Alonso nega arrependimento sobre críticas à Honda: “Isso a ajudou a encontrar soluções para melhorar o motor”

No balanço que fez da temporada que marcou seu regresso à McLaren e como líder do projeto da nova parceria com a Honda na pista, Fernando Alonso foi questionado sobre sua postura crítica contra a fornecedora de motores na própria casa da Honda, em Suzuka, durante o GP do Japão. Na ocasião, o piloto disparou via rádio ao dizer que sua unidade de força mais parecia “um motor de GP2”, criando grande polêmica.

 

Tanto Alonso como Jenson Button viveram uma temporada inteira marcada pelos inúmeros problemas de falta de confiabilidade e potência da Honda, que voltou à F1 como fornecedora de motores depois de seis anos de ausência. No entanto, mesmo com os testes tendo iniciado no ano passado com o novo propulsor turbo V6 1,6 L, a fábrica japonesa enfrentou muitas dificuldades, sobretudo com o sistema de reaproveitamento de energia, que impediu que a dupla da McLaren alcançasse boa velocidade, sobretudo em trechos de reta.

Em entrevista à emissora britânica BBC, Alonso voltou a falar que sabia que a mensagem seria retransmitida pela transmissão oficial da F1 ao redor do mundo. No fim das contas, o bicampeão do mundo entende que sua insatisfação, depois de tornada pública, ajudou a Honda a encontrar soluções para melhorar a unidade de força, sobretudo visando 2016.

 

“Muitas mensagens não são retransmitidas, em muitas voltas agradecemos à equipe porque foi muito difícil. Às vezes eles trocam três motores, e em algum ponto nós ficamos mais próximos. Há muitas mensagens positivas que nunca são retransmitidas. No Japão, quando saiu isso, provavelmente sabia que eles fariam isso”, comentou o espanhol de 34 anos.

 

“As ações que precisamos adotar para sermos competitivos no ano que vem são muito extremas. Para grandes males, grandes soluções, e acho que, com essas críticas, ajudei um pouco [a Honda] a encontrar as grandes soluções”, complementou.

 

Outro episódio que transpareceu a insatisfação de Alonso com a falta de potência e confiabilidade da unidade de força construída em Sakura foi deflagrada não pelo piloto, mas pelo amigo e rei emérito da Espanha, Juan Carlos I. No fim de semana do GP do México, o ex-monarca, um dos convidados de honra da organização da prova, disse que “Alonso me confidenciou que ele não tem motor”, dedurando a fala do bicampeão do mundo.

 

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