas com um carro muito competitivo. Uma pena a quebra de motor em Daytona mas estamos confiantes para as próximas provas", seguiu, citando as expectativas para 2018.

"Mas a expectativa em relação ao carro, em termos de velocidade, é muito boa. Óbvio que acho que a gente ainda têm alguns problemas de confiabilidade que tem que se resolvidos, mas não é algo que acontece da noite para o dia", finalizou o brasileiro.

Fernando Alonso em Daytona (Foto: United Autosports)

Fernando Alonso no Endurance
Sobre talvez o fato mais curioso do ano no Endurance, a participação de Fernando Alonso no WEC pela Toyota, além das 24 Horas de Daytona, Derani viu o espanhol como dono de óbvio talento, mas ainda sem a experiência necessária para essa aventura.

"(Em Daytona) Deu para ver um talento puro dele, em termos de velocidade, enfim, extremamente completo. Mas chegou bem cru em relação ao Endurance", analisou.

"No começo de prova a gente teve (a câmera) on-board logo atrás dele e vimos ele cortando as zebras, fazendo coisas que se fazem em corridas de sprint, abusando mais do carro. E eles (a equipe de Alonso) pagaram um pouco o preço por causa disso. A quebra de freio, uma delas, foi por causa disso, uma zebra que ele pegou muito forte", comentou.

Agora, Derani aposta em melhora para Le Mans, após "aprendizado" nos EUA: "Ele vai chegar com uma cabeça um pouco diferente. No Endurance você tem que dosar um pouquinho algumas coisas, não dá paa você ir 100% por 24 horas, porque talvez o carro não aguente, o lado humano acaba tendo queda de performance."

"Eu acho que ele vai fazer muito bem Le Mans com a Toyota, é uma pista mais fácil também, com muito mais retas, Daytona é um pouco complicada, é apertada, cada uma tem suas diferenças. Le Mans é muito mais escura à noite, Daytona é muito iluminada. Agora acho que com um pouco mais de experiência no Endurance ele vai conseguir sobressair", concluiu Pipo

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