Alpine confirma retorno de testes no túnel de vento e divulga endplate de 2026

Alpine confirmou o fim da proibição dos testes de túnel de vento para o novo regulamento da Fórmula 1, em 2026, e já publicou foto de endplate de possível novo carro

A Alpine confirmou que já iniciou os testes com túnel de vento visando a temporada 2026 da Fórmula 1, onde o novo regulamento de motores entra em vigor. Em publicação nas redes sociais nesta terça-feira (7), a equipe de Enstone afirmou que os experimentos começaram na semana passada, e já aproveitaram também para publicar um detalhe do novo endplate do A526.

A Fórmula 1 formalizou a proibição dos testes em túnel de vento para os novos carros em 1 de dezembro de 2023. O prazo era até 1 de janeiro de 2025. Os únicos experimentos permitidos eram com dinamômetro destinados a desenvolver componentes do sistema de freios com dutos de ar mínimos, mas sem testar desempenho ou resistência das peças.

Em junho de 2024, a FIA publicou o conjunto de regras para a F1 2026. O primeiro grande passo para mudar o campeonato foi dado em 2023 com a aprovação da nova configuração das unidades de potência. A F1 concordou em manter o motor turbo híbrido V6, mas com ajustes fundamentais para ampliar a noção de sustentabilidade e a redução dos custos. Ficou definido o aumento de energia elétrica nas unidades, o fim do MGU-H (peça utilizada para recuperação de energia), e um novo MGU-K que gera o triplo de potência.

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Jack Doohan estreou na F1 em Abu Dhabi (Foto: AFP)

A potência da parte endotérmica cai de 550-560 kW para 400 kW, enquanto o elemento bateria aumenta consideravelmente, passando de 120 kW para 350 kW, com aumento de quase 300% na energia elétrica. Além disso, a quantidade de energia que pode ser recuperada durante a travagem é duplicada, com uma energia recuperável total de 8,5 MJ por rotação.

Embora a entidade máxima do esporte tenha permitido a continuidade do conceito do efeito solo, os carros também terão outra concepção em 2026. Os modelos vão se tornar mais curtos, estreitos e mais leves. Os carros pesarão 768 kg (722 kg de peso entre carro e piloto + 46 kg como massa estimada do pneu) e serão, portanto, 30 kg mais leves que a atual geração de carros de F1, melhorando eficiência e capacidade de gerenciamento.

A distância entre eixos cai de um máximo de 3.600 mm para 3.400 mm, enquanto a largura foi reduzida de 2.000 mm para 1.900 mm. A largura máxima do piso será então reduzida em 150 mm. Os pneus seguem com 18″, mas a largura dos pneus dianteiros será reduzida em 25 mm e a traseira em 30 mm, com perda mínima de aderência.

Outra grande mudança é o fim do DRS (Drag Reduction System), que permite a abertura da asa traseira para facilitar ultrapassagens em determinados pontos da pista. A partir de 2026, os carros vão contar com o MOM, ou Modo de Ultrapassagem Manual, que vai dar um ganho de potência para os carros quando estiverem próximos aos carros da frente. Porém, A FIA estuda novas alterações no regulamento antes da publicação final. Uma das possibilidades é automatizar o acionamento das asas.

Outra recente alteração ao primeiro texto das regras foi o aumento do downforce autorizado pelos engenheiros da FIA, após críticas de chefes de equipe sobre a diferença do tempo de pista para os carros atuais.

Agora, a Fórmula 1 está oficialmente de férias. A próxima atividade é exatamente a sessão única de testes coletivos de pré-temporada, marcada para os dias 26, 27 e 28 de fevereiro, no Bahrein. A temporada 2025 começa com o GP da Austrália, nos dias 14-16 de março.

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