Carro inferior empurra Di Grassi a Londres por título de uma F-E que fica “mais importante a cada ano”

Lucas Di Grassi vira a chave mais uma vez. Agora, depois de Le Mans e de uma passada na categoria-escola da Audi, está em Londres. Tem a decisão da F-E no final de semana, e ele chega para a rodada dupla que decide a temporada. Di Grassi, no ano de sua carreira, chega com um ponto de frente para Sébastien Buemi. São 60 em disputa. Será, ao menos até aqui, o grande momento da carreira do piloto da Audi ABT

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Uma ligação na terça-feira à tarde. A pergunta para Lucas Di Grassi, dias antes de um dos grandes momentos de sua carreira sobre onde ele está. Afinal, Lucas mora em Mônaco, estava em Le Mans dois finais de semana atrás e, apenas dois dias antes, correra em Nuremberg pela Audi TT Cup, uma categoria-escola da Audi. Pode parecer estranho, mas foi um convite da Audi para promover a categoria na corrida que embarcou com o DTM na casa da montadora. Di Grassi confirma que já está em Londres, foi para lá passar a semana mesmo antes de tudo que ainda não está na cidade chegar. Afinal, a consagração espera ao contornar a esquina. A F-E termina no domingo e pode dar a Lucas uma primeira conquista internacional de categoria de ponta. Uma que faz tempo que ele merece.

 
Ao GRANDE PRÊMIO, Di Grassi falou das expectativas para o embate com Sébastien Buemi e o motivo pelo qual o título da segunda temporada do campeonato dos bólidos elétricos é, em sua opinião, mais importante que o da primeira. O que ele não acredita, no entanto, é que vive seu melhor momento em questão de desempenho. Os resultados estão vindo para ele desde o começo da temporada da F-E, também no WEC e onde mais ele anda. É que a boa pilotagem enfim se encontrou com vários níveis de bons carros. Os lugares agora são os certos quando antes não os eram.
Lucas Di Grassi festeja vitória no eP de Paris da F-E neste sábado (Foto: Getty Images)

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“Eu acredito que não [é minha melhor fase]. Desde quando eu estava na F1, talvez, estou na mesma forma. Acho que a experiência te faz amadurecer um pouco e a vantagem esse ano é que eu tenho carros bons, tanto no WEC quanto na F-E, e eu tenho tido menos azar", defendeu. "Por exemplo, meu segundo ano em Le Mans, 2014, estávamos em posição de vencer e o turbo quebrou com duas voltas para o final. Depois, no WEC, tivemos um ano muito ruim na confiabilidade, quebramos em oito de nove corridas. Esse ano está melhor, vencemos em Spa sem problemas, tivemos problemas em Le Mans mas terminamos num bom lugar [terceiro]”, disse.

 
“Na F-E, conseguimos desenvolver um carro bom. Não que tenha mudado muito, na primeira temporada, com os carros mais ou menos iguais, nós tivemos chance de vencer o campeonato de forma até mais fácil que esse ano. Não fosse o problema mecânico da quebra de suspensão em Buenos Aires e a desclassificação em Berlim, seriam provavelmente mais duas vitórias. Eu podia ter ganho de uma maneira até razoavelmente fácil”, falou.
 
Nos últimos meses, na realidade desde outubro do ano passado, começo da F-E, Di Grassi venceu quatro corridas dos bólidos. Uma delas, no México, tirada por um erro pueril da equipe. Venceu também as 6 Horas de Spa-Francorchamps, o que coloca seu trio da Audi na segunda colocação do Mundial de Endurance. Mas o erro do México ainda incomoda ao menos um pouco. Afinal, o campeonato poderia estar em suas mãos neste momento.
 
“E esse ano demos azar no México com a história da desclassificação. Foi um erro do meu engenheiro, mas um erro por 1,5 kg num carro de 890 kg é um erro marginal, ele foi um pouco otimista. E, no WEC, a Audi fez um carro melhor que o do ano passado e nós tivemos resultados melhores. Acho que eu como piloto estou fazendo um bom trabalho como nos últimos anos, mas os resultados estão aparentes”.
Lucas Di Grassi puxa o pelotão na largada da F-E em Paris neste sábado (Foto: Getty Images)

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Lucas tem bons resultados na carreira, é inegável. Passou perto do título na F3 Europeia, na GP2, mas a F-E seria seu grande título. O piloto se nega a cravar que vencer a categoria vai ser sua grande conquista. Na realidade, projeta mais coisa para o futuro. Próximo a completar 32 anos de idade e com contratos de longa duração com uma grande montadora, pensa em títulos futuros. O WEC e as 24 Horas de Le Mans decerto são vitórias que ele espera ter um dia em sua coleção. Mas vencer um campeonato onde não tem o melhor carro do grid claramente é algo que o motiva.

 
“Ganhar a F-E será bastante importante – e a cada ano vai ficar mais. Sem dúvida, ganhar esse ano é algo para o que eu trabalhei muito. Fiz um campeonato bom, por enquanto, e, mesmo com um carro inferior que o Buemi, eu consegui melhores resultados e estou um ponto à frente. Ganhar é sempre bom, mas ganhar com um carro que não é tão competitivo tem mais valor e gosto ainda. Sem dúvida seria um grande resultado. Não o mais importante da minha carreira, porque eu ainda acho que tem resultados mais importantes para vir, mas certamente um dos grandes da minha carreira”, avaliou.
 
E lembrou da mudança que a FIA fez no sistema da superlicença. Agora, segundo o sistema de pontos do órgão máximo do automobilismo mundial, a F-E vale tanto quanto o Mundial de Endurance e a Indy. Para Di Grassi é a chancela de algo que já foi percebido mundo afora: a F-E é para valer.  “Ainda mais agora que a FIA anunciou que a F-E tem o mesmo passo que o WEC e a Indy. Isso é grande no reconhecimento do quão difícil é o campeonato”.
 
“O reconhecimento é importante para a mídia em geral. A mídia brasileira até que dá uma certa importância, mas a europeia dá muita importância para a F-E. A FIA acabou de chancelar a opinião deles ao colocar a F-E no mesmo nível de um Mundial de Endurance e da Indy. É nada mais que um reconhecimento para um campeonato que tem apenas dois anos de idade e já está num nível tão alto”, opinou.
 
Mas é só a curiosidade e a chance que realmente importam no formato novo da obtenção de superlicença para Lucas. “Na minha carreira não faz diferença nenhuma [a superlicença]. Eu já tive a superlicença por três anos, 2008, 2009 e 2010. E isso não é o que faz diferença na F1 hoje, o que faz é ter um patrocinador de $ 10 milhões. Se eu tivesse isso, escolheria onde andar. Que é o caso de todos os pilotos que andam em equipe do meio do grid para trás”, falou. 
 
É impossível esquecer que perder o título da primeira temporada da categoria para o arquirrival Nelsinho Piquet tem de ter sido dolorido para um piloto que viu uma vitória inconteste como a de Berlim cair por terra por um erro bobo cometido pela Audi ABT. Uma aleta modificada, que nada influenciou em sua atuação naquele dia, o privou de 25 pontos e de chegar a Londres numa situação mais confortável olhando para a briga com Piquet e Buemi. E o mero caráter evolucionista da categoria, com mais compreensão técnica e menos problemas, mais autonomia e menos limites, torna, para o piloto da Audi, o título da segunda temporada mais importante que o da primeira.

“Sem dúvida [é mais importante]. Porque foi um desenvolvimento bem mais complicado, por causa dos próprios trens de força, um campeonato muito mais difícil porque os carros evoluíram, os pilotos evoluíram. Na primeira temporada estava todo mundo descobrindo a F-E ainda, muitas questões mecânicas, problemas de suspensão – como o meu -, superaquecimento de bateria. Esse ano foi muito mais tranquilo nesse aspecto. Todo mundo evoluiu muito e o campeonato ficou mais difícil. Tem gente que chegou na F-E há dois anos e só está conseguindo chegar ao pódio agora, ou nunca chegou. Pilotos consagrados…”, avaliou.
Lucas Di Grassi durante o eP de Paris da F-E neste sábado (Foto: Getty Images)

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“O Robin Frijns, que venceu em todas as categorias que correu, que bateu um dos melhores pilotos da nova geração que vinha chegando, na minha opinião, que era o Jules Bianchi. Ele ganhou do Bianchi na World Series, cara super forte, que em condições normais estaria na F1, mas está na F-E e vendo dificuldades. Fez um pódio na Malásia, mas é um cara novo e talentoso e vendo dificuldade”, recuperou. 

 
“Você vê, por exemplo, um cara como o Oliver Rowland, campeão ano passado na World Series, talentoso, chegou lá e não conseguiu resultado. Andou em último em Punta del Este. O René Rast, piloto muito rápido, ganhou provas importantes do GT, as 24 Horas de Nürburgring, por exemplo, é nosso reserva na Audi e também não conseguiu resultado. Acho que, por essa dificuldade e evolução, o campeonato tende a ficar cada vez mais forte. Esse ano que o do ano passado; o do ano seguinte mais ainda”, reforçou.
 
Um ano atrás, a F-E chegou a Londres numa disputa que era tripla pelo título. Di Grassi acabou caindo para trás de Buemi e Piquet logo na primeira corrida da rodada dupla. Apesar da experiência, ele não carrega nenhuma lição de troféu perdido. As circunstâncias, ele lembra, não ajudaram. 
 
“Não [levo lições], ano passado foi completamente diferente. Um dos motivos pelos quais eu perdi o campeonato, a má sorte que eu dei, foi que choveu em Londres na classificação. E eu estava no grupo em que choveu. O melhor resultado que eu poderia ter tido era exatamente o 11º lugar do grid. Isso atrapalhou muito, então além de ter perdido 25 pontos em Berlim e ter chegado a Londres para fazer todo um trabalho, ainda tive que encerar isso na classificação”, relatou. 
 
O que leva de julho de 2015, então, é que a sorte é necessária. Ou pelo menos o não azar. “No primeiro dia eu estava no primeiro grupo, e a pista estava bem suja, e no segundo dia eu fui o último, que teoricamente é o melhor, mas choveu no terceiro grupo. Eu acabei sendo o melhor da chuva, fui o 11º lugar. Existem esses fatores aleatórios que podem definir o título. Sempre, claro, tentamos fazer o melhor trabalho, mas tem certas questões que fogem do nosso controle”.

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Seu único rival na disputa pelo título é Buemi. O suíço tem ao seu lado o carro mais forte do grid, o empurrão da Renault e as fichas de Alain Prost. Menos de duas semanas atrás, na mesma edição das 24 Horas de Le Mans em que o trio de Lucas terminou indo ao pódio, Sébastien vencia pela Toyota até quatro minutos para o fim. Nas mãos de Kazuki Nakajima, o carro japonês quebrou. Uma das derrotas mais cruéis da história do esporte a motor, mas Di Grassi não acha que vai afetar o helvético.

 
“Difícil responder por outro piloto. Não sei o que passa na cabeça dele, é difícil comentar. Eu acho que pilotos experientes, como é o caso dele, um piloto bem versátil, muito rápido sob qualquer condição, resistem. É forte no WEC, na F-E. O vejo como um cara de nível internacional, um dos 30, 40 melhores pilotos do mundo hoje. Acho que ele tem totais condições de deixar Le Mans para trás e buscar o título da F-E da melhor forma possível. Acho que [uma derrota] não faz tanta diferença assim numa corrida futura”, livrou o rival.
 
No ano passado, quando Buemi escalava o pelotão para ser campeão, parou em Bruno Senna. O brasileiro segurou uma e.dams transloucada que estava a um ponto do título. Um ponto que jamais chegou, porque Senna foi o escudeiro de Nelsinho e garantiu o título do compatriota. E se Di Grassi precisasse de um parceiro?
 
“Eu acho que ninguém. Minha ideia é ganhar na pista. Se alguém me ajudar eu vou agradecer, óbvio. O Bruno [Senna] é um grande amigo, o Loïc Duval é meu companheiro no WEC. Tem vários pilotos que podem fazer alguma coisa, mas eu não vou contar com isso. Vou contar que o mérito é meu e vou ganhar o campeonato na pista – com um carro inferior, o que é ainda mais difícil”, levou na esportiva.
Num país que ainda olha para a F1 como um eldorado, o segundo título da F-E em anos consecutivos pode não significar algum grande passo no momento, mas é uma ponte, quem sabe, para um futuro de mais atenção para categorias protagonistas ainda tratadas por aqui como periféricas. É, ao menos, o que espera o piloto.
Lucas Di Grassi em Long Beach (Foto: Formula E)
“Sempre é bom ter resultados. O campeonato, em si, sempre ajuda. Mas o Brasil estar sempre vencendo provas, campeonatos, ajuda a promover a categoria. A mídia, uma das coisas mais importantes, é muito focada na F1. De uma maneira até bem excessiva comparada ao Japão, Europa, Estados Unidos. É muito mais focada nesse nicho. Mas dá para entender, porque nós tivemos resultados muito bons na F1 nas décadas de 1970, 80 e 90, e isso gerou um legado. Mas, hoje em dia, apesar do Massa e do Nasr, os dois não estão tendo resultados tão expressivos, porque há uma discrepância muito grande entre as equipes. E tem outros pilotos no DTM, eu no WEC, na F-E, vários outros bons pilotos que não recebem a atenção necessária”, analisou.
 
“Por causa desse legado da F1 e do entorno do público, a mídia acaba obrigada a vender F1. Não é culpa nem da mídia, nem do público. É uma questão desse legado, da cobertura da Globo com a F1 também”, prosseguiu.
 
“Tendo bons resultados na F-E ajuda a promover o campeonato e, se Deus quiser, no futuro, com a economia brasileira melhorando, quando acertarem a parte política, financeira, o mercado financeira e estratégico do Brasil, que sabe podemos fazer uma prova de F-E no país. E manter a F1, que está ameaçada, talvez trazer o WEC de volta. A F-E, com três brasileiros no grid aqui, seria sensacional. Mas isso é mais tarde, a curto prazo acho que não muda nada de ter dois títulos em anos seguidos ou não”, disse.
 
Em algumas poucas horas, os monopostos elétricos estarão desfilando no Battersea Park, em Londres, para definir se Di Grassi ou Buemi entra para história como o campeão. Mas com oito pódios em oito corridas, desclassificação à parte, quase nenhum erro e momentos de extrema categoria para chegar com um campeonato disputado contra alguém dotado de um carro tão mais veloz, é difícil argumentar contra um fato: Lucas é o piloto da temporada da F-E. E será assim ainda que perca no fim das contas, salvo um equívoco muito grande. O mantra de marcar o maior número de pontos que se apresentar durou o ano todo quase que à perfeição, é difícil ver cair por terra agora. 
 
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