Ferrari destaca “potencial” da Toyota em Interlagos e desabafa: “Está faltando algo”

A Ferrari chegou a Interlagos confiante pela vitória em Le Mans, mas não teve chances nas 6 Horas de São Paulo e viu a Toyota dominar. Após a prova, o dirigente Ferdinando Cannizzo buscou explicações para o resultado ruim

As 6 Horas de São Paulo não foram fáceis para a Ferrari. Distante da vitória a todo momento, a equipe italiana não conseguiu aproveitar o embalo depois de Le Mans e viu um desfile da rival Toyota em Interlagos, com direito à primeira dobradinha dos japoneses em 2024 no Mundial de Endurance (WEC).

A Ferrari saiu de Interlagos com o quinto lugar com o carro #51 enquanto o outro bólido, o #50, ficou na sexta posição e com uma volta de atraso em relação ao vencedor. Após a prova, o diretor-técnico Ferdinando Cannizzo buscou explicações em coletiva que contou com presença do GRANDE PRÊMIO.

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“Os pilotos notaram uma melhora na telemetria, isso é bem claro, então o impacto [das atualizações] é positivo. Eles se sentiram bem, acreditam que se sentindo mais habituados com esse pacote pode gerar um ganho de alguns décimos. O pacote é novo, mas, definitivamente, algo melhor pode ser feito”, disse o dirigente.

“Acho que estamos atrás [da Toyota] em tudo, sim. Em stints duplos, nosso ritmo era parecido, em termos de degradação [dos pneus] era igual ao deles. O problema é que, em média, fomos pelo menos 0s8 mais lentos. Agora nosso maior desafio pela frente é manter os pés no chão, digerir isso e melhorar nas próximas corridas para sermos competitivos novamente”, seguiu.

Ferrari #50 sequer teve chance de vitória nas 6 Horas de SP (Foto: Bruno Terena/GRANDE PRÊMIO)

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Cannizzo, no entanto, destacou a reação da Toyota nas últimas etapas da temporada 2024 do WEC, com vitória em Ímola e bom rendimento em Le Mans. Além disso, a Ferrari recebeu o maior aumento de peso no Balanço de Performance para a prova brasileira.

“O meu ponto é que a Toyota estava sofrendo no começo da temporada, apesar de ter sido muito rápida no ano passado nas mesmas pistas. Agora, do nada, depois de Le Mans começamos a ver o verdadeiro potencial da Toyota. Essa é a nossa dúvida”, destacou.

“O cobertor é muito curto. Se você puxar de um lado, você acaba se punindo em outro canto. Não estou dizendo que falta espaço para evolução, apenas que está ficando muito difícil porque fica claro que está faltando algo e não é apenas ajuste do carro”, finalizou o diretor.

O Mundial de Endurance (WEC) retorna de 30 de agosto a 1º de setembro em Austin, com a Lone Star Le Mans, sexta etapa da temporada 2024. O GRANDE PRÊMIO transmite a prova AO VIVO e COM IMAGENS.

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