Andretti dá golpe e acerta chegada de Pat Symonds com foco em entrada na F1

Em mais uma cartada visando a entrada na Fórmula 1, Andretti anunciou a contratação de Pat Symonds, ex-diretor-técnico da categoria, que teve a saída do campeonato anunciada nesta terça-feira

A Andretti Global surpreendeu e anunciou, nesta terça-feira (21), a contratação de Pat Symonds. O engenheiro britânico atuava como diretor-técnico da Fórmula 1 desde 2017, e teve a saída anunciada da categoria nesta manhã. Pela equipe americana, ele servirá como consultor executivo de engenharia.

Symonds, de 71 anos de idade, trabalhará como consultor na nova base inaugurada pela Andretti, em Silverstone, assim que completar a licença de carência após a saída da Fórmula 1. Recentemente, a Andretti abriu 60 vagas de trabalho para chefias de desenvolvimento aerodinâmico e projeto mecânico, bem como diversos postos de engenharia, incluindo toda parte de CFD e aerodinâmica, eletrônica, sistemas de controle, TI, desempenho veicular e produção.

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Symonds é um veterano da F1. Chegou à categoria no início dos anos 1980, pela Toleman, e ficou na estrutura esportiva conforme o time se tornou Benetton e, depois, Renault. Foi engenheiro de corridas de Michael Schumacher no bicampeonato de 1994 e 1995 e virou diretor-técnico em 1996, quando Ross Brawn deixou o time rumo à Ferrari.

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Pat Symonds é o novo contratado da Andretti (Foto: Fórmula 1)

Os mais de 20 anos na equipe foram brevemente interrompidos pela participação no projeto Reynard F1, em 1991, mas o retorno veio rapidamente. A saída definitiva se deu após o escândalo do Crashgate, no GP de Singapura 2008. Na ocasião, por decisão do chefe de equipe Flavio Briatore, Symonds ordenou que Nelsinho Piquet causasse um acidente e forçasse a entrada do safety-car para facilitar a vitória de Fernando Alonso.

O engenheiro foi demitido e suspenso por 5 anos, mas retornou à F1 como consultor da Virgin logo em 2011. Era efetivamente diretor-técnico, mas o cargo de consultor servia para contornar a suspensão. Ficou no cargo conforme a equipe se tornou Marussia/Manor, antes de partir para a Williams para um período entre 2013 e 2016. Aí, já como diretor após o fim do banimento. Na equipe inglesa, reuniu-se com Felipe Massa, grande prejudicado pelo escândalo de 2008. Logo após deixar a equipe, tornou-se diretor na F1.

Apesar de ter a entrada na Fórmula 1 em 2026 rejeitada em janeiro, a Andretti segue trabalhando para convencer o Mundial a abrir uma oportunidade para ser a 11ª equipe. Além da abertura da fábrica em Silverstone, Michael Andretti esteve presente no GP de Miami, no início do mês, onde mencionou que participou de “muitas reuniões” e que espera uma resposta em breve.

Até o Congresso americano entrou na história. Presidente do Comitê Judicial da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Jim Jordan abriu uma investigação e escreveu uma carta cobrando explicações aos donos da Fórmula 1 sobre a decisão que bloqueou a entrada da nova equipe. A carta foi endereçada a Stefano Domenicali e Greg Maffei, buscando respostas para garantir que nenhum comportamento anticompetitivo ilegal ocorreu. Ele também pede documentos e informações relacionadas à decisão

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