Alguersuari dispensa F1 e vê F-E como categoria que "acredita no romantismo do talento e no fator humano"

Jaime Alguersuari não pensa mais em um futuro na F1, da qual está afastado desde o final da temporada de 2011. Para o piloto, o romantismo da F-E faz da categoria dos bólidos elétricos uma alternativa mais atraente e com mais liberdade

No que depender de Jaime Alguersuari, a F-E será a realidade por bastante tempo no lugar da F1, da qual ele parece ter se desprendido. O piloto espanhol, ex-membro do programa de desenvolvimento de pilotos da Red Bull e que guiou na F1 por três anos entre 2009 e 2011, fez quase uma declaração de amor à nova categoria do automobilismo mundial.
 
Perguntado se realmente não deseja retornar à F1, Alguersuari afirmou que sim. Disse que quer participar de uma categoria mais romântica, onde a capacidade de fazer dinheiro não seja mais importante do que o interesse em produzir automobilismo de primeira linha.
 
"Claro. Quero me dedicar a um esporte que ainda acredita no romantismo do talento, na experiência e no fator humano. Quero ver um esporte em que negócios são importantes, mas o esporte também. Por isso estou bem aqui. Confio no projeto e acredito que posso apenas crescer", afirmou em entrevista ao site 'Motorsport.com'.
 
"A F-E tem nada em comum com a F1. Quem corre na F-E sabe o que quer e o que não quer do projeto. Temos que voltar ao jeito como éramos com os carros, acidentes, ultrapassagens. As pessoas querem se divertir, querem diversidade. Não querem ver alguém ganhar a prova na primeira volta", falou.
Jaime Alguersuari não pensa em F1, só em F-E (Foto: Getty Images)
"Aqui é assim. Uma corrida dinâmica onde muito acontece. Onde cada piloto é profissional, onde os times e as marcas são profissionais e acreditam nisso como uma base de marketing futura que afete as vendas de carro. Isso é o que a F1 deveria ser", seguiu. 
 
Na sequência, o piloto da Virgin na F-E ressaltou a importância de não estar guiando por uma equipe que precise de retorno imediato para sobreviver. 
 
"Estou guiando por uma marca, aqui. Não para algum investidor privado ou intermediário. Isso é importante. As pessoas que entendem automobilismo e quem gerencia corridas. Fazer dinheiro, mas fazendo o esporte, porque quero encarar os melhores dos melhores. Para mim, o futuro é absolutamente a F-E. Acredito nisso 100%.
 
Falando sobre o que o atraiu para a F-E e a Virgin, Alguersuari citou a motivação. Falou que encontrou um grupo animado e confiante, o que fez grande diferença.
 
"Eu gostei da motivação da equipe. Gosto de pessoas motivadas, que acreditam, que confiam num projeto como esse. Descobrimos o projeto quando vimos o carro, porque você não sabe o que o F-E é até guiar o carro", disse.
 
"É um carro complicado. Usamos pneu de rua, o carro fica mais pesado, temos menos aerodinâmica e precisamos guiar de uma forma muito diferente, especialmente porque a chave é salvar energia e usar esses 28 kw que você tem da melhor forma possível. É a chave", seguiu.
 
Alguersuari, piloto mais jovem a guiar num GP da F1 até que Max Verstappen estreie na próxima temporada, marcou 26 pontos nas quatro primeiras etapas da história da F-E, sendo o sétimo lugar na classificação geral.
MUDOU DE IDEIA
Embora sempre tenha se posicionado contra o descongelamento do desenvolvimento dos motores na F1, Toto Wolff, chefe da Mercedes, acredita que a decisão da FIA vai favorecer os atuais campeões no futuro, porque agora vão ter a chance de aperfeiçoar o já poderoso motor V6, além do próprio carro, e isso vai representar uma grande vantagem frente aos adversários, especialmente se levar em conta o domínio que a equipe alemã impôs durante a temporada 2014.
 
No início deste mês, a entidade que rege o esporte reconheceu que havia, de fato, uma brecha no regulamento que limitava a evolução das unidades de força e acabou acatando o pedido de Ferrari e Renault para a regra fosse revista. A única fornecedora de motor que está fora da nova diretiva técnica é a Honda, que vai entregar motores à McLaren neste ano.

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ABERTA A MUDANÇAS
A FIA (Federação Internacional de Automobilismo) disse que está aberta a ajustes com relação ao novo sistema para a obtenção da superlicença na F1, especialmente se ficar clara a necessidade de alguma alteração no que diz respeito às categorias de base.
 
Como parte de um esforço para reforçar os critérios para a aquisição da licença obrigatória da F1, a entidade máxima do automobilismo implantou uma idade mínima para os pilotos, além da exigência de 40 pontos somados em campeonatos de acesso. Porém, as categorias escolhidas e a pontuação atribuída a elas tem causado controvérsia, principalmente por causa da F-2, que sequer existe e que possui o valor máximo em pontos.

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TEM APELO
Fornecedora única de pneu na F1, a Pirelli entende que o retorno de pneus mais largos na F1 para os próximos anos pode ajudar a aumentar o espetáculo e tornar as corridas mais atraentes.
 
Tanto a FIA quanto as equipes, atualmente, trabalham em propostas que tornem o esporte mais emocionante e que dificultem mais a vida dos pilotos. Entre as sugestões estudadas, está o aumento na largura dos pneus, o que ajudaria a melhorar a aderência dos carros em curvas. Motores de 1.000 cv também estão na pauta.

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