A lista de Wolff: quem são os pilotos que a Mercedes considera para pôr no lugar de Rosberg em 2017?

Dos aposentados que não pensavam em mais nada na F1 às crias da casa, dos campeões descontentes aos talentos que precisam de uma grande chance: a Mercedes ganhou títulos, mas um problemão tão grande quanto neste fim de ano. Definir o substituto de Nico Rosberg para 2017 vai exigir um trabalho e tanto da dupla Toto Wolff-Niki Lauda

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Toto Wolff ainda se recuperava da ressaca do festão de Nico Rosberg quando recebeu a mensagem. Adaptada aos padrões brasileiros, seria assim: "Tô caindo fora. Cansei. Mal aí. Bjs". Precisou de um remédio a mais para a cabeça e o fígado para crer. Chamou Niki Lauda, que riu da piada de mau gosto. Os dois precisavam encontrar Rosberg. Só pessoalmente acreditaram.
 

No começo, a surpresa anestesia o problema. A primeira reação que se tem é digerir as razões da decisão de abandonar a carreira no auge simplesmente porque a pressão é extenuante e a família é mais importante. Depois se pensa nas consequências duras. Adaptado aos padrões brasileiros, seria assim: "Por que é que este imbecil não avisou antes que tinha isso em mente?".

Niki Lauda conversa com Toto Wolff durante os treinos em Buddh (Foto: Getty Images)

Wolff e Lauda ficaram com cara de tontos, mas não tinha o que fazer. Enquanto preparavam o anúncio, o negócio era seguir em frente. Com 90% do grid devidamente assinado, quem é que deveria ocupar o lugar vago do campeão?

Dentre as linhas de raciocínio, três se formavam: pegar o que há de melhor custa muito caro; ir por um jovem experiente encontra resistência de quem não quer se desfazer de uma preciosidade; ter a cria da casa tem o pecado do noviciado e da dúvida. Dado o quebra-cabeça, há uma quarta: pensar em quem acabou de se aposentar da F1 junto com Rosberg.

No fim, surgem oito nomes principais. Dificilmente Wolff e Lauda hão de escolher alguém fora das opções. Que se seguem abaixo, numa ordem de favoritismo do menor para o maior.

Jenson Button aguarda o GP do Japão, em Suzuka (Foto: McLaren)

JENSON BUTTON
O mundo não acaba em barranco

O tesão pela F1 acabou, e ficou muito claro nas últimas corridas que Jenson Button disputou. O inglês mesmo estava naquelas de que não aguentava mais, definiu que seria a última prova, etc. e tal. É que não deve ser fácil também ser campeão do mundo e pilotar um carro que não evolui conforme o prometido, como é o caso da McLaren, e ter um baque grande na vida que é a perda do pai.

A questão é que o ano sabático/æternum de Button pode muito bem ser revisto pelas mãos da equipe em que justamente conquistou seu título — a Mercedes é uma sequência da Brawn. Ainda, Button foi o único piloto que soube lidar com Lewis Hamilton: é o típico caráter de que necessitam Wolff e Lauda neste momento, depois de três anos em polvorosa entre seus pupilos.

Button ainda tem vínculo e ligação com a McLaren, mas a conversa é outra. É menos difícil tentar tirá-lo de lá do que um Fernando Alonso, por exemplo. Se todas as opções de Wolff e Lauda se esgotarem, o celular de Button vai tocar. Vão daí o poder de persuasão e a injeção de ânimo necessárias para fazer com que Jenson se reencontre.

Massa dá entrevistas após a corrida (Foto: Rodrigo Berton/Grande Prêmio)

FELIPE MASSA
Quem não gostaria de correr pela Mercedes?

Uma das despedidas mais marcantes da história da F1 verteu lágrimas em Interlagos de alguém que estava plenamente decidido que esta temporada é a última. Felipe Massa largou a categoria "100% feliz" e sempre manteve o coerente discurso de que sua vida tem três caminhos a seguir: WEC, F-E ou DTM. Só que Massa, que largou a F1 porque não vislumbrava um carro competitivo em 2017, acordou um belo dum dia vendo disponível o carro competitivo que tanto desejou

Massa, sem pachequismos, é o currículo perfeito à vaga: não tem mais contrato com ninguém, tem um perfil conciliador estilo Button que se faz necessário na Mercedes e tem vontade de mostrar, ainda que em fim de carreira, a última chance de disputar um título. 

Há quem diga que Massa já conversou com gente próxima de Wolff — ele nega. Não negou, entretanto, que repensaria a aposentadoria. A emoção que causou com o adeus seria proporcional ao espanto de voltar do nada em grande estilo.

Até quando a má sorte, Hülk? (Foto: Rodrigo Berton/Grande Prêmio)

NICO HÜLKENBERG
O novo Chris Amon

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O primeiro nome que surgiu da turma que comanda a Mercedes foi dele. Era uma escolha óbvia: tão alemão e tão Nico quanto Rosberg, mais alto, bom, eficiente, mas que tem um ponto de interrogação eterno na carreira que se mescla com sua inefável quantidade de azar.

Hülkenberg tinha um contrato com a Force India para 2017 e foi convidado para abraçar o projeto da Renault. Um chamado de uma montadora, coisa que nunca lhe havia acontecido, não tinha como ser recusado, até porque Hülk sabe que não vai muito além ficando onde estava.

Tivesse Hülk ficado na Force India, é capaz que Wolff e Lauda já tivessem o anunciado.

Apesar do não que já recebeu, possivelmente haverá uma nova investida para ver se há cláusulas ou pormenores que liberem Hülk da Renault. Do contrário, já dá para dizer que suas decisões na carreira são similares às de Alonso. 

Carlos Sainz durante a coletiva de imprensa no autódromo Hermanos Rodríguez, no México (Foto: Red Bull Content Pool)

CARLOS SAINZ
O passo que precisa dar

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Quem tem sangue espanhol sabe como Carlos Sainz deve ter ficado quando a Red Bull escolheu Max Verstappen para o lugar de Daniil Kvyat depois do GP da Rússia. Um piloto que vinha tendo desempenhos tão bons quanto a mais real das revelações dos últimos tempos merecia algo melhor que uma Toro Rosso. Sainz fez o que pôde com um carro decadente. Teve um desempenho espetacular no GP dos EUA em um momento que já sabia que não tinha como ir para a Renault. A Red Bull barrou.

Restou a ele renovar. 2017 seria o último ano em que tinha de aturar aquela quem lhe deu o caminho à F1. Tudo caminhava bem até a bomba da semana passada.

Mas a Red Bull, que barrou a ida para a Renault, por que teria uma outra atitude agora? Bem, porque no meio do caminho também renovou com Kvyat e deixou Pierre Gasly, falastrão, na bica de perder um campeonato ganho na GP2, na mão. O francês acabou ficando com o título na etapa final em Abu Dhabi. Mais do que justo, pois, que a Toro Rosso seja sua próxima casa.

Sainz, assim, é uma opção que é barata e agrada a todos os lados. Não tem perfil daqueles que vai entrar em rota de colisão com Hamilton. E deve estar louquinho para voltar a encontrar Verstappen de igual para igual.

Fernando Alonso (Foto: Rodrigo Berton/Grande Prêmio)

FERNANDO ALONSO

Lugar errado na hora errada

 

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Bem se sabe qual é a pecha de Fernando Alonso nestes dez anos em que ficou a seco em termos de títulos: aquele que perdeu em 2007 junto com Hamilton, aquele que não ganhou empacado em Petrov, aquele que tinha alguma chance e não pegou contra Vettel. Nestes tempos todos, também se sabe onde esteve envolvido: na polêmica que o tirou da McLaren, naquele GP de Cingapura, nas turras com a Ferrari, nas negociações nebulosas com a Red Bull, na volta para a McLaren. 
 
Alonso – bom, ótimo, excelente – sempre se moveu de forma errônea. E se tinha a meta de resgatar a Era Senna com a Honda, se sentiu no primeiro ano como uma Super Aguri e num segundo como em uma BAR em início de vida. McLaren e Honda só foram capazes de mostrar um Alonso mais caricato – aquele que pega cadeira e se senta em Interlagos ou que solta ironias e indiretas via rádio.
 
Fosse Rosberg, Alonso já teria saído da F1 há muito tempo. O ano seguinte com a McLaren seria determinante em sua carreira: os primeiros treinos com o novo carro já hão de mostrar que caminho o espanhol vai seguir. Mas agora surgiu um novo caminho.
 
Tanto ele quanto Éric Boullier e Zak Brown trataram de garantir a permanência pelos lados de Woking. Mas bem se sabe como é Alonso. Alguém que está na bica para deixar a F1 louco por um terceiro título é capaz de bancar a multa do contrato e pendurar capacete e balaclava ao lado de Hamilton. Para desespero de Hamilton. Para alegria imensa da F1. É difícil? É. É impossível? Não.
Valtteri Bottas durante o segundo treino livre em Spa-Francorchamps, na Bélgica (Foto: Beto Issa)
VALTTERI BOTTAS

O dilema de Claire

 

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Houve tempos em que Valtteri Bottas foi tido como campeão mundial e o substituto de Kimi Räikkönen na Ferrari – aliás, o que Räikkönen já teve de substituto… bom piloto, centrado, lacônico – não como Kimi –, parece que o momento ideal passou. Com uma Williams que avança em marcha ré, pouco se viu no último ano do finlandês a não ser o desempenho que o colocou à frente de Felipe Massa, como de costume. 
 
Uma carreira que estava fadada à estagnação poderia ter encontrado na Renault um novo caminho. Se desistiu ou se foi preterido por causa de Hülkenberg, não se sabe, mas no fim das contas, restou a ele mais um ano de contrato com o time de Grove. Vai que, numa nova mudança de regulamento, a Williams faça um brilhareco. 
 
Bottas certamente tomou uma ou duas talagadas fortes de vodca tão logo soube da notícia de Rosberg. Estava entre o engolir direito ou o descer bem: por um lado, é o novo líder da equipe e tem sua marca no carro do ano que vem; por outro, é cria profissional de Wolff. Se este é o grande agente do grid que coloca e tira quem bem entender, rasgar as páginas que também têm a assinatura de Claire Williams é moleza. Mas aí tem a questão: o quanto Claire pode – e tem – de ser dura.
 
Porque se a Williams Filha simplesmente concordar com um acordo em que os motores Mercedes são a barganha, vai assinar o atestado-mor de pequenez de quem está no negócio unicamente por filigranas financeiras. Já tem lá um Lance Stroll, 18 de vida e 35 milhões de euros no bolso, enchendo os cofres, mas não muito de esperança. A saída de Bottas levaria à busca por um novo piloto que provavelmente não tenha experiência. Assim, a situação do Válter finlandês não depende dele e nem mesmo do lobby de Wolff.

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Pascal Wehrlein (Foto: Rodrigo Berton/Grande Prêmio)
PASCAL WEHRLEIN
O reserva relegado
 

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Assim que viu Esteban Ocon ser falado nas rodinhas de Renault e Force India, o sangue germânico-mauriciano do aparentemente calmo Pascal Wehrlein subiu. Não lhe era justo, nada justo, ver o companheiro que fez menos de meia temporada da Manor ser a roda da vez. Foi Wehrlein quem deu, nas CNTP, o único ponto da equipe no ano. No jogo de Toto Wolff, Ocon foi parar no lugar de Nico Hülkenberg. Não fosse a falta de grana de Felipe Nasr, Wehrlein iria amargar mais um ano de Manor.
 
Assim que viu Nico Rosberg jogando o coquetel molotov de sua aposentadoria, Wehrlein certamente sorriu. Com uma F1 praticamente definida em seus minuciosos contratos, a sorte grande havia o abraçado. Só que os detalhes começaram a vir à tona. Rosberg comunicou à cúpula da Mercedes na segunda-feira após o título/a liberdade. O anúncio se deu na sexta, ou seja, três dias e meio depois. Se Wehrlein fosse, de fato, o substituto natural, Wolff e Niki Lauda não hesitariam em confirmá-lo. 
 
Assim que viu os chefes falando em todas as possibilidades, em três linhas de raciocínio, em tentar tirar Hülkenberg da Renault, em Fernando Alonso na lista, em Valtteri Bottas como possibilidade, Wehrlein tratou de se dizer pronto e que mata no peito. Tomou uma no peito que deve ter doído: Wolff queria “como presente de Natal que ele tivesse uma ou duas temporadas” em uma equipe do meio do pelotão. 
 
Wehrlein, no fim das contas, pintou como grande favorito e agora parece ser a última opção da lista – do tipo: todos têm entraves contratuais e só sobrou ele. Assim que vir que foi passado para trás pela segunda vez, há de ligar para Daniil Kvyat e perguntar as dicas de como não cometer suicídio.
A vaga certa de Nasr foi para Ocon na Force India (Foto: Divulgação)
ESTEBAN OCON
O filho da sorte
 

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Alguém que venceu um campeonato em cima de Max Verstappen só pode ser tão bom quanto. Esteban Ocon é. No ano passado, levou a GP3. É um dos raros casos com vínculos entre duas montadoras. Foi piloto de testes da Renault parte do ano e, pelas mãos da Mercedes, foi parar como titular da Manor. Lá teve desempenhos que o mostravam ser melhor que Wehrlein. Não à toa, teve vida duríssima depois que foi alçado à Force India: foram duas ou três provas de acirrada briga com o companheiro.
 
Ocon foi apresentado na Force India dias antes da desistência de Rosberg. Não deve ter conhecido nem metade do time de Vijay Mallya e Bob Fernley. Os dois dirigentes sabem da sua qualidade – ainda que esteja na equipe por influência linda e bela dele, Wolff: é a melhor substituição para o ótimo Hülkenberg. E é na maleabilidade da dupla que o francês pode tirar a sorte grande.
 
Porque Hülkenberg tinha lá um acordo para seguir na Force India, e os dois foram condescendentes com a situação de Hülk, um camarada ótimo que só foi vencer nos últimos tempos em Le Mans, ou seja, fora da F1. Lá, já têm um piloto forte o suficiente para liderar a esquadra, Sergio Pérez. E uma ou duas ligações de Wolff podem também ser suficientes para pedir uma nova troca.
 
O negócio seria a ida de Wehrlein para a Force India para que se aproveite de Ocon. Fernley já soltou que não libera. Wolff é capaz de prometer um motor melhor ao time do que a própria Mercedes, além de uns bons milhões em ‘cash’. Mãos apertadas, Ocon iria para a Mercedes para, então, fazer a F1 ferver. Não com Hamilton, mas com a possibilidade de reviver o que foi a F3 Europeia em 2014 com Verstappen.
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