GUIA WEC 2018/19: Mundial de Endurance abre Super Season histórica com Alonso e duas edições das 24h de Le Mans

A super temporada do Mundial de Endurance dá o pontapé inicial neste fim de semana em um campeonato que promete ser histórico. Além da mudança no formato de disputa, a categoria se prepara para acompanhar a jornada de Fernando Alonso e brilha ao abrigar duas edições das 24h de Le Mans. O GRANDE PRÊMIO publica a partir desta quarta-feira um guia sobre tudo que é preciso saber do WEC 2018/2019

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O Automobile Club de l’Ouest (ACO), organizador do Mundial de Endurance em conjunto com a FIA (Federação Internacional de Automobilismo), decidiu por fazer acontecer um sonho já acalentado há alguns anos: transformar o WEC em competição bienal, ajustando o calendário num primeiro momento para depois tornar possível o que acontecerá em junho do próximo ano – terminar o campeonato com a disputa das 24 Horas de Le Mans, a principal prova do Endurance, a cereja do bolo.

 
“A história nos mostra que o melhor fica para o final, como nos filmes. Então, parece lógico colocar Le Mans como a última etapa do campeonato”, afirmou Gérard Neveu, CEO do Mundial de Endurance. 
 
Além dessa mudança fundamental para os rumos da competição, outra medida foi determinada para impedir que o campeonato se defina de uma forma antecipada: acaba a pontuação dobrada adotada em Le Mans até este ano. A prova francesa terá um coeficiente de 1.5 em relação aos pontos somados nas demais provas de 6 horas de duração, enquanto o evento de Sebring terá um peso de 1.25.
Gérard Neveu é chefão do WEC e um dos entusiastas da ideia da Super Season (Foto: FIAWEC)
Nesta primeira temporada bienal, denominada Super Season de forma pomposa pelos organizadores, não haverá apenas uma 24 Horas de Le Mans. Serão duas, com a primeira marcada para junho deste ano. O problema, pelo menos para o público brasileiro, é saber que as atenções estarão totalmente voltadas para a Copa do Mundo e a cobertura de mídia, pelo menos por aqui, caminha para ser menor que nos três últimos anos. 
 
Mas para quem é apaixonado por velocidade, isso não importa. Le Mans é um evento que independe da bola rolando na Rússia e sem dúvida será uma corrida tão atrativa quanto a presença em dobro de Spa-Francorchamps no calendário, inclusive abrindo a Super Season no próximo dia 5 de maio, além da celebrada volta de Sebring, nos EUA. As demais corridas serão em Silverstone (Inglaterra), Xangai (China) e Fuji (Japão).
 
A pista da Flórida foi o palco da primeira de um total de 50 corridas disputadas pelo Mundial de Endurance desde 2012. Num esforço conjunto entre ACO, FIA e IMSA, os dirigentes conseguiram fazer com que a corrida do Mundial seja realizada no mesmo fim de semana das 12h de Sebring, mas agora em dia (uma sexta-feira) e formato (1000 Milhas ou oito horas) diferente do anunciado no primeiro calendário, que contemplava a corrida largando de madrugada, cerca de três horas após o evento da IMSA, para 1500 Milhas ou 11 horas de duração.
 
E para o futuro, o que parecia impossível vai acontecer: o Brasil está de volta ao calendário do WEC na Super Season 2019/20, com o retorno das 6h de São Paulo e do Autódromo José Carlos Pace, em Interlagos. Ausente do calendário desde 2014, haverá mais tempo para os novos promotores organizarem tudo como manda o figurino – e assim apagar a péssima impressão deixada nos três anos em que Emerson Fittipaldi esteve no comando do evento. 
 
O calendário da segunda Super Season já está sendo rascunhado e dois meses são cogitados para a realização da prova: dezembro de 2019 ou janeiro de 2020. A partir deste ano, o WEC fará o transporte dos equipamentos via navio, para reduzir custos de frete. Resta saber se o plano será cumprido como se imagina, com um calendário sendo iniciado no Oriente Médio (Bahrein), passando por Ásia (China e Japão), chegando ao Brasil e indo aos EUA para depois voltar à Europa, com o campeonato terminando em Le Mans. A expectativa é essa.
Grid da Super Season do WEC na temporada 2018/2019 do WEC (Foto: FIAWEC)
A primeira Super Season da história do Mundial de Endurance
 
A primeira Super Season do Mundial de Endurance começa com números expressivos. Dentro e fora das pistas. O total de carros confirmados para a temporada inteira é o maior da história. São 36 os inscritos confirmados para os oito eventos do calendário, divididos nas quatro categorias que compõem o WEC. 
 
A LMP1 terá a Toyota correndo de forma solitária como única construtora oficial de fábrica contra uma legião de equipes independentes que apostam em novos projetos para tentar o que, a princípio, parece impossível. Considerando, porém, que a temporada terá duas edições das 24h de Le Mans e que a corrida é o maior calcanhar de Aquiles dos japoneses nas provas de longa duração, não se pode descartar nenhuma zebra.
 
Mas este será um campeonato à feição para um nome brilhar mais do que qualquer outro: Fernando Alonso é a estrela maior da constelação e, justamente por ter assinado com a Toyota, é considerado o favorito.
Toyota é a única montadora da LMP1 na temporada 2018/2019 do WEC (Foto: FIAWEC)
Alonso e a Toyota não são os únicos destaques. Jenson Button, campeão do mundo em 2009 na F1, também acertou sua participação com a SMP. O retorno da Rebellion Racing à divisão de elite do WEC após o título mundial conquistado na LMP2 ano passado chama a atenção, principalmente pela presença de um trio de peso, no qual desponta Bruno Senna, que conquistou em 2017 o seu primeiro título em 14 anos de carreira, junto a outros campeões mundiais e vencedores em Le Mans – o alemão Andre Lotterer e o suíço Neel Jani.
 
Senna é o maior destaque dos brasileiros, mas não estará sozinho. É verdade que Augusto Farfus não disputa em Spa-Francorchamps por conflito de datas com o DTM, mas está assegurado nas demais corridas como piloto oficial de fábrica da BMW. 
 
É verdade também que Fernando Rees rompeu com a Larbre Competition às vésperas do campeonato começar por problemas relativos à perda de patrocínio. Mas o campeonato começa com Pietro Fittipaldi estreando pela DragonSpeed, com André Negrão entre os favoritos ao título da LMP2 e Tony Kanaan participando de duas corridas pela Ford Chip Ganassi Racing. Sem contar que nas 24h de Le Mans estarão dois dos nomes mais talentosos e promissores no Endurance nos últimos anos: o campeão da Stock Car Daniel Serra e Pipo Derani.
 
Além dos novos carros construídos pelos times independentes na classe LMP1, o WEC terá a estreia do modelo M8 GTE da BMW e da nova versão do Vantage da Aston Martin, seguindo a tendência adotada por Porsche, Ford e Ferrari na construção de seus modelos de competição, com um motor montado em posição central-traseira. No caso do tradicional construtor britânico, uma unidade com turbocompressor desenvolvida… pela AMG!
 
O Mundial de Endurance também é democrático pois, ao mesmo tempo que abre suas portas para Fernando Alonso e mantém dezenas de bons pilotos com carreira sólida na modalidade, apresenta um número expressivo de estreantes – sem contar os vários jovens pilotos que viram fechados os caminhos para a Fórmula 1, provando que existe bom automobilismo fora da categoria máxima.
Bruno Senna é o destaque da LMP1 com a equipe Rebellion (Foto: Divulgação/MF2)
E há também os gentlemen drivers da LMGTE-AM, pois sem eles não haveria o grid que o WEC vai apresentar na Super Season e muito menos os apaixonados pelo esporte não teriam vez. “Os carros do Mundial de Endurance são sonhos que você pode tocar”, assegura Gérard Neveu.
 
Pois se alguns sonhos se tornam reais e possíveis, então dá para esperar um grande campeonato, de 86 horas de competição, de 5 de maio próximo a 16 de junho de 2019. 

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