AlphaTauri começa atrás das rivais, mas campeonato maluco permite voos maiores
O começo da AlphaTauri foi promissor? Não muito. O time ainda precisa remar para ser mais competitivo, mas se o campeonato seguir a loucura da Áustria, a equipe pode sonhar
O início maluco da Fórmula 1 na Áustria torna análises e prognósticos cada vez mais difíceis. A AlphaTauri entrou em 2020 com a esperança de carregar o excelente momento que a Toro Rosso viveu na temporada passada, com os dois carros marcando presença no pódio em duas das melhores corridas da temporada – Alemanha e Brasil. O time iniciou o novo campeonato atrás das rivais, mas em um cenário que permite muitas possibilidades.
Os treinos livres e a classificação no Red Bull Ring foram as melhores oportunidades para analisar o desempenho real do AT01. Na ordem de forças, a equipe está claramente atrás do trio formado por Racing Point, McLaren e Renault, mas a vantagem sobre Alfa Romeo, Haas (ambas de motor Ferrari) e Williams é evidente.
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No campeonato em que a confiabilidade virou uma completa dúvida e qualquer ponto importa, o talento dos pilotos definitivamente entra para decidir os rumos de cada equipe. Pierre Gasly conquistou um ótimo sétimo lugar no último domingo (5).
Sempre esteve no ritmo dos principais competidores que encontrou enquanto a corrida esteve “normal” (Sebastian Vettel e Daniel Ricciardo) e se aproveitou dos abandonos para somar bons pontos. Sua capacidade técnica e identificação com o time pode render voos interessantes.
“Foi ótimo voltar a correr depois de uma pausa tão longa e acho que começamos a temporada com uma corrida realmente empolgante. Se alguém tivesse nos dito que estaríamos na sétima colocação no domingo, teríamos aceitado de cara, então acho que podemos ficar felizes com o meu resultado de hoje depois de um início difícil de fim de semana. Sabíamos que a corrida seria um desafio, porque Renault, McLaren e Racing Point são realmente fortes, mas eu tive algumas disputas na pista e consegui ficar longe de problemas até o final”, disse o francês, que jamais somou tanto pontos em uma abertura de temporada.
Já Daniil Kvyat ficou muito próximo de pontuar, mas, assim como em toda sua carreira na F1, fez basicamente o arroz com feijão. O suficiente para não ser ameaçado pela dupla da Alfa Romeo, mas nada que pudesse incomodar quem esteve à sua frente.
Os pontos só apareciam mesmo pela enorme quantidade de abandonos, porém, danificou os pneus ao passar por uma zebra e viu um deles estourando, danificando a suspensão e encerrando sua corrida com apenas duas voltas para o fim. Kvyat deve entregar mais do mesmo, com alguns lampejos e se aproveitando mesmo dos problemas dos oponentes
“A corrida estava indo muito bem para mim até o contato com Ocon. Tinha um ritmo muito bom e pneus mais novos. Depois da colisão, minha asa dianteira e suspensão quebraram, também tive um furo de pneu, então a minha corrida acabou. Esse momento me custou muitos pontos hoje, então é uma verdadeira pena e muito decepcionante terminar o dia desse jeito”, comentou o russo de 26 anos.
Em condições normais, a AlphaTauri, quase um clone da Red Bull, precisaria trabalhar bastante para conquistar grandes pontos com mais frequência. Se a temporada mantiver o mesmo nível de loucura do GP da Áustria, a situação é mais confortável para o time de Faenza, que precisa manter o carro na pista para colher frutos interessantes.
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