Toyota vive novo drama em Le Mans, perde dois carros na 11ª hora e Porsche toma liderança. Senna vai ao top-3 geral

Entre os brasileiros, Bruno Senna e Nelsinho Piquet seguem na briga pela vitória da LMP2. Com Nicolas Prost no comando, o Rebellion #31, de Senna, segue na liderança. O mesmo vale para o Aston Martin #97 de Daniel Serra na GTE Pro. Serra foi extremamente consistente e entregou para Jonathan Adam ainda na liderança. 

 

A maior batida até agora ficou a cargo de Simon Trummer, piloto da Manor ORECA. Uma pancada com o carro da P2, mas sem maiores desdobramentos físicos. No geral, ainda é uma corrida com poucas paradas por bandeiras amarelas e safety-car. Desde as 21h deste sábado (17), Rodrigo Mattar, comentarista dos canais Fox Sports e dono do blog A Mil Por Hora, comenta em tempo real parte da prova no GRANDE PRÊMIO. Siga tudo AO VIVO.

Confira como foi o segundo quarto das 24 Horas de Le Mans

 

A briga na classe P1 era pelo segundo lugar logo depois da marca das 6h de corrida. Nakajima cercou Lotterer da forma como foi possível e demorou mais de 20 minutos de pressão, mas enfim passou. Com Sarrazin comandando o Toyota #7 na frente, agora Sarthe via 1-2 da marca japonesa. Imediatamente Nakajima abriu, mostrando como a Toyota era mais rápida. O japonês superava o #7 e abria a briga para apenas 14s de diferença.

 

Depois de mais uma parada nos boxes, o Porsche #1 voltava ao segundo posto, porém. Buemi, agora no comando do Toyota #8, logo se recuperou e tomou de Jani a segunda colocação. Buemi começou a conversar com a equipe certo de que algo estava errado com o carro. A equipe certificou que não era eletrônico e, embora pudesse ser mecânico, nada tinha sido notado na telemetria. Até os freios entrarem em chamas. Era o primeiro problema sério da Toyota.

 

Buemi e o Toyota #8 saíram da volta do líder, que ficou apenas para o Toyota #7 e o Porsche #1. O primeiro safety-car da prova – por conta de batida da GTE Pro – fez com que a diferença entre Conway e Jani subisse para 2min44s. Piorou ainda, porque Jani rodou quando entrava no pit-lane para entregar o #1 para Tandy. A situação era brilhante para o #7. Conway entregou o carro para Kobayashi e jamais esperaria o que aconteceu em seguida. 

 

Com problemas na embreagem, o Toyota #7, então líder com ampla vantagem, foi parando. Tentou reiniciar e levar ao pit-lane com um máximo de 11 km/h. “Não consigo andar, não consigo andar”, dizia Kamui no rádio. Depois de algumas tentativas de reiniciar o carro, Kobayashi capitulou. Saiu, brincou com a torcida e foi embora pela noite francesa. Fim de corrida e, aparentemente, retorno da maldição da Toyota por mais um ano.

O Porsche #1 chegara a ficar 6min atrás, mas agora liderava com uma volta de vantagem para o Toyota #9. Atrás deles na classificação geral, carros da P2. O #7 estava parado na pista e sem piloto; o #8 voltava após duas horas de pit-stop. O que faltava? O #9. No começo da volta, Lapierre teve um furo de pneu após contato com o Villorba Ligier #47. Os danos subsequentes eram grande demais: 0 #9 estava fora da disputa, e simplesmente assim encerrava as chances de a Toyota vencer Le Mans em 2017. Nos boxes, Conway aparecia aos prantos, enquanto Hughes de Chaunac tinha feição de completo desespero e incredulidade.

 

Tandy e o #1 passaram a ter um mar de P2 atrás. A liderança era de incríveis oito voltas.

 

Enquanto isso, na P2, apenas seis carros seguiam na volta do líder #31 – que tinha Senna no volante. Piquet, no Rebellion #13, seguia Senna de longe, 51s atrás. E crescia a cada vez que uma slow zone entrava no caminho. Ao fim da sétima hora, mais de 1min30s separava primeiro e segundo colocados. E mais uma zona lenta foi encarada quando a Bratislava Ligier #49 saiu da pista.

 

Situação pior para o #31 foi na metade da oitava hora, quando Senna precisou cumprir um drive-through e seguiu para os boxes. O Rebellion #13 também parou, deixando Oliver Jarvis e o Jackie Chan DC Oreca #38 na ponta momentaneamente. Quando parou, quem voltou para a frente foi Piquet e o #13. 

Um pouco mais atrás, Patrick Lafargue rodou com o IDEC Ligier #17 e caiu ainda mais nos quadros da categoria. E a briga pelo quarto posto da classe esquentava. No Manor ORECA #24, Trummer segurava Panciatici e o Signatech ORECA #35 – também de André Negrão.

 

Beche assumiu o #13 de Piquet após um pit-stop em que a Rebellion não conseguiu mudar os problemas que apresentava na luz do lado esquerdo da traseira. Mas o tempo de tentativa da equipe acabou atrasando o #13 e recolocando o #31 na liderança. Senna tinha mais de 1min de frente quando parou e saiu do carro para Prost assumir. 

 

Os problemas dos Toyota #7, #8 e #9 fizeram com que tanto o #13 quanto o #31 estivessem no pódio geral de Le Mans naquele momento. Caso alguma coisa não saia muito errado, ao menos dois carros da LMP2 estarão no pódio geral. Outro momento digno de nota foi a forte batida de Trummer, que deixou a disputa com a Manor.

A classe GTE Pro começou o segundo quarto com Sam Bird, na Ferrari #71, sendo punido por uma série de desobediência dos limites da pista – mesma coisa na sequência para o Porsche #91 de Makowiecki. Após sete horas de corrida, todos os carros da GTE Pro ainda vivos na disputa estavam na mesma volta.

 

A forte disputa tinha o Aston Martin #97 e o Ford #67 nas primeiras colocações, com Turner e Priaulx. Logo, o Corvette #64 com Milner rodou nas Curvas Porsche e tocou o muro. Tentou se recuperar e foi novamente rodar. Serra voltou ao #97 e liderava a corrida após 8h30min. Logo atrás dele, Christensen e Tincknell brigavam pelo segundo lugar da classe. Tincknell entregou para Derani após perder o segundo posto.

 

Depois de Serra entregar o carro para Adam, o #97 deixou a ponta. Calado passou o #97 e assumiu a ponta após o Porsche #92 parar nos boxes. Na seguida, Adam e o #97 voltaram a liderar. Mudança frenética acontecia na GTE Pro. Com tudo restabelecido, Jonathan Adam retomava a ponta para o #97.