Alpine defende demissões em massa em reestruturação de fábrica: “Coisa certa a fazer”
De acordo com Oliver Oakes, chefe de equipe da Alpine, operação em Enstone foi enxugada: passou de cerca de 1.100 para aproximadamente 900 funcionários
A Alpine passou por algumas reformulações durante a temporada 2024 da Fórmula 1. As mais nítidas foram as chegadas de Flavio Briatore, como uma espécie de mandachuva na esquadra, e Oliver Oakes, que assumiu como chefe de equipe. Outra mudança foi a reestruturação da fábrica de Enstone, que teve cerca de 200 demissões com a alegação de busca por melhorias e eficiência.
Oakes assumiu a chefia da Alpine em julho do ano passado, ocupando o cargo que era de Bruno Famin, vice-presidente de automobilismo do grupo. Em pista, a alteração trouxe resultados, visto que o time deixou o nono lugar no Mundial de Construtores e terminou na sexta posição. Para 2025, Pierre Gasly segue como titular, enquanto o antigo reserva, Jack Doohan, foi promovido e vai para o lugar que era de Esteban Ocon.
Atualmente, a Alpine trabalha com duas fábricas na Fórmula 1. Enstone, na Inglaterra, é responsável pelo desenvolvimento do chassi, enquanto Viry-Châtillon, na França, tem sob encargo a unidade de potência — algo que deve mudar de alguma forma em 2026, visto que a esquadra vai abandonar o projeto de motor próprio para correr de Mercedes.
Oakes deu mais detalhes sobre a reestruturação, sobretudo em Enstone, onde ocorreram centenas de demissões, tendo reduzido a operação de cerca de 1.100 funcionários para aproximadamente de 900.
“Desde minha chegada, não reorganizamos somente Viry, mas fizemos o mesmo em Enstone. Ficou claro que era a coisa certa a fazer e, no fim, toda equipe de F1 se esforça para melhorar e também ser mais eficiente”, falou o dirigente às versão britânica do site Motorsport.
“Em um mundo com teto orçamentário, é necessário ter certeza de que os recursos estão sendo colocados nos lugares certos. O principal disso é que é que precisávamos focar no que é mais importante, que é construir um bom carro de corrida e competir. Esse é o princípio que coloquei desde que cheguei ao time em julho. Tudo é sobre fazer um carro melhor e ser mais competitivo. Diria que agora temos cerca de 900 [funcionários em Enstone]”, prosseguiu o chefe da Alpine.
“Alguns calculam isso levando em conta que os funcionários estão dentro teto de gastos ou fora dele, se você produz sua própria caixa de câmbio, suspensão ou não. Diria que somos uma das equipes menores [em termos de pessoal], considerando que fazemos o carro inteiro”, completou.
Oakes ressaltou a história que possui Enstone e fez questão de frisar que a Alpine continuará investindo na infraestrutura da equipe, apesar de destacar que muitos recursos já foram colocados nas fábricas nos últimos anos.
“Enstone está lá tem muito tempo. Tem mais história na F1 do que a maioria das fábricas, mas agora temos a quantidade certa de recursos por lá. O principal é que temos boas e incríveis pessoas”, comentou o chefe da Alpine.
“Houve grandes investimentos nos últimos anos, o que mostra o apoio e comprometimento do grupo. Foram feito novos simuladores, dinamômetro e todas as coisas que provavelmente nem foram faladas, mas temos tudo o que precisamos. Vamos continuar investindo. Uma coisa que me deixa espantado na F1 é que não é apenas fazer a lista do que precisa para o carro, mas tem todos os brinquedinhos aos redor. Isso nunca para”, encerrou.
A Fórmula 1 agora está oficialmente de férias e dá adeus a 2024. A próxima atividade é exatamente a sessão única de testes coletivos de pré-temporada, marcada para os dias 26, 27 e 28 de fevereiro, no Bahrein. A temporada 2025 começa com o GP da Austrália, nos dias 14-16 de março.
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