Análise: Mercedes precisa analisar rapidamente se vale a pena ter Rosberg
Nico Rosberg perdeu o resto de respeito que tinha com as queixas sem sentido de que seu companheiro andou propositalmente lento à sua frente para prejudicá-lo em Xangai. Com o psicológico abalado e sem poder nenhum de reação, vai continuar sendo presa fácil de Lewis Hamilton. Se é isso que a Mercedes quer, OK; do contrário, que já esteja analisando a saída do alemão da equipe
Lewis fez uma cara de quem não estava sacando que diabos o outro tava falando e respondeu, de início, o óbvio: “Ué, se você estava mais rápido, que passasse”; “Uai, eu tenho de me preocupar com a minha corrida, que você se vire com a sua”. E Rosberg, imponente e lívido, seguiu em sua queixa e prometeu falar muito mais na reunião que já deve ter acontecido em Xangai.
A reunião aconteceu, de fato, e Toto Wolff falou que teve de colocar panos quentes para acalmar os ânimos. Um estava irado com a atiude descabida e o outro, com o ataque destemperado e inexplicável. As emoções foram fortes. Tudo parecia OK. Mas horas depois, Rosberg deu mais uma demonstração de um pouco de sua insanidade ao gravar um vídeo no aeroporto de Xangai respondendo a uma pergunta de um Hamilton fake de Twitter. Chorão, não, bradava, quase chorando.
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here is my video answer to @LewisHamiltonHU #askNico https://t.co/hnPr0UPmh7
— Nico Rosberg (@nico_rosberg) April 12, 2015
Nestes últimos dias, Rosberg veio tentando amenizar a situação. Falou em respeito, falou que era irrevalante o jeito que Hamilton conduzia o carro, falou também que o caso não era para tudo isso, falou que não ia mais falar no assunto. Daí foi e falou mais. E repetiu tudo que disse no domingo, que a lentidão deliberada era um fato. Hamilton, um tanto enfadado, rebateu com luva de pelica e que daria sua resposta na pista, como faz contra Rosberg desde os oito anos.
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Nico é um arremedo de segundo piloto tal qual Webber: depois do primeiro ano em que fez frente na briga pelo título, em 2010, passou a ser um passivo reclamão sem apresentar resultados. Até agora, Rosberg é o parceiro; daqui para frente, há de ser a equipe. Só que Lauda e Wolff não têm nenhum jeito de apresentar a mesma paciência de Christian Horner, que tiveram de esperar Webber se aposentar para se livrarem dele.
E não precisa olhar tão atentamente: tem ali um Pascal Wehrlein que já foi cotado para ser titular da Williams na ausência de Bottas, que guiou carro da Force India nos testes da pré-temporada, que tem vontade de aprender. Werhlein tem base e qualidade, mas precisa ser desenvolvido. Acima de tudo, não vai criar problema e, com o tempo, pode ser um problema na vida de Hamilton tal qual Daniel Ricciardo foi na de Vettel, para efeito de comparação. É o problema bom que qualquer grande quer ter, como foi no ano passado.
Se a Mercedes for minimamente atenta, se liga do que tem e se livra deste fardo enquanto Hamilton vai contando as corridas para ser tricampeão da F1.
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Se depois do GP da Malásia, palco da surpreendente e brilhante vitória de Sebastian Vettel, a Mercedes ligou o sinal de alerta por conta da proximidade da Ferrari, a etapa chinesa do domingo passado trouxe preocupações maiores aos alemães mesmo com a dobradinha. Agora, a esquadra prateada terá de lidar com um novo capítulo da rivalidade entre seus dois pilotos. E o primeiro embate entre a dupla está marcado para este fim de semana, na corrida do Bahrein, a quarta da temporada.
A Indy parte para a terceira etapa da temporada em um dos seus palcos mais tradicionais. Neste final de semana, Long Beach verá a Ganassi tentando quebrar um jejum de vitórias de cinco anos na pista, enquanto a Penske busca apenas o segundo triunfo nas últimas 14 edições, marcas que mostram o quanto a prova californiana costuma ser imprevisível. Trata-se do primeiro grande desafio para a Penske provar que a supremacia apresentada em St. Pete não foi momentânea.