Por sonho de Le Mans, Alonso disputa 24 Horas de Daytona em 2018 por equipe de chefão da McLaren, diz revista

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Depois da sua participação no GP dos EUA de F1 no último fim de semana, Fernando Alonso vai voltar em breve ao país para acelerar novamente. Não no Mundial ou mesmo nas 500 Milhas de Indianápolis, prova na qual sua presença em 2018 está descartada por conta de conflitos no calendário com a F1. Mas sim nas 24 Horas de Daytona, icônica prova do endurance, a principal do calendário do SportsCar e que é realizada sempre no começo do ano. O bicampeão do mundo vai correr pela United Autosports, equipe de Zak Brown, seu patrão e chefão da McLaren. A informação foi veiculada nesta terça-feira pela revista norte-americana ‘Racer’.

 

Alonso, que ainda não confirmou oficialmente sua presença em Daytona, tem como maior objetivo na carreira a conquista da Tríplice Coroa. E ela passa, obrigatoriamente, por vencer as 24 Horas de Le Mans, a mais importante e tradicional prova de resistência do automobilismo. Mas Fernando não deseja chegar ‘cru’ a Sarthe e busca em Daytona acumular alguma experiência nos protótipos antes de dar o próximo passo.

O cronograma de preparação de Alonso já está traçado. Seu primeiro teste com o carro vai ser ainda na Europa, uma semana depois do GP de Abu Dhabi, prova que encerra a temporada 2017 da F1, em 26 de novembro. Antes, um dos seus parceiros na sua aventura em Le Mans vai fazer outro teste. Lando Norris, novo campeão da F3 Europeia e protegido da McLaren, vai guiar o protótipo em 7 de novembro em Paul Ricard, na França.

 

A programação das 24 Horas de Daytona é bastante peculiar, já que compreende a realização de treinos logo nos primeiros dias de janeiro, entre 5 e 7, enquanto a corrida em si está marcada para o último fim de semana do primeiro mês de 2018, entre 27 e 28. São dias que Alonso vai ter para se acostumar ao carro e à pilotagem do protótipo em si. Tudo para desenvolver seu talento visando a disputa das 24 Horas de Le Mans.

 

Em Austin, Alonso foi perguntado sobre o tema e, ainda que não tenha confirmado sua participação em Daytona, disse que trata-se de uma experiência importante, tendo como base sua presença na Indy 500 neste ano, sem ter feito nenhuma outra corrida antes em um circuito oval. “Como disse muitas vezes, a Tríplice Coroa é o objetivo principal. Sei que as 500 Milhas de Indianápolis foram uma coisa muito legal e me senti muito competitivo, mas foi um desafio começar do zero, sem testes ou sem uma experiência parecida de corrida antes da Indy 500 em outro oval, foi um enorme desafio”, comentou.

 

“Fui competitivo e me senti muito bem, mas se eu quero me preparar para Le Mans, talvez haja outras possibilidades para me preparar um pouquinho melhor do que foi para as 500 Milhas”, acrescentou.

 

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De acordo com a ‘Racer’, Alonso ainda não tem contrato para correr em Le Mans neste ano. A United Autosports é uma equipe da classe LMP2. Quanto à categoria principal da prova, a LMP1, há uma indefinição sobre o futuro da Toyota, que só vai anunciar seus planos nas próximas semanas. A marca japonesa é a única grande fábrica com presença garantida depois da saída da Porsche confirmada para o fim da temporada.

Em um passado recente, mais precisamente em 2015, Alonso teve sua participação em Le Mans vetada pela Honda. O bicampeão seria o escolhido da Porsche, que trouxe Nico Hülkenberg para o seu lugar. O alemão ajudou a tripulação a conquistar a vitória na edição daquele ano em Sarthe.

 

A United Autosports deve alinhar dois carros em Daytona. Em um deles, Alonso vai correr ao lado de Lando Norris e de Phil Hanson, enquanto a novidade no segundo carro vai ser a presença de outro piloto com passado na F1, Paul di Resta, que luta para voltar ao grid e é um dos candidatos a uma vaga de titular na Williams. O escocês vai correr ao lado de Will Owen. Mas a tripulação dos dois protótipos só vai ser mesmo definida nas próximas semanas.