A temporada 2007 do Mundial de F1 foi talvez a última marcada por uma rivalidade verdadeiramente explosiva dentro de uma equipe. À época, Fernando Alonso chegava à McLaren vindo de dois títulos mundiais conquistados pela Renault, mas tinha ao seu lado nos boxes o então novato Lewis Hamilton. Os pilotos travaram grandes disputas dentro das pistas e, sobretudo, nos bastidores. Naquele ano, Hamilton e Alonso terminaram empatados em número de pontos, mas o campeonato acabou sendo vencido por Kimi Räikkönen, de forma improvável. Alonso deixou a McLaren ao fim da temporada e voltou à Renault, enquanto Lewis permaneceu e em Woking iniciou sua trajetória vencedora na F1.
Oito anos depois, Alonso se vê superado pelo ex-rival não apenas em número de vitórias, mas também em títulos. No último domingo, Hamilton confirmou a conquista do tricampeonato e entrou para um seleto rol de pilotos como o seu ídolo Ayrton Senna, Nelson Piquet, Jackie Stewart, Jack Brabham e Niki Lauda. De modo que Fernando entende que Lewis já ocupa um patamar diferente na F1.
“Ele teve alguns altos e baixos, mas o bom de Lewis é que, quando ele não tinha o melhor carro, seguia vencendo algumas corridas, talvez não o título, mas seguia vencendo e lutando pelo campeonato, e isso não é algo que todo mundo consegue fazer”, analisou o bicampeão e hoje novamente piloto da McLaren.
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Questionado se acredita que Hamilton poderá ampliar sua galeria de títulos nos próximos anos, Alonso pediu calma. “É difícil dizer. Depende muito do carro. Já vimos Lewis ser campeão no seu segundo ano, e se ele não vai para a Mercedes, talvez poderia se aposentar só com um título. Se ninguém superar a Mercedes nos próximos anos, talvez ele possa vencer até seis títulos, de modo que é difícil dizer”, declarou o espanhol.
“Mas para se valorizar um piloto é preciso pesar mais coisas em conta do que um título”, disse Fernando, considerado por muitos como um dos mais completos pilotos da F1 em seu tempo, mas que não conquista um título há quase uma década. Enquanto agora Hamilton luta para manter a Mercedes no topo, a missão de Alonso é mais espinhosa: levar de volta a McLaren Honda aos dias de glória na F1.