Menos de 1 mês após vergonha na Indy, Alonso vai a Le Mans para concluir ‘Missão WEC’ com título mundial

Fernando Alonso viveu um dos piores momentos da carreira ao não conseguir se classificar para as 500 Milhas de Indianápolis e sequer competir pela Tríplice Coroa, mas rapidamente pode virar a chave e caminhar em busca do título mundial de endurance

ESPECIAL 24 HORAS DE LE MANS

Faz três semanas que Fernando Alonso ganhou o noticiário internacional pelos motivos errados. Quando o bicampeão mundial de Fórmula 1 começou a andar no sábado de definição do grid de largada para as 500 Milhas de Indianápolis já estava na cara que alguma coisa estava errada. O Bump Day provou o ponto: a parceria com a McLaren fracassava novamente e deixava Alonso sair da mesma Indianápolis pela qual declarou paixão em 2017 em vergonha. Menos de um mês depois, a chance é de redenção na Le Mans que lhe tratou com carinho um ano atrás.

 
O objetivo agora é diferente, porém. Ano passado, quando Alonso chegou a Le Mans para disputar as 24 Horas, corria pela Tríplice Coroa. Venceu, colocou o resultado sob o cinto e seguiu na temporada bianual do WEC. É por isso que tenta a vitória em Indianápolis, mas esse peso não existe mais na França. 
 
Alonso está em Le Mans para ser campeão mundial. Num calendário que não é tão cheio assim, é certa sorte que o espanhol tenha tão cedo uma oportunidade para escantear a vergonha deixada nos Estados Unidos. Vencer Le Mans uma segunda vez ou apenas confirmar um título para o qual está bem posicionado vai transformar 'Alonso, A Piada' em 'Alonso, Campeão Mundial' num estalar de dedos.
Fernando Alonso foi eliminado no Bump Day das 500 Milhas de Indianápolis (Foto: Indycar)

Na pista, a situação está a seu lado. O trio formado por Fernando, Sébastien Buemi e Kazuki Nakajima venceu quatro das sete etapas do campeonato e terminou outras duas na segunda colocação; o outro trio da Toyota, composto por Kamui Kobayashi, José María López e Mike Conway, venceu duas etapas, foi segundo em outras três e, com problemas, ficou no sexto posto nas 6 Horas de Spa deste ano. Apenas nas 6 Horas de Silverstone, realizadas ainda no ano passado, nenhum dos trios da Toyota pontuou: ambos foram desclassificados devido a uma irregularidade no assoalho. 

 
Como são os únicos carros híbridos, os protótipos da Toyota não podem ser alcançados em condições naturais – somente, claro, se tiverem algum tipo de problema grave. Mesmo dentro da classe LMP1.
 
O que isso quer dizer? O trio #8, de Alonso, tem 160 pontos no campeonato contra 129 do trio #7. São 31 pontos de diferença. Uma vitória em Le Mans vale 38 tentos, enquanto o segundo colocado fica com 27; o terceiro com 23; o quarto marca 18; o quinto soma 15 tentos; o sexto anota 12; o sétimo, nove; o oitavo, seis. Para que Alonso fique sem o título, terá de chegar numa posição abaixo do sétimo posto – e isso se o trio #7 vencer a corrida.
Fernando Alonso (Foto: Indy)

É seguro dizer que Alonso, Buemi e Nakajima serão campeões mundiais salvo por algum problema bastante grave que prenda o #8 nos boxes da Toyota por várias horas. 

 
Com chances cada vez menores de permanecer para disputar outro campeonato completo no WEC, Alonso já guardou as 24 Horas de Le Mans no bolso e agora deseja sair com tudo feito e o título mundial. É o que vai aplacar o começo terrível de ano, o decepcionante maio e abrir espaço para que possa respeitar seus próprios desejos de fazer outras coisas. Como ele mesmo disse, sobre 2020' "posso fazer uma temporada completa da Indy, da F1 ou em outra categoria". Mas isso só se conseguir sair campeão mundial.

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