Ameaçado, Hartley garante “cabeça erguida” em caso de demissão: “Sei do trabalho que faço”

Brendon Hartley ficou mais marcado pelos acidentes do que pelos pontos em 2018, mas acredita que faz um bom trabalho na Toro Rosso. Com dificuldades para assinar um novo contrato, o neozelandês fala em deixar a F1 com sensação de dever cumprido

Brendon Hartley não tem presença garantida na F1 em 2019 e chegou até a ser ameaçado de uma demissão no meio de 2018, mas trabalha para manter a cabeça no lugar. Trabalhando para não focar tanto em movimentos e bastidores, o neozelandês já se vê saindo “de cabeça erguida” caso a Toro Rosso não queira mais seus serviços.
 
“Se a F1 terminar ao fim desse ano para mim, ou quando quer que seja, eu vou sair de cabeça erguida. Eu sei do trabalho que faço nos bastidores e sei que estou fazendo meu melhor”, disse Hartley.
 
O neozelandês somou 2 pontos na primeira metade de 2018, ficando na sombra do companheiro Pierre Gasly, com 26. O francês é cogitado como substituto de Daniel Ricciardo na Red Bull, enquanto Hartley corre o risco de ficar pelo caminho após um começo de ano turbulento.
Brendon Hartley ainda não teve uma sequência de bons resultados (Foto: Getty Images/Red Bull Content Pool)

“Nem todo mundo sabe a história completa, mas me sinto em uma boa posição e espero consolidar o impulso que eu peguei nas últimas semanas”, ponderou. “Mesmo sem sempre conseguir resultados me senti muito forte e espero trazer mais alguns pontos nas próximas corridas”, continuou.

 
Para evoluir na postura frente aos desafios da F1, Hartley cita Mark Webber como exemplo. Os dois são amigos e ex-colegas no programa da Porsche no Mundial de Endurance, onde foram campeões. É através de conversas com o australiano que Brendon mudou a forma de encarar o paddock.
 
“Mesmo no começo dos dias de Porsche [no Mundial de Endurance] já estava claro que ele não se importava muito com rumores e só focava em coisas que eram importantes”, recordou Hartley. “Ter uma visão mais ampla, do todo. Acho que eu melhorei muito nisso, especialmente nesse ano em que estou em uma situação de pressão vindo de todos os lados, da imprensa. Eu me sinto muito mais forte e percebo onde minha energia precisa estar. Eu me sinto bem, independente do que foi escrito ou não. Está tudo mais claro a respeito de onde minha cabeça deve ficar e como devo me sentir”, encerrou.
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