5 coisas que aprendemos no GP do Catar, 23ª etapa da Fórmula 1 2024

O GP do Catar caminhava para ser um dos mais modorrentos da F1 2024, mas virou a esquina da loucura. A questão é: mas a que custo? A verdade é que a corrida se tornou agitada simplesmente porque a direção de prova da FIA resolveu aparecer. O excesso de punições e, principalmente, aquele espelho maluco solto no meio da pista por tanto tempo, mudaram a história e os rumos da prova.

Max Verstappen venceu, quebrando o outro jejum que restava: o de triunfos em pista seca, já que em Interlagos o show foi na chuva. Charles Leclerc acabou em segundo, na frente de Oscar Piastri, enquanto Carlos Sainz foi sexto e Lando Norris, severamente punido, décimo. Ou seja, a Ferrari voltou para o jogo milagrosamente.

A Mercedes viveu uma jornada de surto completo. Lewis Hamilton ficou fora da zona de pontos e tomou duas punições difíceis de acreditar para quem é: queimou a largada e excedeu os limites de velocidade nos boxes porque esqueceu de acionar o limitador. George Russell ainda foi quarto, mas também acabou punido por infração em safety-car depois da equipe ter destruído a corrida dele com um pit-stop horrível.

O GRANDE PRÊMIO separou cinco coisas que aprendemos no GP do Catar, 23ª etapa da Fórmula 1 2024:

Gestão Rui Marques aparece pela primeira vez. E de que forma…

Depois de Mohammed Ben Sulayem achar de bom tom declarar guerra publicamente contra os pilotos da F1, a direção de prova teve uma das atuações mais deprimentes dos últimos tempos. Rui Marques, elogiado pelas primeiras ações no cargo, comandou um show de horrores no Catar, que foi de deixar um espelho no meio da pista até que fosse estraçalhado e gerasse um safety-car a dar um festival de punições que pareceram, em maioria, desproporcionais. Não é exatamente assim que o fã de F1 quer que uma corrida fique divertida, lembrou Michael Masi em seus piores momentos de ‘showman’.

Verstappen quebra jejum de vitórias no seco com atuação firme

Não é como se a Red Bull tivesse dominante, muito longe disso, mas estava competitiva e Verstappen valorizou bastante esse fato. O jejum de vitórias já tinha caído em São Paulo, mas é ótimo também para os austríacos terem um triunfo conquistado na pista seca, mostrando força. Foi a primeira desde o GP da Espanha, que parece que aconteceu décadas atrás. Bom sinal para Max pensando em 2025, bem ruim para os rivais…

Ferrari sai viva do Catar sem nem saber como

Tudo indicava que a McLaren iria para Abu Dhabi campeã ou muito perto disso. Só que, depois do Rui Marques Show, a Ferrari reagiu, a sorte sorriu. A dupla escapou do festival de punições e só não chega mais colada na tabela por conta do furo de pneu de Sainz, que depois ficou no bolso de Gasly. Mesmo assim, 21 pontos com uma prova que tende a ser boa para o carro pela frente, não está ruim.

McLaren perde nova chance e precisa se cuidar em Abu Dhabi

A McLaren não teve muita culpa, mas acabou com mais uma chance perdida no Catar. Norris fez uma boa largada (sim), teve ritmo para ameaçar Verstappen e, por mais que tenha viajado ao tentar passar o tetra por fora, parecia na disputa firme pela vitória. Aí veio a punição fortíssima do stop-and-go, enquanto Piastri, esse sim, fazia uma corrida bem mais ou menos, cheio de escapadas de pista.

Mercedes, Russell e Hamilton vão de mãos dadas para o caos

A Mercedes largava na pole, não estava muito calor e realmente tinha aquela carinha de Las Vegas 2.0. Isso acabou literalmente no apagar das luzes. Hamilton não fez prova de recuperação, pelo contrário: queimou largada, excedeu velocidade nos boxes porque esqueceu limitador, errou dentro da pista. Enquanto Russell deixou nada menos que 20 carros de distância no safety-car, largou mal e sofreu com um pit-stop medonho do time quando sonhava ainda com vitória. Como pode, Mercedes?

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A Fórmula 1 retorna já no próximo fim de semana, de 6 a 8 de dezembro, com o GP de Abu Dhabi, encerramento da temporada 2024.

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