5 coisas que aprendemos no GP da Cidade do México, 20ª etapa da Fórmula 1 2024
A atuação brilhante de Carlos Sainz manteve a Ferrari vivíssima na busca pelo título do Mundial de Construtores. Mas há disputa também no Mundial de Pilotos, já que Lando Norris tirou bons 10 pontos de Max Verstappen na tabela
O GP da Cidade do México deste domingo (27) foi muito melhor que a encomenda. A prova entregou emoção e, principalmente, caos, certamente rendendo assunto pelos próximos dias. Carlos Sainz venceu em atuação de gala, colocou a Ferrari de fato na briga pelo título do Mundial de Construtores, mas tirou de vez Charles Leclerc da zona de conforto.
Por falar em zona de conforto, que tal Max Verstappen? O neerlandês parece querer arranjar sarna para se coçar e, mesmo com um título que está nas mãos, vai se complicando com atitudes questionáveis e rebeldia. Não parece ser o caminho mais fácil.
Melhor para Lando Norris, que deixou o México com um fiapo de esperança um pouco maior do que tinha até então. Em segundo, o inglês viu Max chegar em sexto depois de 20s de punição e tirou quase a quantidade de pontos que precisava na etapa. Ainda tem de tirar mais, mas está vivo.
O GRANDE PRÊMIO separou cinco coisas que aprendemos no GP da Cidade do México, 20ª etapa da Fórmula 1 2024:

Sainz brilha e coloca Ferrari no páreo dos Construtores. Mas mexe com Leclerc
A Ferrari ganhou mesmo nova vida na batalha do Mundial de Construtores e isso passa também pela ótima fase dos pilotos. O carro renasceu depois das férias e se tornou, em determinados momentos, melhor até do que a flecha laranja da McLaren. Só que o México apresentou ainda um Sainz que estava em modo voraz, impondo pressão desde a classificação e, na corrida, mesmo fazendo largada ruim, tomou controle das ações e marchou para vitória incontestável. Há apenas um porém aí: Leclerc não gostou nada de perder e não fez questão alguma de esconder isso publicamente, ignorando o companheiro na celebração. Pode ser um problema na caçada à McLaren.
Verstappen perde prumo de novo e parece procurar sarna para se coçar
Está difícil entender exatamente o que Verstappen vem fazendo. É verdade que o carro da Red Bull está muito aquém do que deveria e não faz frente ao poderio atual de Ferrari e McLaren, mas o neerlandês parece perder de vista o tamanho da vantagem que construiu. Ninguém gosta de ficar perdendo, menos ainda quem se acostumou a vencer de forma acachapante seguidas vezes, mas Max está quase que fora de controle em alguns momentos. Tomou merecidos 20s por gerar o caos no ataque de Norris e perdeu, pelo menos, duas posições que jamais perderia em condições normais. É hora de administrar melhor um campeonato que ainda está praticamente ganho. E muito pelos méritos dele que vêm de meses atrás.
Norris desconta vantagem, mas agora precisa pensar em só vencer
Norris conseguiu descontar um pouco da vantagem de Verstappen depois das punições do rival, mas, de novo, não conseguiu vencer a prova. A menos que Max resolva ser punido sempre e, assim, ficar atrás até das Mercedes, Lando vai precisar de mais. Não tem muito segredo: é vencer tudo daqui para frente e esperar ver o que rola com o rival. São 47 pontos de atraso, ou seja, uma média ali de 12 a serem descontados por etapa. E isso sem parecer que Oscar Piastri vai fazer algum esforço para ajudar.
Longe de todas as brigas, Mercedes protagoniza divertido duelo interno
A Mercedes viu seus pilotos protagonizarem talvez a briga mais bonita da corrida. Lewis Hamilton atacou muito, George Russell defendeu como dava e, no fim, melhor para o heptacampeão, em um suado e positivo quarto lugar. Aqui, é bom deixar claro: os prateados sabem que não disputam mais absolutamente nada em 2024 e, numa corrida que nem pódio era possível, fizeram muito bem de liberar a disputa. Ainda que a gente saiba muito bem que não seria assim em outras circunstâncias, os fãs agradecem.

Pérez é pressionado, Lawson incomoda, Tsunoda bate: o que vai ser do carro #2 da Red Bull?
Se a ideia da Red Bull era uma espécie de vestibular para definir o companheiro de Verstappen em 2025, a prova foi cancelada num primeiro momento. Brincadeiras à parte, Sergio Pérez teve um dos piores finais de semanas da carreira justamente na corrida em casa, enquanto Liam Lawson mostrou uma agressividade que muito provavelmente tenha soado como acima do tom internamente. E ainda teve Yuki Tsunoda que bateu de novo. A Red Bull vai ter um carro só no ano que vem?
A Fórmula 1 retorna já no próximo fim de semana, entre os dias 1 e 3 de novembro, com o GP de São Paulo, etapa brasileira do calendário. O GRANDE PRÊMIO cobre ‘in loco’ e com grande equipe.
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