Amigo e ex-chefe de equipe, Ecclestone revela últimos desejos de Lauda: “Queria voar e ir a algumas corridas”

Bernie Ecclestone foi chefe de equipe de Niki Lauda entre 1978 e 1979, na passagem do austríaco pela Brabham. Ficou então uma grande amizade entre os dois, nutrida até a morte do tricampeão. Ao antigo chefão da Fórmula 1, Lauda revelou um dos seus últimos desejos antes de partir

Depois de uma trajetória vitoriosa pela Ferrari, por onde conquistou dois dos seus três títulos mundiais — em 1975 e 1977 —, Niki Lauda aceitou o convite de Bernie Ecclestone e se transferiu para a Brabham no fim daquela década. A relação profissional durou duas temporadas, mas a amizade entre os dois permaneceu até o fim dos dias do austríaco, que morreu na noite da última segunda-feira (20). Seu passamento aconteceu por causas naturais, revelou o médico responsável pelo tricampeão.
 
Antigo chefão da Fórmula 1, Ecclestone deu um depoimento emocionado sobre o amigo que se foi. O britânico, hoje com 89 anos — completa 90 em outubro —, foi uma das pessoas mais próximas a Lauda e chegou a visitar o tricampeão mundial enquanto este esteve internado em Viena para se recuperar do transplante de pulmão ao qual foi submetido no ano passado.
 
Em vídeo divulgado pela emissora ESPN, Bernie revelou alguns dos últimos desejos do amigo, um apaixonado pela Fórmula 1 e também pela aviação. “Quando ele estava no hospital, uma coisa que ele queria fazer era voar novamente. E ele queria ir a algumas corridas”, contou.
Ao longo do vídeo, Ecclestone lembrou um dos momentos dramáticos de Lauda, o acidente sofrido em Nürburgring-Nordschleife em 1976. O austríaco chegou a receber a extrema-unção, quase morreu queimado, mas renasceu como uma fênix e voltou a acelerar seis semanas depois. 
 
“Niki foi uma pessoa excepcional. Depois daquele acidente, ele ter voltado, algo que ele não deveria ter feito, levando em conta o fato que ele não iria conseguir. E ele conseguiu e pilotou de novo, foi novamente campeão do mundo. Ele foi uma pessoa muito especial. Sinto muito a falta dele”, disse Bernie, que recordou as particularidades de Lauda quando trabalhou ao seu lado na Brabham.
 
“Ele sabia o que falar e quando falar. Ele não se continha quando havia alguma coisa no seu caminho. Como piloto, ele foi um super piloto. Niki era daqueles caras que sempre sabiam quando estava no limite e sabia se dava para buscar um pouco mais. Ele voltava depois da classificação e dizia que havia um pouco mais a buscar. As pessoas o respeitavam e o ouviam. Mesmo na equipe, as pessoas o ouviam. Ele era uma influência constante”, recordou.
 
“Ele passou por alguns momentos ruins, negócios, como qualquer um. Ele amava a F1”, finalizou aquele que foi o dirigente máximo do esporte por quase 40 anos.

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