Análise: como é que Massa já está atrás de Bottas em 2015 com uma corrida a mais?

Mesmo fazendo uma temporada bastante aceitável considerando o carro que tem em mãos, Felipe Massa já foi superado por Valtteri Bottas após cinco corridas. O brasileiro soma 39 pontos, três a menos em relação ao seu companheiro de equipe, que não disputou o GP da Austrália

SE F1 NÂO OLHAR PRA TRÁS, MORRE DE INANIÇÃO, DIZ FLAVIO GOMES'

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A hierarquia de forças da F1 mostra de forma cada vez mais nítida Mercedes e Ferrari como as grandes potências do grid. A Williams, que terminou 2014 atrás apenas dos prateados, foi superada pelo grande avanço da escuderia de Maranello e acabou ficando um degrau abaixo. Tal situação se reflete também nas tabelas dos Mundiais de Pilotos e Construtores. Após o GP da Espanha, a Williams soma 81 pontos, contra 132 da Ferrari e expressivos 202 da Mercedes. Também é natural que seus pilotos ocupem a ‘terceira fila’, mas chama a atenção o fato de, com uma corrida a menos, ser Valtteri Bottas o homem a ocupar a quinta colocação com 42 pontos, três à frente de Felipe Massa, e com uma corrida a menos em relação ao brasileiro.

Alguns fatores ajudam a explicar por que o finlandês já tomou a dianteira no duelo interno da Williams no Mundial.

No duelo interno da Williams, Bottas já está à frente de Massa, que está longe de fazer uma temporada ruim (Foto: Getty Images)

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Bottas ficou ausente do GP da Austrália na última hora devido a uma lesão nas costas, que foi curada em tempo de o piloto alinhar no grid do GP da Malásia, em duas semanas. A partir daí é que foi possível ver e comparar o desempenho dos dois pilotos da Williams, já na condição de terceira melhor equipe da F1. Desde então, Valtteri foi mais efetivo, como mostra sua média de pontuação: total de 10,2 por corrida, contra 7,8 de Massa, números que fazem boa diferença.

Mas isso não quer dizer que Felipe faz temporada ruim, muito longe disso. Na prova em que confrontou Bottas, Massa obteve sua melhor colocação na temporada, quarto lugar no GP da Austrália, tirando proveito também do abandono de Kimi Räikkönen. O resultado foi igualado pelo nórdico nas últimas duas corridas: Bahrein e Espanha e, em ambas, Valtteri derrotou um carro da Ferrari: em Sakhir, bateu Sebastian Vettel; em Montmeló, ganhou o duelo finlandês contra Kimi Räikkönen.

Analisando apenas pela pontuação em si, o fiel da balança acaba sendo a performance de Massa no Bahrein — onde viveu seu fim de semana mais difícil em 2015: largou dos boxes e ainda conseguiu salvar um ponto, mas viu seu parceiro alcançar nada menos que 12. Em Barcelona, Massa fez uma corrida honesta, porém ficou longe de brilhar, sem ter condições de lutar pelo quarto lugar contra Valtteri ou Kimi. Com maior degradação dos pneus, Felipe teve de adotar uma tática diferente do seu companheiro ao realizar três pit-stops na Catalunha. Ao fim do GP da Espanha, Bottas passou Massa no campeonato e virou quinto colocado no Mundial. 

Os números são um tanto equilibrados no confronto direto entre a dupla: em classificações, 2 x 2 — Massa largou na frente em Sepang e Xangai; Valtteri, em Sakhir e Barcelona. Em corridas, vantagem de Bottas por 3 x 1, com o brasileiro só batendo seu parceiro na Malásia. Na porcentagem da pontuação total da Williams até agora, a diferença é mínima: 51,9% vem de Bottas e 48,1%, de Massa. É a dupla mais parelha de toda a temporada.

Se o GP do Bahrein acabou sendo um ponto fora da curva para Massa devido aos inúmeros problemas ao longo da prova, a jornada para o brasileiro na Catalunha foi prejudicada, principalmente, pelo erro cometido no Q3. Em uma pista reconhecidamente tão difícil para passar como é Montmeló, tal fator foi decisivo para o desempenho discreto de Felipe.

O fato é que Bottas é um piloto forte, talentoso, frio, que comete pouquíssimos erros. E, como mostrou no Bahrein e na Espanha, esteve no lugar certo e na hora certa. Diante das limitações da Williams FW37, um carro muito bom, mas em condições naturais é inferior ao Mercedes W06 Hybrid e a Ferrari SF15-T, terminar duas provas à frente de um carro da equipe italiana, é quase como uma vitória neste atual patamar do time de Grove. E serve de alento ao brasileiro. “Terminamos com um carro na frente da Ferrari, então mostramos que podemos competir com eles”.

Massa e Bottas formam a dupla mais equilibrada da F1 na temporada 2015, com leve vantagem para o finlandês (Foto: AP)

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O grande desafio de Massa no confronto interno dentro da Williams é que, ainda que ele tenha um desempenho consistente e faça o possível com aquilo que tem em mãos, Bottas consegue tirar o algo a mais para se sobressair. Em comparação com o ano passado, Felipe é muito melhor no quesito pontuação — somou 12 em 2014, contra 39 deste ano. Seu desempenho nas cinco primeiras corridas do campeonato só não é melhor, nos últimos anos, em relação a 2010, quando marcou 49 pontos, e 45 em 2013, anos em que a Ferrari, sua equipe à época, era a segunda força do grid. O que prova que sua trajetória em 2015 não é ruim, apenas indica que Bottas consegue ser ainda mais forte e tira mais do carro.

Daqui a duas semanas, Massa terá a chance de dar o troco em Bottas no GP de Mônaco, num traçado que o próprio finlandês acredita não ser o ideal para a Williams. “Sabemos que as curvas lentas de Mônaco não são a força do nosso carro. Pode ser difícil, mas se arrebentarmos na classificação, boas coisas podem acontecer”.

A VITÓRIA E A REAÇÃO?

Mesmo insistindo que não mudaria sua preparação e abordagem para a fase europeia, depois de um início de temporada bem abaixo do esperado em 2015, Nico Rosberg soube tirar bom proveito de um fim de semana pouco inspirado e cheio de problemas do líder Lewis Hamilton. E o alemão, como bem admitiu ainda em função da pole no sábado, precisava do triunfo, pelo campeonato e para si mesmo. E foi o que fez neste domingo, como resultado de um fim de semana de amplo domínio

CHATO, CHATO…

Sejamos sinceros: o GP da Espanha deste domingo não foi lá a corrida mais divertida do mundo. Não passou sequer perto disso. Teve uma boa disputa entre Daniil Kvyat e Carlos Sainz Jr. no final, mas nem entou na tela. Fora isso, o mais interessante foi a mudança de estratégia da Mercedes para que Lewis Hamilton passasse Sebastian Vettel e ficasse em segundo. 

No mais, a etapa catalã do calendário teve mesmo boas doses de zoeiras. Galvão Bueno estava insatisfeito com a FOM, Pastor Maldonado deu 'olá' a seu azar, Romain Grosjean atropelou um de seus mecânicos. Tanto que fizemos uma lista

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